quinta-feira, 8 de maio de 2014

A mesa do avô

Era uma vez uma família numerosa: o pai, a mãe e muitos filhos. Nessa casa vivia também um avô...
Mas, como era idoso, quando se sentava à mesa, ao comer a sopa, frequentemente sujava tudo: a boca, o guardanapo, a toalha... Não fazia uma bonita figura.
Um dia, o filho disse-lhe:
- Desculpe, mas o melhor era você comer sozinho, fora da sala da jantar.
O avô, de olhar triste, teve de concordar.
O filho então comprou uma mesinha e pô-la na cozinha. Assim não incomodava ninguém.
Passados alguns dias, o filho, ao regressar a casa, viu um dos seus filhos a brincar com um pedaço de madeira. Perguntou-lhe:
- O que fazes?
O menino respondeu:
- Estou a brincar de carpinteiro.
O pai insistiu:
- E o que estás a construir?
Resposta da criança:
- Uma mesinha para ti, quando fores idoso como o avô.

Os avós não são coisas "descartáveis", são pessoas dignas de todo o respeito e amor. São um tesouro.

(retirado da publicação Cavaleiro da Imaculada)

A ovelha setente e sete

Aquilo que a ovelha setenta e sete narra da sua vida, pode ter algo a ver com a vida das pessoas. Jesus de Nazaré também falou de ovelhas. Utilizou a imagem do rebanho para falar ao povo, afirmando que era o Bom Pastor.

Era a ovelha número setenta e sete.
Para facilitar a contagem, o pastor tinha gravado o número nas costas. Fazia parte de um rebanho de cem ovelhas. A ovelha setenta e sete não era nem das primeiras nem das últimas. Era explorada com as outras: tosquiavam-na, tiravam-lhe o leite e os cordeirinhos. Servia simplesmente para produzir. Não se sentia amada.
Por isso, cansada de viver ignorada, decidiu fugir. Quando o pastor se deu conta, já ela estava longe. Nos primeiros dias, era feliz. Saltava pelos prados verdes e não sentia a falta do pastor. Um dia, sentiu que um lobo estava próximo. Ficou aflita e escondeu-se num buraco. Foi então que apareceu o pastor. Pegou nela e disse-lhe: «Vamos para casa! Tu, a setenta e sete, és importante para mim!»

Muito amados

Esta história recorda o que dizia um jovem, dando testemunho de vida durante um retiro para jovens. Falou do sentimento de não ser amado na sua família. Tinha a impressão que nunca foi desejado. Os pais falavam muitas vezes com o irmão e a irmã, mas muito pouco com ele. Quando foi para a escola, todos tinham amigos, menos ele. Depois contou o seguinte: «Um dia, entrei numa igreja silenciosa a meditar e, de repente, tive a certeza de que era muito amado por Jesus.
Ele amava-me assim como sou, com as minhas fragilidades e infidelidades. Esta certeza fez com que recuperasse a alegria de viver».
Afirmou diante de todos os ouvintes que, quando regressou a casa, estava diferente. E que, actualmente, mesmo que sinta que não é suficientemente amado pelos seus familiares e companheiros, ele acredita que Jesus o ama com um amor maravilhoso. Sabe agora que nos momentos difíceis, quando como que sente à sua volta os lobos a meterem-lhe medo, nada teme porque Jesus está com ele. É o seu Bom Pastor, que jamais o abandonará. Com o salmista, gosta de dizer a cantar: «O Senhor é o meu pastor, nada me faltará».
O retiro de jovens terminou em festa e todos regressaram a suas casas. Tudo tinha sido muito belo mas este testemunho ficou gravado em todos, ao ponto de ser publicado numa revista, para que toda a gente sinta que é importante para Jesus. Cada qual é essa ovelha setenta e sete de que fala a história.

(artigo retirado da publicação Cavaleiro da Imaculada)