quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Uma carta que é uma... oração

Carta escrita por um soldado...

"Escuta Deus; jamais falei contigo. Hoje quero saudar-te: Bom dia! Como vais? Disseram-me que tu não existes, e eu tolo acreditei que era verdade, nunca havia reparado na tua obra. Ontem à noite, da trincheira rasgada por granadas, vi teu céu estrelado. E compreendi então que me enganaram. Não sei se apertarás a minha mão, vou te explicar e hás de compreender. Engraçado! Nesse inferno hediondo achei a luz para enxergar o teu rosto. Dito isso, já não tenho muita coisa a te contar... só que... tenho muito prazer em conhecer-te. Faremos um ataque à meia noite. Não sinto medo. Deus, sei que tu velas... Ah! É o clarim! Bom Deus devo ir embora. Gostei de ti... vou ter saudades... quero dizer; será cruel a luta, bem o sabes, e esta noite pode ser que eu vá bater à tua porta! Muito amigos não fomos... é verdade. Vê, Deus, penso que não sou tão mau. Sorte é coisa bem rara. Juro, porém: já não receio a morte!"

Oração encontrada no bolso de um soldado americano desconhecido morto em combate atingido por uma granada durante a Segunda Guerra Mundial. O corpo foi totalmente despedaçado e nas poucas partes que restaram foi encontrado esse texto escrito em uma folha de papel que ficou intacta.

O testemunho de uma alma, que também a mim me fez chorar...

Imagem e Texto: Internet