sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Neste novo Ano...

Quero desejar a todos vós, que têm a "ousadia" de visitar este blog, um Ano Novo de 2017 muito próspero, com as maiores bênçãos do Senhor. 

Partilho convosco mais um belo artigo que li e que desde já agradeço ao seu autor... é uma oração belíssima e quem a conseguir colocar em prática, irá certamente contribuir para que o mundo seja melhor... 




"Neste novo ano, Senhor
quero amar
com a universalidade do Teu amor;
quero perdoar
com a constância do Teu perdão;
quero sentir
com a grandeza da Tua misericórdia;
quero dar-me
com a totalidade da Tua entrega;
quero ser
a infinita bondade da Tua vontade;
quero viver
com a eternidade da Tua vida;
Por Ti, Senhor.
Em Ti, Senhor.
Para Ti, Senhor.
Nos outros.
Ámen."

Autor: Joaquim Mexia Alves
retirado da revista Fátima Missionária
Imagem: Internet

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Governo... celestial

Leitura da Palavra:
"O povo que andava nas trevas viu uma grande luz;
habitavam numa terra de sombras,
mas uma luz brilhou sobre eles.
 Multiplicaste a alegria,
aumentaste o júbilo;
alegram-se diante de ti
como os que se alegram no tempo da colheita,
como se regozijam os que repartem os despojos.
Pois Tu quebraste o seu jugo pesado,
a vara que lhe feria o ombro
e o bastão do seu capataz,
como na jornada de Madian.
Porque a bota que pisa o solo com arrogância
e a capa empapada em sangue
serão queimadas e serão pasto das chamas.
Porquanto um menino nasceu para nós,
um filho nos foi dado;
tem a soberania sobre os seus ombros,
e o seu nome é:
Conselheiro-Admirável, Deus herói,
Pai-Eterno, Príncipe da paz.
Dilatará o seu domínio com uma paz sem limites,
sobre o trono de David e sobre o seu reino.
Ele o estabelecerá e o consolidará com o direito e com a justiça,
desde agora e para sempre.
Assim fará o amor ardente do Senhor do universo."
(Is 9, 1-6)

Ele estenderá o seu domínio e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino (Isaías 9,7).
A palavra profética de Deus anuncia que um menino nasceu, que um filho se nos deu, que o governo está sobre os ombros dele e que o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
É um texto comum no Natal, para anunciar o nascimento do Senhor Jesus, mas ao mesmo tempo aponta também para o governo do Príncipe da Paz, o que ainda não aconteceu.
O propósito da primeira vinda de Jesus foi reconciliar -nos com Deus – ele não veio para julgar -nos, mas para nos trazer o perdão (Jo 3,17).
É a salvação pela graça, mediante a fé em Jesus.
O Natal é o momento em que Deus desceu à terra e veio até nós. Mas, com o passar dos anos, esse evento virou um sonho de algumas horas em vez de ser fonte de forças para a vida inteira. Realmente, o período natalino é de muita alegria, muita festa, mas tudo é passageiro.
Já houve o tempo da manjedoura, já houve o tempo da cruz, já houve o tempo do túmulo vazio.
Há de chegar o tempo do governo e, com ele, virá a paz sem fim (Is 9,7) sobre o trono de Davi, que será firmado mediante juízo e justiça para sempre. Jesus reinará para sempre, o seu reinado não terminará (Lc 1, 33), conforme o anjo anunciou a Maria.
Jamais haverá paz se Jesus continuar excluído de nossas vidas (é o menos lembrado no seu próprio dia), se o Senhor Jesus permanecer em uma estante numa Bíblia juntando poeira, se ele só continuar a ser lembrado de vez em quando, se não fizer morada em todos os corações.
Façamos destes dias em que lembramos a primeira vinda de Jesus momentos de alegria e de paz; mas preparemo -nos, vigiando e orando por sua segunda vinda, quando o seu governo sobre as nações não terá mais fim. – ETA
Jesus quer hoje morar em cada um de nós para podermos morar com ele eternamente.

Fonte: Pão Diário
Imagem: Internet

Emanuel, O Deus Connosco

Leitura da Palavra:
"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco. Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus." (Mt 1, 18-25)

A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel, que significa 'Deus conosco' (Mt 1, 23).
José era um ser humano como qualquer outro, mas também se mostrava firme na prática dos princípios de Deus e da boa moral. Estava noivo de Maria e provavelmente apaixonado por ela. De repente a sua noiva aparece grávida. Não a querendo difamar e sabendo que ele não tinha nada a ver com aquilo, resolveu sair daquele relacionamento. Porém, o bebé tinha sido gerado pelo Espírito Santo, e então Deus revelou a José o que estava acontecendo. E disse mais: que José deveria dar à criança o nome de Jesus, pois ele traria perdão ao seu povo; também seria chamado Emanuel, que quer dizer "Deus Conosco", conforme vimos no texto acima.
Todos estamos nos preparando para o Natal. Esta data nos lembra justamente que Jesus Cristo veio a este mundo e se tornou o Emanuel (a presença visível de Deus). Você quer algo melhor do que isto? Mas esta presença constante só é uma realidade para aqueles que creem n'Ele!
O que significa "Deus Conosco"? Quer dizer que o próprio Deus se faz presente em nossa vida. Mas isso só será realidade se você crer em Cristo, arrepender-se de tudo o que desagradou a Deus em sua vida e a entregar a Ele. O Criador do céu e da terra, o Deus todo-poderoso, que esteve com Abraão, Isaac, Jacob, Gideão, Davi, Daniel, Pedro, Paulo e os demais apóstolos, também está conosco! Você consegue imaginar isso?
Seja num momento de alegria ou de tristeza, em períodos de dor ou sem dor, de doença ou de cura, de ganho ou de perda, ou ainda na ocasião de uma decisão importante, quando há muitas dúvidas: Deus está sempre conosco e nos dá o consolo e a direção de que precisamos. Seja qual for o momento que estejamos passando em nossa vida, uma coisa é certa: Deus está conosco! Você crê nisto? Se ainda não, ele quer fazer parte de sua vida. Entregue-se a ele e experimente sua companhia! – HK

Deixe o Emanuel, Deus conosco, habitar de fato em sua vida! Feliz Natal!

Fonte: Pão Diário
Imagem: Internet

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Vamos celebrar mais um Natal


Chegou o mês de Dezembro 

Vamos celebrar mais um Natal
Há coisas que eu não entendo;
Porque não nos libertamos do mal?

Vamos celebrar o nascimento do Salvador 
Mas, muita gente passa ao lado 
Ele veio como libertador 
Para nos libertar do pecado

Maria, pura e imaculada 
Foi escolhida pelo Senhor 
Predilecta e muito amada 
Deu-nos a prova do seu grande amor.

São José, quase desconhecido 
O fiel enamorado de Maria 
Para seu marido foi escolhido 
E, aceitou com muita alegria.

Jesus nasce em Belém
Quase ninguém sabia quem era
Só Maria Sua mãe
Sabia a mensagem que recebera.

Mas, aquele grupo de pastores 
Foi o único a ser informado 
Foram os Anjos os anunciadores 
Deste nascimento tão esperado.

Jesus veio ao mundo 
Para libertar o pecador 
Senhor de um amor profundo 
Que tanto sofreu por amor.

Mais um Natal vai acontecer 
Para salvação do pobre mortal 
Se o pecador se arrepender,
Então sim, será Natal.

Autoria: M. J. PINTO RIBEIRO (2016/11/22)
Publicação: Jornal Voz de Mira de Aire
Imagem: Internet


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria


No decorrer deste dia festivo, em que comemoramos a Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria , encontrei esta homília na internet, do então Bispo do Porto (estávamos no ano de 2005), D. Armindo Lopes Coelho, e achei que deveria partilhar convosco essa mensagem:

"Muito bem, servo bom e fiel , entra na alegria do teu Senhor":

Estas palavras do Pontifical da vossa Ordenação para o ministério, têm o sentido de um voto e esperança da Igreja que vos chama e vos envia. Mas a Liturgia da Palavra neste dia da Imaculada Conceição evoca também um momento decisivo da História e um facto determinante da vossa situação existencial.

Nas origens, segundo a Revelação Divina, o homem, chegado ao limiar da inteligência, da liberdade e da responsabilidade, desviou-se do projecto de Deus e quis fugir da presença do seu Criador: teve medo e escondeu-se. Tentou desculpabilizar-se, acusando a mulher, e esta acusou a serpente, o demónio, ao qual Deus disse: "Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a descendência (o descendente) dela" (Gen. 3, 15). E no dealbar da plenitude do tempo (cf. Gal. 4,4) Deus enviou o seu mensageiro a anunciar a uma mulher o cumprimento da promessa da redenção: " Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus" (Lc. 1,30-31). E Maria, a "cheia de Graça" (saudada pelo Anjo) respondia: "Eis a escrava (a serva) do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38).

Chamados e apresentados para serdes servos, servidores, ministros da Igreja, tendes na Mãe de Jesus o exemplo e modelo de serva (de Deus e da humanidade). Ides encontrar no nosso mundo vagas de medo, ameaças de medo, pessoas com muito medo, pessoas escondidas e outras à vista, (umas com vergonha e outras sem vergonha a desafiar e combater, como dizem, passado e tabus). Mas também ides encontrar um mundo necessitado e até sedento de servidores, de ministros sem medo, firmes na fé, pregadores da esperança, testemunhas vivas de alegria e de optimismo.

Celebramos hoje a Solenidade litúrgica da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, padroeira principal de Portugal. Lembramos que em 1646, o Rei D. João IV proclamou a Senhora da Conceição como rainha e padroeira e lembramos que o II Concílio do Vaticano encerrou há 40 anos, precisamente na Solenidade da Imaculada Conceição.

A Constituição sobre a Igreja (Lumen Gentium), um dos documentos mais importantes do Concílio, diz que "Maria, filha de Adão, consentindo na palavra divina, tornou-se Mãe de Jesus e, abraçando de todo o coração, sem qualquer impedimento de pecado, o desígnio salvador de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e à obra de Seu Filho, subordinada a Ele e, juntamente com Ele, servindo pela graça de Deus omnipotente o mistério da Redenção.

Por ser e para ser Mãe do Redentor, Maria foi ornada de singulares graças e prerrogativas, entre as quais a de ser preservada imune de pecado. Trata-se de uma prerrogativa de ordem e dimensão social, em nosso favor. Mãe do Redentor e nossa Mãe na ordem da graça, (Mãe da Igreja), Maria é também pela sua Maternidade virginal, figura ou tipo da Igreja, que chama os seus ministros para o anúncio do Evangelho fecundo na fidelidade a Cristo. Como Mãe e como virgem, Maria é nosso "modelo eminente e único" (LG 63).

E, terminamos ainda com palavras do Concílio e da Constituição sobre a Igreja: "A Mãe de Jesus, assim como glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante" (n.º68). Que seja, pelo vosso ministério, o sinal de esperança a orientar-nos para o futuro.

Amen.

Porto, 8 de Dezembro de 2005

(+ D. Armindo Lopes Coelho, Bispo do Porto)

Imagem: Internet




quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Coragem

Leitura Bíblica:
"Paulo fitou os membros do Sinédrio e disse: «Irmãos, tenho procedido para com Deus, até hoje, com absoluta rectidão de consciência.» Mas o Sumo Sacerdote Ananias ordenou aos seus assistentes que lhe batessem na boca. Então, Paulo disse-lhe: «Deus te baterá, a ti, parede branqueada! Tu sentas-te para me julgares de acordo com a lei, e mandas bater-me, violando a lei?» Os assistentes disseram-lhe: «Tu insultas o Sumo Sacerdote de Deus?» Paulo respondeu: «Não sabia, irmãos, que era o Sumo Sacerdote. Realmente está escrito: ‘Não dirás mal do chefe do teu povo.’» Sabendo que havia dois partidos no Sinédrio, o dos saduceus e o dos fariseus, Paulo bradou diante deles:
«Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus, e é pela nossa esperança, a ressurreição dos mortos, que estou a ser julgado.»
 Estas palavras desencadearam um conflito entre fariseus e saduceus e a assembleia dividiu-se, porque os saduceus negam a ressurreição, assim como a existência dos anjos e dos espíritos, enquanto os fariseus ensinam publicamente o contrário. Estabeleceu-se enorme gritaria, e alguns escribas do partido dos fariseus ergueram-se e começaram a protestar com energia, dizendo: «Não encontramos nada de mau neste homem. E se um espírito lhe tivesse falado ou mesmo um anjo?» A discussão redobrou de violência, a tal ponto que o tribuno, receando que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a tropa para o arrancar das mãos deles e reconduzi-lo à fortaleza. Na noite seguinte, o Senhor apresentou-se diante dele e disse-lhe: «Coragem! Assim como deste testemunho de mim em Jerusalém, assim é necessário que o dês também em Roma.»
(At, 23, 1-11)

O apóstolo Paulo foi preso, acusado, enfrentou julgamentos e ameaças de morte. Não porque fosse criminoso, mas só pelo fato de pregar o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. No texto bíblico de hoje observamos até um tumulto por causa da presença de Paulo, que exigiu intervenção militar para garantir sua segurança. 
Ele tinha todos os motivos para ficar com medo e intimidado, mas na noite seguinte recebe a visita do Senhor Jesus, que o anima e lhe aponta novas tarefas para o futuro. Isto se reflete em palavras de encorajamento nas diversas cartas escritas pelo apóstolo Paulo, como por exemplo: "Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam homens de coragem, sejam fortes" (1 Co 16, 13), e também "Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os meus sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus" (2 Tm 1, 7-8). 
Deus não abandona quem se mantém fiel a ele, busca conhecer sua vontade e lhe obedece. Isto não nos isenta de dificuldades e sofrimentos – o próprio Paulo relata muitas aflições pelas quais passou, e no fim acabou executado, mas também confirma a fidelidade de Deus. Confira em 2 Coríntios 11, 23-33, por exemplo. Foi pela fé e a coragem que Josué levou o povo de Israel a conquistar a Terra Prometida, e Davi conseguiu vencer o gigante Golias. Com certeza eles se apropriaram da promessa de Deus que diz: "Ninguém conseguirá resistir a você todos os dias da sua vida. Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei" (Js 1.5). 
Coragem, pois; a promessa de Deus para todos os cristãos é: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei. Podemos, pois, dizer com confiança: o Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens?" (Hb 13.5, 6) – MM

Deus nem sempre guarda seus filhos dos sofrimentos, mas sustenta - os dentro deles.

Imagem: Internet
Fonte: Pão Diário

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Aprender a orar

A tia-avó da Inês está doente. Embora tivesse já alguns problemas de saúde, nas últimas duas semanas a situação piorou substancialmente por causa de uma intervenção cirúrgica.

A Inês tem andado bastante preocupada com a tia e o primo, que é seu grande amigo e muito chegado à avó. Por isso, no grupo de catequese pede que a ajudem a rezar. Ela sabe que nada mais se pode fazer.
Matilde comove-se com a sensibilidade da sua aluna. E aproveita para explorar um pouco o tema da oração, regra geral muito mal entendido:
– O que é, no vosso entender, rezar?
A vivaz Cristina responde:
– É falar com Deus!
– Mas – prossegue Matilde –, será um falar apenas através de fórmulas feitas?
Filipe procura esclarecer-se:
– Tipo pais-nossos e ave-marias?
– Por exemplo – elucida Matilde.
– Acho que não – intervém Joel. – Quando tenho algum problema, peço a Deus que me ajude a resolvê-lo. E com palavras minhas, porque ninguém conhece o meu problema para inventar uma fórmula para ele…
– Inês, o que estás a sentir relativamente à doença da tua tia e a tudo o que se tem passado? – incita Matilde.
A jovem fica um pouco encavacada e, após breves instantes, responde:
– Na verdade, estou um bocadinho zangada com Deus porque a minha tia vai piorando e estão todos muito tristes, cansados e com medo do que possa acontecer. Vou pedindo a Deus que a ponha boa, só que Ele parece não me ouvir… e isso chateia-me tanto!
– É normal e não precisas de ter vergonha por te sentires assim – acalma-a Matilde. – Moisés também tentou “convencer” Deus a fazer pelo povo de Israel o que ele considerava ser o certo. E andou para ali com argumentos e mais argumentos, até ao ponto de quase fazer um ultimato ao seu Senhor. Ele queria MESMO sentir a presença de Deus naquela altura tão difícil da saída do Egito (Ex 32-34). Dava a ideia que Deus se tinha eclipsado… E era necessário que Deus se mostrasse mais forte do que o pecado e a morte. E foi esperto. Não se pôs a dizer que o povo era muito bonzinho e, portanto, merecia que Deus se lhe revelasse… Pegou, em vez disso, na fama de misericórdia de Deus, como para Lhe lembrar que Ele é que era bom e que, embora o povo não merecesse, por causa dessa bondade seria de esperar um sinal divino. Mas o melhor é pegarem nos tablets e conversarem diretamente com Moisés.
Filipe dá o pontapé de saída:
– Moisés, Deus não se ofendeu de estares a argumentar com Ele, porque, realmente, Ele é que era Deus e tu estavas a armar-te em carapau de corrida…
No ecrã apareceu a resposta pronta:
– Não! Deus sabia que os meus argumentos vinham da profundidade da relação que tinha com Ele e que me permitia dizer todas aquelas coisas…
Cristina continua:
– Querias que Deus se revelasse para as pessoas acreditarem n’Ele… e em ti?
– Sim – aclara Moisés na Bíblia_app –, porque a presença manifesta de Deus no meio do seu povo é o que o distingue de todos os outros povos. Se essa presença não for visível, quem é que confia que se trata do povo de Deus?
Joel acrescenta:
– E Deus não se aborreceu por estares sempre a insistir no mesmo?
Moisés explica:
– Deus nunca se aborrece por alguém Lhe pedir com insistência o que quer que seja, argumentando sem medo e com total liberdade, porque é assim que se fala com os amigos.
Inês, sedenta de algum consolo, indaga:
– Como te sentiste depois de orar a Deus dessa maneira?
Moisés replica:
– Eu pensava que, com a minha oração, ia mudar Deus e que ia levá-Lo a fazer o que eu queria, mas curiosamente foi Ele que me mudou e me fez compreender melhor como Ele é. Ele transformou o meu coração! E eu ganhei novas forças.
Matilde conclui, sublinhando:
– O mais importante na oração não é se rezamos com palavras compostas por outros ou com fórmulas nossas; é, isso sim, que sintamos profundamente o que estamos a dizer a Deus… e que façamos silêncio para o sentirmos no nosso coração e os outros possam ver isso mesmo. Qualquer relação se faz de diálogo, ou seja, de falar e escutar.

Texto: Maria Mendonça
Revista: Audácia

Salmo 136

Salmo 136 é um hino de acção de graças ao Criador... e foi a partir dele que o autor que está indicado no final se inspirou...

Ninguém pretenda saber tudo...
O sábio di-lo por humildade; o ignorante, como desculpa.






Há fenómenos
que ninguém sabe donde vêm.
Deus sabe.

Há estrelas para além deste Sol,
que ninguém conhece.
Deus sabe.

Há rochas no fundo do mar, 
que ainda ninguém viu.
Deus vê.

Há escravos para além do Nilo,
que os faraós não querem libertar.
Deus quer.

Há águas do rio Jordão, 
que ninguém pode passar.
Deus pode.

Há reis poderosos, 
que ninguém vence.
Deus vence.

Há profetas, 
que só prometem e não dão.
Deus dá.

Há mistérios na vida do homem,
que ninguém entende.
Deus entende.

Há bons e maus à mistura, 
que ninguém distingue.
Deus distingue.

Porque o seu amor é eterno. (v. 4b)

Texto: frei Manuel Rito Dias
revista Bíblica

A palavra Diligência

Encontrei este artigo numa revista que tinha guardado e entendi partilhá-la convosco...

A «Diligência» é uma palavra pouco usada e quando é usada, restringe-se, normalmente, aos meios e ambientes judiciais, todavia encerra em si uma grande riqueza, quer de conteúdo, quer de valor.

A diligência é uma das sete virtudes do Cristianismo, a virtude humana de seguir e atingir um objetivo na vida de forma cuidadosa e atenta, esforçando-se na aplicação dos meios para fazer acontecer o que urge ser feito e da melhor forma possível.
A palavra «diligência» vem do verbo latino diligere, que significa «amar». E diligens (diligente) significa «aquele que ama».

A pessoa diligente age com amor e prontidão (diferente de pressa), procurando o bem e predispondo-se a atingi-lo. Diligência é a capacidade de combinar persistência criativa e esforço inteligente com competência e eficácia, para alcançar um resultado honesto dentro do mais alto nível de excelência e eficácia. Ser diligente é fazer o que precisa ser feito, é não perder tempo, não acomodar-se ao “mais fácil”, não buscar desculpas, não adiar. A diligência pressupõe uma atenção esmerada e cuidadosa para apreciar o valor dos deveres a cumprir e para os escolher conscientemente, como fruto de uma reflexão atenta e ponderada.

Fruto da reflexão

Uma pessoa diligente é uma pessoa de reflexão. Só quem pensa serenamente nos seus deveres, na maneira de conjugá-los, nas prioridades que entre eles deve estabelecer, nos passos necessários para os executar é que possui o controlo da ação e do tempo. Viver com diligência é saber aproveitar cada dia e não ser uma marioneta puxada aos solavancos pelas cordas do nervosismo e da imprevidência. A diligência necessita do solo fecundo da serenidade e da meditação. É preciso que aprendamos a parar e a perguntar a nós mesmos: Porque faço isto? Como é que o estou a fazer? Estou a fazer realmente o que devo e do melhor modo? O homem moderno é pobre em interioridade: medita pouco e quer abranger muito. Então é quase inevitável que num dado momento da sua vida, talvez quando já chegou longe demais, se lhe tornem claras, como um soco na consciência, as palavras de Santo Agostinho: «Corres bem, mas fora do caminho.»

Antídoto para a preguiça

A diligência é o melhor antídoto para a preguiça. Nos dias de hoje é muita e constante a tentação da preguiça, de cair na rotina, em vez de ter a coragem de agarrar com firmeza o leme da vida e controlar energicamente o rumo da navegação. Onde a preguiça cava um abismo, a diligência ergue uma montanha. O preguiçoso é aquele indivíduo avesso a atividades que mobilizem esforço físico ou mental, de modo que lhe é conveniente direcionar a sua vida a fins que não envolvam maiores esforços. Em confronto com a preguiça, a virtude da diligência consiste no contrário: na procura com amor do bem e na constante disponibilidade para fazer o melhor em qualquer projeto/tarefa.

Antídoto para o ativismo
A diligência é, também, um bom antídoto para o ativismo. É comum vermos muitos de nós num ativismo desenfreado. Não paramos um instante. Vamos de cá para lá, assoberbados de tarefas, numa incessante corrida atrás do tempo, que sempre nos falta. As ocupações envolvem-nos como que num remoinho e impedem-nos de sermos donos de nós mesmos. O “correr” domina-nos como um cavalo sem freio, do qual perdemos as rédeas. Pelo contrário, uma pessoa diligente aproveita e usa o tempo para uma reflexão atenta e ponderada, experimentando e afirmando que só há amor (diligência) quando se sabe apreciar e escolher alguma coisa depois de uma reflexão esmerada e cuidadosa. Não é diligente quem se precipita mas quem pondera o que fazer e como fazer.

Diligência e fé

São vários os passos bíblicos que nos falam sobre a necessidade de diligência na vida pessoal. Por exemplo, Abraão e Josué foram chamados a serem uma bênção para eles e para os outros. Aquilo que eles precisariam de fazer, aquilo que estava em poder de suas mãos, Deus não iria fazer por eles. Mas o imprevisível estaria nas mãos de um Deus que jamais é poupado em surpresas. O mesmo se passou com Noé. É óbvio que a fé tem de estar implícita no ato de acreditar, mas Noé não podia facilitar apesar de saber que Deus iria cumprir. Ele precisou de se antecipar o suficiente porque um barco daqueles não poderia ser construído em dois dias de trabalho árduo. Ele precisou de medir a distância no tempo entre o que precisava fazer e o que Deus prometeu. Imaginemos que Noé tinha acreditado em Deus mas não tinha sido diligente em obedecer-Lhe. Imaginemos que ele acreditava que no último minuto Deus lhe enviaria um barco ou pararia a chuva. Que teria acontecido? Muitas vezes queremos responsabilizar a fé pelo que já devia ter acontecido e não aconteceu, ou, então, forçar a fé a fazer o que compete à diligência. É importante crer, mas a fé só resultará se for acompanhada dos atos de diligência. Que Deus nos ajude a desenvolvê-la e a pô-la em prática na nossa vida.

Fonte:Revista Audácia Junho 2014
Texto: Abel Dias, professor

sábado, 26 de novembro de 2016

Confiança no Senhor

Leitura Bíblica
"Os meus adversários perseguem-me continuamente;
são numerosos, ó Altíssimo, os que lutam contra mim!
Quando tiver medo, confiarei em ti.
Rejeita-os, ó Deus, por causa da sua maldade;
derruba os povos na tua ira.
Tu contaste os passos do meu peregrinar,
recolheste e guardaste as minhas lágrimas.
Não está tudo isso anotado no teu livro?
No dia em que eu te invocar,
os meus inimigos hão-de retroceder;
então ficarei a saber que Deus está por mim.
Celebro a palavra de Deus,
celebro a palavra do Senhor.
Em Deus confio, nada temo:
que mal me poderão fazer os homens?
Mantenho as promessas que te fiz, ó Deus,
quero cumpri-las com sacrifícios em teu louvor."
[Salmo 56(55), 3-4; 8-13]


Baise Pascal era cristão, cientista, filósofo e autor de diversos livros. Teve uma vida curta, porém incomum. Com 16 anos publicou o primeiro estudo matemático. Aos 20, inventou uma calculadora. Todavia, sua vida foi marcada por doença e sofrimento. Desde os seus 18 anos de idade não viveu sequer um dia sem sentir dores. Faleceu aos 39 anos. Ele escreveu um memorial com um impressionante testemunho de sua conversão e uma oração de enfermos, tida como uma das suas obras mais preciosas. Lá consta: "Senhor, concede-me a graça de unir o teu consolo às minhas dores para que eu sofra como cristão. Não te peço que me livres da dor; mas peço-te que eu não seja entregue à dor sem o consolo do teu Espírito. Não te peço uma superabundância de consolações em qualquer dor. Também não te peço abundância de sofrimento sem o teu consolo. Mas peço-te uma coisa só, Senhor: poder experimentar ao mesmo tempo a dor e o consolo do teu Espírito. Pois é nisso que consiste a verdadeira essência de ser cristão. Não quero sentir dor sem consolo, mas dor e consolo para que no fim eu alcance o alvo em que somente terei consolo sem qualquer dor". Esta oração demonstra um pouco da vida de fé desse homem. Tinha um relacionamento pessoal com o Senhor, em cuja presença vivia. Como o salmista, experimentou que quem conhece Deus sabe em quem confiar. Sabia que ninguém melhor do que o Senhor podia compreendê-lo. Sabia a quem recorrer nos momentos de aflição. Tinha uma fonte de onde buscava forças e consolo. Sua vida, apesar de tudo que sofria, tinha um sentido e uma esperança. Veja: o salmista conhecia tudo que é fundamental para viver e sobreviver nas contrariedades que a vida nos impõe. Isso era fruto de sua fé e do seu relacionamento com o Senhor. Urge, pois, que cresçamos na nossa comunhão com Jesus e na nossa dependência dele. Esta já é sua experiência? – LSCH 


Quanto mais conhecermos Jesus, mais tranquilos ficaremos nas adversidades.

Fonte: Pão Diário
Imagem: Internet

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Porque sofrem os justos?

Assim como Deus manda a chuva, o sol e outras bênçãos tanto sobre  os justos como sobre os injustos (Mateus 5:44-45), a Bíblia também   ensina que todos (sejam justos ou injustos) têm que sofrer as conseqüências do pecado de Adão e Eva. Gênesis 3 registra o relato da queda de Adão e Eva. As maldições caídas sobre a terra como resultado são relatados em Gênesis 3:16-19. Elas incluem a dor do parto, espinhos e cardos, comer o pão "no suor do rosto", e, finalmente, morte. Estas maldições são universais. Todos estão sujeitos a dor, tristeza, infelicidade e a morte que são o resultado, não da crueldade ou indiferença por parte de Deus, mas da introdução do pecado no mundo.

A pessoa que está preocupada com o sofrimento dos justos precisa ler o livro de Jó. Ele era um homem rico a quem Deus tinha abençoado abundantemente. Jó 1:8 nos conta a estima de Deus por este homem: "Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, tememnte a Deus e que se desvia do mal."

Não há questão sobre se o subseqüente sofrimento de Jó era castigo por algum pecado grave. O livro constitui, na maior parte, de uma discussão que Jó tinha com seus "amigos", que tentavam convencê-lo de que ele estava recebendo retribuição por alguma maldade dele. Mas não somente Jó era inocente de qualquer pecado resultando em seu sofrimento incomum, mas é-nos dito mais tarde que "Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma" (Jó 1:22). O sofrimento acontece a jovens e velhos, bons e maus. Algumas pessoas parecem ter mais do que sua conta de calamidade, enquanto outras aparentemente escapam com pouca adversidade. A maioria de nós provavelmente cai em algum lugar entre estes dois extremos.

A adversidade, conquanto atribuída a um Deus cruel e injusto, realmente pode beneficiar-nos de muitos modos se estivermos determinados a servir o Senhor.

O sofrimento nos prova. Lemos sobre uma tal provação, em Gênesis 22, que deve ter sido desagradável para Abraão. Mas ele passou a provação e o resultado foi a promessa de grandes bênçãos através de sua herança, que beneficiaria toda a terra (leia os versículos 1 a 18).

Deus estava permitindo que Jó fosse experimentado com as aflições pelas quais Satanás o atormentou. Jó passou na prova e lemos, "Assim, abençoou o Senhor o último estado de Jó mais do que o primeiro..." (Jó 42:12).

Não nos foi prometida grande riqueza material se passássemos nas provas de adversidade, mas nos foi assegurado que o Senhor cuidará de nós (Mateus 6:33), e que colheremos recompensas maiores do que a riqueza deste mundo.

O sofrimento nos fortalece. Quem não ouviu uma pessoa mais velha contar os "tempos duros" que enfrentou? Alguns falam de suas experiências para atravessar a Grande Depressão. Alguns relatam os contos pungentes da desgraça. Outros falam de tragédia pessoal que teve que ser suportada. Por que freqüentemente as pessoas têm orgulho dos tempos traumáticos em que viveram? É porque elas sabem que isto é evidência de um caráter e uma constituição fortes, que talvez foram forçadas sobre eles pelas suas adversidades. Converse com qualquer pessoa de riqueza ou alta posição que "abriu seu próprio caminho." Os tempos sobre os quais terá mais prazer em lhe falar são "naquele tempo quando eu não estava tão bem como agora." Elas gostam de recordar a luta, a dureza e a labuta que os colocaram onde estão. A maioria destas pessoas não trocaria estas experiências por nada, porque sabem que foram as próprias durezas que suportaram que lhes deram a força de caráter que agora possuem.

Devemos ser fortalecidos espiritualmente pelo sofrimento porque sabemos que Deus "...não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1 Coríntios 10:13). Cada vez que você passa por uma provação, você está um pouco mais forte. Isto não somente o capacitará a enfrentar outras tentações contra as quais você irá contra, mas também lhe dará capacidade para ajudar melhor e encorajar outros que possam enfrentar dificuldades semelhantes.

O sofrimento nos humilha. Em 2 Coríntios 12:4-10 aprendemos que Paulo tinha uma enfermidade com o propósito de ajudá-lo a manter sua humildade e também para que outros não o exaltassem acima da conta. Na adversidade percebemos que nossa única segurança e força verdadeira estão em Jesus Cristo. Por nós mesmos não temos a força e a auto-suficiência das quais gostaríamos de vez em quando de nos exibir. Paulo disse: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte" (2 Coríntios 12:10).

Acima de tudo, lembremo-nos de que nossa meta não é uma vida ditosa, despreocupada, nesta terra. Antes, estamos labutando e algumas vezes sofrendo para que possamos atingir o lar celestial que Jesus Cristo foi preparar para nós. Que as tentações, adversidades, perseguições, tristezas e dores nesta vida nos dêem uma mais profunda ânsia e apreciação pela esperança que fica diante de nós se formos cristãos e fiéis ao Senhor.

"Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8:18). Torne-se um cristão para que possa ter esta alegria e paz de consciência.

por Tom Moody

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Texto retirado do site: http://www.estudosdabiblia.net

Sejamos filhos obedientes...

A humanidade foi mergulhada no pecado e no sofrimento, na dor e na morte, por causa da desobediência de Adão e Eva; e foi salva porque Jesus cumpriu perfeitamente a vontade do Pai, obedecendo-o perfeitamente. Ele, como “novo Adão”, fez o caminho inverso de Adão. Ele disse aos Apóstolos: “Meu alimento é fazer a vontade de meu Pai que está nos céus” (Jo 4,34).

Para Jesus não havia outra razão para viver neste mundo a não ser “cumprir perfeitamente a vontade do Pai”, em perfeita obediência. Disse São Paulo: “Assim como pela desobediência de um só homem foram todos constituídos pecadores, assim pela obediência de um só todos se tornarão justos” (Rm 5,19). A carta aos hebreus diz: “Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve” (Hb 5,8).

Jesus foi ao ponto mais profundo que um homem possa sofrer e se aniquilar para destruir o nó da desobediência de Adão: “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fil 2,6-8).

Em muitas ocasiões Jesus deixou claro aos discípulos a necessidade de cumprir a vontade de Deus, e isso deve ser para nós uma orientação determinante. O seu alimento era fazer a vontade de Deus (cf. Jo 4,4); isso Lhe dava força, ânimo, coragem para enfrentar tudo que Ele sabia que ia acontecer com Ele até o Calvário. Já desde menino, no Templo, Ele mostra que o que lhe importa é “estar na Casa do Pai”, fazer a sua vontade, realizar o seu plano de salvar os homens. “O mundo, porém, deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai me ordenou”.( Jo 14,31)

E, quando ensina aos Apóstolos a Oração perfeita, manda pedir que a vontade do Pai seja cumprida perfeitamente: No Sermão da Montanha, onde Ele colocou a “Constituição do Reino de Deus” (Mt 5,6 e 7), deixou claro que se salvam aqueles que fazem a vontade de Deus:

“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!” (Mt 7,21)

E na cruz Jesus levou à plenitude o cumprimento da vontade do Pai, obediência perfeita à Sua vontade; e assim, salvou o mundo.

Aos romanos, o Apóstolo explicava que todo cristão é convidado a responder à ordem-programa do Pai pela “obediência da fé” (Rm 1,5). A determinação do Pai foi clara: “Este é o meu Filho bem-amado, escutai-O” (Lc 9,35; Mc 9,6; 2 Pd 1,17). O acatamento a tudo que Jesus falou abre a existência de seu discípulo para a liberdade verdadeira e dá acesso à vida filial. Trata-se da aceitação das doutrinas da crença cristã que são detalhadas pelo Magistério da Igreja, bem como a adesão aDeus pela fé. Interessante é que, quando lá no Tabor os apóstolos ouviram a voz do Pai, eles “caíram de bruços e tiveram grande medo” (Mt 17, 6). Isso é fato, em nossa miséria, também nos apresentamos “medrosos” diante de Deus e da verdade. Outras tantas vezes não conseguimos compreender ou aceitar a vontade de Deus para as nossas vidas. E justamente, neste ponto, o Magistério da Igreja, nos auxilia a não “errarmos o caminho”, sobretudo ao que se trata de nossa fé. Jesus quis que fosse assim. Não me esqueço desse forte ensinamento: “É preferível errar com a Igreja, do que errar sozinho”. Mas para estar em comunhão com Cristo e a Igreja, precisamos ser obedientes. Foi o que Ele nos ensinou.

Muitos ainda dizem ser obedientes a Deus e não veem a necessidade de obedecer a Igreja. Ora, isso não pode ser assim! É preciso entender que quem não concorda com o que a Igreja ensina, não conhece bem o que Jesus ensinou, fez e mandou que fizéssemos. Ele fundou a Igreja sobre São Pedro e os Apóstolos para ser sua “porta voz” na terra e extensão de Sua Presença entre nós, já que ela é o “Corpo de Cristo” . Jesus disse aos Apóstolos: “Quem vos ouve, a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16). Quer dizer, quem não ouve a Igreja, não Me ouve! Quem não obedece a Igreja, não obedece Jesus.

Jesus ainda disse a eles: “Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de vosso Pai dar-vos o Reino”. (Lc 12, 32). E foi à Igreja que Jesus mandou: “Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Como, então, não concordar com a palavra da Igreja? E mais: “A quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados…” (Jo 20,22). O Pai mandou o Filho para salvar o mundo; e o Filho enviou a Igreja. Ela é o “Sacramento universal da Salvação” (LG, 4), a Arca de Noé que salva do dilúvio do pecado. Na Santa Ceia, na despedida dos Apóstolos, Jesus fez várias promessas à Igreja, ali formada por seus discípulos. Entre muitas coisas que São João narrou, em cinco capítulos do seu Evangelho (13 a 17), Jesus prometeu à Igreja:

“Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós”. “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,15.25). Ora, como a Igreja poderia ensinar algo errado se o Espírito Santo permanece sempre com ela e lhe “ensina todas as coisas”?

Além disso, o próprio Jesus está na Igreja; pois Ele prometeu, antes de subir ao céu: “Eis que Eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20). Foi a última palavra Dele aos discípulos. Ora, como a Igreja poderia errar se Jesus está com ela todo tempo? É impossível! É por isso que São Paulo disse a São Timóteo: “A Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15). Então, a Igreja detém a verdade que Jesus disse que nos liberta.

É por causa de tudo isso que o nosso Credo tem 2000 anos, e nunca mudou e nem vai mudar; porque é a expressão da “verdade que salva” (cf. Cat. n.851). A mesma coisa os Sacramentos, os Mandamentos, a Liturgia. A Igreja já teve 266 Papas e nunca um deles cancelou um ensinamento doutrinário que um antecessor tenha ensinado. Já realizou 21 Concílios universais, e nunca um deles cancelou um ensinamento de um anterior. A verdade não muda, e está na Igreja. O Espírito Santo não se contradiz.

Logo, como não concordar com o que a Igreja ensina? Isso seria por causa da ignorância de tudo o que foi relatado acima; ou, então, seria um ato de orgulho espiritual da pessoa, que acha que sabe mais do que a Igreja, assistida por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo. Longe de nós isso.

O livro do Deuteronômio ensina que é possível viver e obedecer o que Deus manda, certamente contando com a Sua graça: “O mandamento que hoje te dou não está acima de tuas forças, nem fora de teu alcance. Ele não está nos céus, para que digas: quem subirá ao céu para no-lo buscar e no-lo fazer ouvir para que o observemos? Não está tampouco do outro lado do mar, para que digas: quem atravessará o mar para no-lo buscar e no-lo fazer ouvir para que o observemos? Mas essa palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração: e tu a podes cumprir.Olha que hoje ponho diante de ti a vida com o bem, e a morte com o mal.” (Dt 30,11-16)

Podemos até não conseguir viver o que a Igreja ensina e manda viver – isso é compreensível por causa de nossa fraqueza – mas, jamais poderemos dizer que a Igreja está errada ou que eu não concordo com o que ela ensina. Ela não ensina o que quer, mas o que o Seu Senhor lhe confiou.

Peçamos ao Espírito Santo que nos assista em nossas necessidades e faça de nosso coração ainda mais manso, humilde e obediente para agradar a Deus.

Prof. Felipe Aquino

Texto: http://www.santateresinhago.com.br
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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Outubro: mês do Rosário

Vamos celebrar o mês do rosário
Em honra de Nossa Senhora
Mulher, mãe de um operário
Que acompanhou Seu Filho
até ao Calvário
Foi mulher forte, mas sofredora.

É a Mãe do Filho de Deus
A mais bela criatura
Roga por crentes e ateus
Todos são filhos seus
Mulher, de todas a mais pura.

Jesus deu-nos a Sua Mãe
Para nos conduzir para o Pai
Ela que sempre praticou o bem
Não faz distinção de ninguém
Até mesmo o pecador que cai.

Ó Maria, mãe da humanidade
Dá-nos a tua sabedoria
Elimina a nossa vaidade
Apaga de nós toda a maldade
E viveremos todos em harmonia.

Vamos honrar a Mãe do Céu
Que nos ofereceu o Salvador
Ela que tanto amor nos deu
Esquecendo o quanto sofreu
Mãe puríssima do infinito amor.

Ó Mãe de todos nós
Que sofreste a dor do calvário
Tu que nunca nos deixas sós
E que sempre cuidas de nós
Te louvamos,
neste mês do Rosário.

Autoria: M. J. Pinto Ribeiro
Imagem: Internet

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

As Mãos de Jesus

Tenhamos presente agora as mãos de Jesus.

Mãos capazes de transmitir confiança, de expressar afecto, de oferecer segurança, de dar amor…

Mãos abertas para acariciar e abençoar as crianças, mãos estendidas para socorrer os que são lançados à beira do caminho incapazes de seguir a sua caminhada, mãos sanadoras para curar os corpos dilacerados e os espíritos maltratados, mãos trabalhadoras que lançam as redes ou moldam a pedra, mãos que marcam o caminho e estimulam a seguir adiante, mãos que levam à plenitude.

Pedimos-Te que nos estendas a tua mão para que o teu toque nos revitalize, o teu beijo nos vivifique e o teu abraço consiga que sejamos conscientes da tua proximidade.

Acompanhados por Ti também seremos capazes de nos tornarmos próximos dos nossos irmãos e irmãs. Ajuda-nos a estender as nossas mãos a quem precisa delas. Contamos com o teu apoio.

Ajuda-nos a não perder a fé e a sentir o contacto das tuas mãos nas nossas. Ámen.

Fonte e imagem: https://faroldeluz.wordpress.com/2009/06/24/as-maos-de-jesus/