sexta-feira, 31 de julho de 2015

O furo no barco

Um homem foi chamado à praia para pintar um barco. Trouxe com ele tinta e pincéis, e começou a pintar o barco de um vermelho brilhante, como fora contratado para fazer.
Enquanto pintava, viu que a tinta estava passando pelo fundo do barco. Percebeu que havia um vazamento e decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu seu dinheiro e se foi.

No dia seguinte, o proprietário do barco procurou o pintor e presenteou-o com um belo cheque. O pintor ficou surpreso:
O senhor já me pagou pela pintura do barco! - disse ele.

- Mas isto não é pelo trabalho de pintura. É por ter consertado o vazamento do barco.
- Ah!, mas foi um serviço tão pequeno... Certamente, não está me pagando uma quantia tão alta por algo tão insignificante!
- Meu caro amigo, você não compreende. Deixe-me contar-lhe o que aconteceu.

Quando pedi a você que pintasse o barco, esqueci de mencionar o vazamento. Quando o barco secou, meus filhos o pegaram e saíram para uma pescaria. Eu não estava em casa naquele momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado, pois lembrei-me que o barco tinha um furo.

Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornando sãos e salvos. Então, examinei o barco e constatei que você o havia consertado! Percebe, agora, o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho dinheiro suficiente para pagar a sua "pequena" boa ação.

Não importa para quem, quando ou de que maneira: mas, ajude, ampare, enxugue as lágrimas, escute com atenção e carinho, e conserte todos os "vazamentos" que perceber, pois nunca sabemos quando estão precisando de nós ou quando Deus nos reserva a agradável surpresa de ser útil e importante para alguém.

Fonte e imagem: Internet

Saibamos agradecer...





Custa tão pouco ser agradecido e, no entanto, aprecia-se tanto a gratidão! Essa gorjeta que deixas na mesa do restaurante, sem dizeres palavra, saberia melhor se acrescentasses uma única palavrita, muito fácil de pronunciar: "Obrigado!". As poucas moedas que pões na mão do homem que te engraxa os sapatos seriam recebidas com mais alegria se fossem acompanhadas de uma palavra que fizesse saber ao homem humilhado aos teus pés, que o seu trabalho é digno e que lhe estás agradecido. A carta que recebes, o telegrama, as flores que compras, o telefonema que atendes, o serviço que te presta um funcionário público, a informação que te dão numa estação terminal... tudo isso e muitas outras coisas, se fossem "salpicadas" com a palavrinha "obrigado!" e um sorriso amável, sincero, caloroso, chegavam ao coração dos outros e tornava-os mais abertos, mais dispostos a ajudar, mais solícitos. Se em cada dia disseres "Obrigado" a Deus por te dar um novo dia e por te fazer gozar de boa saúde e de tantas outras coisas, a tua vida espiritual seria mais intensa e viverias com outra projeção.

No Sagrada Escritura, Jesus cura dez leprosos do seu mal; só um deles voltou atrás para agradecer a Deus a saúde recebida. Cristo tomou a palavra e disse: "Não foram dez os que ficaram limpos? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro? E disse-lhe: 'Levanta-te e vai. A tua fé te salvou" (...) (Lucas 17, 11-19).

Prometi
diante do Sacrário ontem
assim o jurei
ao Cristo da minha fé
que guardarei
total fidelidade
a luz do meu cursilho
jamais se apagará.

Retirado do livro "Os cinco minutos de Deus", de Alfonso Milagro
Imagem: Internet

Revolução da alma

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.

Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão de ser da sua vida é você mesmo.

A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si.

Pare de procurar a sua felicidade cada dia mais longe.

Não tenha objetivos longe demais das suas mãos, abrace aqueles que estão ao seu alcance hoje.

Se está desesperado devido a problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque no seu interior a resposta para se acalmar, você é reflexo do que pensa diariamente.

Pare de pensar mal de si mesmo, e seja o seu próprio melhor amigo, sempre. Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar.
Então abra um sorriso de aprovação para o mundo, que tem o melhor para lhe oferecer.

Com um sorriso, as pessoas terão melhor impressão sua, e você estará afirmando para si mesmo, que está "pronto"para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de esperar que a felicidade chegue sem trabalho.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

Agradeça tudo aquilo que está na sua vida, neste momento, incluindo nessa gratidão, a dor. A nossa compreensão do universo ainda é muito pequena, para julgarmos o que quer que seja na nossa vida.
(Aristóteles)
 

Fonte e imagem: Internet


O pássaro encantado e a menina

Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo. Era um pássaro diferente de todos os outros: era encantado. Os pássaros comuns, se a porta da gaiola estiver aberta, vão embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades...

Suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.
Certa vez, voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão.

"- Menina, eu venho de montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco de encanto que eu vi, como presente para ti...".

E assim ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro. Outra vez voltou vermelho como fogo, penacho dourado na cabeça.

"... Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. Minhas penas ficaram como aquele sol e eu trago canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes."

E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isso voltava sempre.

Mas chegava sempre uma hora de tristeza.
"- Tenho que ir", ele dizia.
"- Por favor não vá, fico tão triste, terei saudades e vou chorar....".
"- Eu também terei saudades", dizia o pássaro.
- Eu também vou chorar. Mas eu vou lhe contar um segredo: As plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios... E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera da volta, que faz com que minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudades. Eu deixarei de ser um pássaro encantado e você deixará de me amar."

Assim ele partiu. A menina sozinha, chorava de tristeza à noite. Imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa destas noites que ela teve uma ideia malvada.
"- Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá; será meu para sempre. Nunca mais terei saudades, e ficarei feliz".

Com estes pensamentos comprou uma linda gaiola, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Finalmente ele chegou, maravilhoso, com suas novas cores, com histórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu.

Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz. Foi acordar de madrugada, com um gemido triste do pássaro.

"- Ah! menina... o que é que tu fizeste? Quebrou-se o encanto. Minhas penas ficarão feias e eu me esquecerei das histórias... Sem a saudade, o amor irá embora..."

A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas isto não aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ia ficando diferente.

Caíram suas plumas, os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio; deixou de cantar. Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava.

E de noite ela chorava pensando naquilo que havia feito ao seu amigo...
Até que não mais aguentou. Abriu a porta da gaiola.

"- Pode ir, pássaro, volte quando quiser...".
"- Obrigado, menina. É, eu tenho que partir. É preciso partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro da gente. Sempre que você ficar com saudades, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudades, você ficará mais bonita. E você se enfeitará para me esperar...".

E partiu. Voou que voou para lugares distantes. A menina contava os dias, e cada dia que passava a saudade crescia. 
"- Que bom, pensava ela, meu pássaro está ficando encantado de novo...".

E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos; e penteava seus cabelos, colocava flores nos vasos...

"- Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje..."

Sem que ela percebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado como o pássaro. Porque em algum lugar ele deveria estar voando. De algum lugar ele haveria de voltar.

Ah! Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama...

E foi assim que ela, cada noite ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento:
"- Quem sabe ele voltará amanhã..."
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.

Fonte e imagem: Internet

O tesouro do campo

Um rico e já idoso fazendeiro, que sabia não ter mais tantos de anos de vida pela frente, chamou seus filhos à beira da cama e lhes disse:

"Meus filhos, escutem com atenção o que tenho para lhes dizer. Não façam partilha da fazenda que por muitas gerações tem pertencido a nossa família. Em algum lugar dela, no campo, enterrado, há um valioso tesouro escondido. Não sei o ponto exato, mas ele está lá, e com certeza o encontrarão. Se esforcem, e em sua busca, não deixem nenhum ponto daquele vasto terreno intocado."

Dito isso o velho homem morreu, e tão logo ele foi enterrado, seus filhos começaram seu trabalho de busca. Cavaram com vontade e força, revirando cada pedaço de terra da fazenda com suas pás e seus fortes braços.

E continuaram por muitos dias, removendo e revirando tudo que encontravam pela frente. E depois de feito todo trabalho, o fizeram outra vez, e mais outra, duas, três vezes.

Nenhum tesouro foi encontrado. Mas, ao final da colheita, quando eles se sentaram para conferir seus ganhos, descobriram que haviam lucrado mais que todos seus vizinhos. Isso ocorreu porque ao revirarem a terra, o terreno se tornara mais fértil, mais favorável ao plantio, e consequentemente, a generosa safra.

Só então eles compreenderam que a fortuna da qual seu pai lhes falara, era a abundante colheita, e que, com seus méritos e esforços haviam encontrado o verdadeiro tesouro.

Moral da História: O Trabalho diligente é em si um tesouro.

Fonte e Imagem: Internet

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Estou à espera que me dê um beijo...

É cheio de significado o relato de uma senhora: foi a um hospital de crianças, e levou guloseimas e brinquedos. Ia passando de uma cama a outra, deixando nas mãos de cada criança doente o presente que lhes levava. Mas uma menina doente não quis receber nada e o seu rostozinho estava muito triste. A senhora perguntou porque é que não queria receber nem o brinquedo nem os doces; respondeu que não era disso que estava à espera. A senhora perguntou-lhe então o que esperava, o que desejava, e a menina replicou: "Estou à espera de alguém que me dê um beijo". Podes dizer que é uma infantilidade, mas há muitas pessoas que dentro de si têm uma criança que facilmente acorda e que não pára de chorar até lhe ser dado o que precisa. Porque é que não pensas em descobrir a criança que há em cada um e em dar-lhe um pouco de afecto, um pouco mais de bondade, um sorriso, uma companhia para pelo menos meia hora de conversa? O mundo morre por falta de afecto, por frio de coração, porque precisa de alguém disposto a «perder tempo» a escutá-lo.

"Os mandamentos resumem-se nestas palavras: «Amarás ao próximo como a ti mesmo» (...) A caridade é o pleno cumprimento da lei" (Romanos 13, 9-10); cfr. 1 João 4, 20). "Isto revela-se como sendo da maior importância, hoje que os homens se tornam cada dia mais dependentes uns dos outros e o mundo se unifica cada vez mais"

Fonte: Os cinco minutos de Deus, de Alfonso Milagro
Imagem: Internet