sexta-feira, 29 de março de 2013
Foi por você...
Foi Por Você
Encontrei-me com Jesus num jardim
Nunca vi nada tão lindo assim
Minhas dores entreguei em suas mãos!
E Jesus foi falando pra mim
Das feridas que eu recebi não saíram sangue nem dor
Foi por isso que o mal eu venci
Porque delas só saía amor foi sempre o meu amor!
Foi por você que eu me deixei ser tão chagado e ferido
Por isso sinta-se amado e querido
Pois é o meu amor que cura sua dor
Foi por você que na cruz meu sangue foi derramado
Por isso sinta-se querido e amado
Pois é o meu amor que cura sua dor que cura sua dor!
Então Jesus pediu-me assim
Que as mágoas que estivessem em mim
Que delas não saíssem mais dor.
Que de hoje em diante só saísse amor.
Que seja sempre assim!!!
Foi por você que eu me deixei ser tão chagado e ferido
Por isso sinta-se amado e querido
Pois é o meu amor que cura sua dor
Foi por você que na cruz meu sangue foi derramado
Por isso sinta-se querido e amado
Pois é o meu amor que cura sua dor que cura sua dor!
O meu amor que cura sua dor!
Eis o homem
Eis o homem...
Foram com estas palavras que Pilatos apresentou Jesus à multidão: "Eis o homem" (João 19: 5), ao que a maioria dessa gente respondeu com "Cruxifica-O, cruxifica-O" (João 19: 6), e esta cena serviu para eu meditar, e verifico que foram tantas as vezes em que optei por "pedir" também a Sua cruxificação ao longo da minha vida, em situações tais como: quando coloquei a minha vontade e o meu bem-estar em primeiro lugar, quando não testemunhei e não declarei abertamente que sou seu seguidor, nas vezes que optei mais por dar ouvidos ao mundo do que a Deus, sim, vejo que também fui um desses dessa multidão que O condenou... e O continua a condenar.
Mas também isto ajudou-me a reflectir que não devo de parar de gritar pela "cruxificação", não de Jesus, mas de tudo aquilo que me afasta d'Ele...
Mas é também o dia do amor. Que não se perde em palavras. Do amor que se faz vida oferecida. Hoje é o dia da solidariedade de Deus com a humanidade.
Senhor, na cruz Tu abres os braços e abraças toda a humanidade. Tu mostras quem és: amor radical. Tu mostras quem sou eu: amado radicalmente por Ti. Convidado a amar como Tu.
Imagens: Internet
Bíblia Sagrada Católica - 4º mês
Caros amigos e leitores deste blog, uma vez mais publico as tabelas com as leituras propostas para continuarem a ler a Sagrada Escritura durante doze meses, este será o quarto mês... Boa leitura...
Sexta-feira santa - o que significa
A Sexta-feira Santa, ou 'Sexta-feira da Paixão', é a
Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o
julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de
diversos ritos religiosos.
Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo
aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A
mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a
partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava
o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.
A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de
referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira de
lua cheia após o equinócio de Outono no hemisfério sul ou o equinócio de
primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de Março e 25 de Abril.
Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríodo pascal, o
mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão
e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a
Eucaristia.
Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo
crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte
(Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de
joelhos.
No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no
rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem
alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere
essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais
importante parte da missa católica.
A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na
adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida
pela comunhão eucarística dos participantes. Presidida por um presbítero ou
bispo, paramentado como para a missa, de cor vermelha, a celebração segue esta
estrutura:
Entrada em silêncio do presidente e dos ministros, que se
prostram em adoração diante do altar oração colecta.
Liturgia da Palavra: leitura do livro de Isaías (quarto
cântico do servo de Javé, (Is 52,13-53,12), salmo 31 (30), leitura da Epístola
aos Hebreus (Heb 4, 14-16; 5, 7-9), aclamação ao Evangelho e leitura do
Evangelho da Paixão segundo João (Jo 18,1-19,42, geralmente em forma
dialogada).
Homilia e silêncio de reflexão.
Oração Universal, mais longa e solene do que a da missa,
seguindo o esquema intenção – silêncio – oração do presidente.
Adoração da Cruz: a cruz é apresentada aos fiéis e adorada
ao som de cânticos.
- Pai Nosso
- Comunhão dos fiéis presentes. Toma-se pão consagrado no dia anterior, Quinta-Feira Santa.
- Oração depois da comunhão.
- Oração sobre o povo.
Toda a liturgia católica deste dia está em função de Cristo
crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no
mistério do sofrimento e da morte de Jesus, que assim aparece como uma acção
livre de Cristo em ordem à salvação de toda a humanidade.
A veneração da cruz, símbolo da salvação, pretende dar
expressão concreta à adoração de Cristo crucificado.
A comunhão eucarística é, para a Igreja, a forma mais
perfeita de união com o Mistério pascal de Cristo, e por isso é um ponto
culminante na união dos fiéis com Cristo crucificado. O fato de se comungar do
pão consagrado no dia anterior vem exprimir e reforçar a unidade de todo o
Tríduo Pascal.
Além da celebração da Paixão do Senhor, rezam-se as diversas
horas litúrgicas da Liturgia das Horas.
A Igreja exorta os fiéis a que neste dia observem alguns
sinais de penitência, em respeito e veneração pela morte de Cristo. Assim,
convida-os à prática do jejum e da abstinência da carne.
Exercícios piedosos, como a Via Sacra e o Rosário, são também
recomendados como forma de assinalar este dia especialmente importante para a
fé cristã.
Imagem retirada da internet e artigo retirado do site: http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/416/29/
Quinta-feira Santa - Eucaristia: Sacramento do amor
A celebração da Semana Santa encontra seu ápice no Tríodo
Pascal, que compreende a Quinta-feira Santa, a sexta-feira da paixão e morte do
Senhor e a solene Vigília Pascal, no sábado à noite. Esses três dias formam uma
grande celebração da Páscoa memorial da paixão, morte e ressurreição de Jesus.
A liturgia da Quinta-feira Santa nos fala do amor, com a cerimónia
do Lava-pés, a proclamação do novo mandamento, a instituição do sacerdócio
ministerial e a instituição da Eucaristia, em que Jesus se faz nosso alimento,
dando-nos seu corpo e sangue. É a manifestação profunda do seu amor por nós,
amor que foi até onde podia ir: "Como Ele amasse os seus amou-os até o
fim".
A Eucaristia é o amor maior, que se exprime mediante
tríplice exigência: do sacrifício, da presença e da comunhão. O amor exige
sacrifício e a Eucaristia significa e realiza o sacrifício da cruz na forma de
ceia pascal. Nos sinais do pão e do vinho, Jesus se oferece como Cordeiro
imolado que tira o pecado do mundo: "Ele tomou o pão, deu graças, partiu-o
e distribuiu a eles dizendo: isto é o meu Corpo que é dado por vós.”
“Fazei isto em memória de mim. E depois de comer, fez o
mesmo com o cálice dizendo: Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é
derramado por vós" (Lc 22,19-20). Pão dado, sangue derramado pela redenção
do mundo. Eis aí o sacrifício como exigência do amor.
O amor, além do sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a
presença real do Senhor que faz dos sacrários de nossas Igrejas centro da vida
e da oração dos fiéis.
A fé cristã vê no sacrário de nossas igrejas a morada do
Senhor plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos,
fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e as tristezas da
vida, ensinando-lhes o significado da verdadeira solidariedade: "Estarei
ao lado de vocês como amigo todos os momentos da vida". Eis a presença,
outra exigência do amor.
A Eucaristia, presença real do Amigo no tabernáculo de
nossos templos, tem sido fonte da piedade popular como demonstra o hábito da
visita ao Santíssimo e da adoração na Hora Santa. Impossível crer nessa
presença e não acolhê-la nas situações concretas do dia-a-dia.
Vida eucarística é vida solidária com os pobres e
necessitados. Não posso esquecer a corajosa expressão de Madre Teresa de
Calcutá que, com a autoridade do seu impressionante testemunho de dedicação aos
mais abandonados da sociedade, dizia: "A hora santa diante da Eucaristia
deve nos conduzir até a hora santa diante dos pobres. Nossa Eucaristia é
incompleta se não levar-nos ao serviço dos pobres por amor."
O amor não só exige sacrifício e presença, mas exige também
comunhão. Na intimidade do diálogo da última Ceia, Jesus orou com este
sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: "Que todos
sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti... que eles estejam em
nós" (Jo 17,20-21).
Jesus Eucarístico é o caminho que leva a esta comunhão
ideal. Comer sua carne e beber seu sangue é identificar-se com Ele no modo de
pensar, nos sentimentos e na conduta da vida. Todos que se identificam com Ele
passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são
de verdade, não pelo sangue, mas pela fé. Eucaristia é vida partilhada com os
irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor.
Vida eucarística é amar como Jesus amou. Não é simplesmente
amar na medida dos homens o que chamamos de filantropia. É amar na medida de
Deus o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de
inferioridade. É a capacidade de sair de si e colocar-se no lugar do outro com
sentimento de compaixão, ou seja, de solidariedade com o sofrimento do outro.
Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar
em que o outro se encontra...
Na morte redentora na cruz, Cristo realiza a suprema medida
da caridade "dando sua vida" e amando seus inimigos no gesto do
perdão: "Pai, perdoai-lhes pois eles não sabem o que fazem." A
Eucaristia não deixa ficar esquecido no passado esse gesto, que é a prova maior
do amor de Deus por nós. Para isso, deixa-nos o mandamento: "Façam isso em
minha memória".
Caridade solidária é o gesto de descer até o necessitado
para tirá-lo da sua miséria e trazê-lo de volta a sua dignidade. A Eucaristia é
o gesto da caridade solidária de Deus pela humanidade. "Eu sou o Pão da
vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para
sempre".
Texto de Dom Eduardo Koaik, Bispo Emérito de Piracicaba
http://www.catequisar.com.br/texto/materia/bispo/41.htm
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