sábado, 13 de dezembro de 2014

Desejo para ti... o suficiente!

Há muito pouco tempo, estava no aeroporto e vi mãe e filha se despedindo.

Anunciaram a partida, elas se abraçaram e a mãe disse:

   - Eu te amo. Desejo o suficiente para ti.

   A filha respondeu:

   - Mãe, nossa vida juntas tem sido mais do que suficiente. O seu amor é tudo de que sempre precisei. Eu também desejo o suficiente para você.

Elas se beijaram e a filha partiu. A mãe passou por mim e se encostou na parede. Pude ver que ela queria, e precisava, chorar. Tentei não me  intrometer nesse momento, mas ela se dirigiu a mim, perguntando:

   - Você já se despediu de alguém sabendo que seria para sempre?

   - Já - respondi. - Me desculpe pela pergunta, mas por que foi um adeus para sempre?

   - Estou velha e ela vive tão longe daqui. Tenho desafios à minha frente e a verdade é que a próxima viagem dela para cá será para o meu funeral.

   - Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora dizer "Desejo o suficiente para ti"... Posso saber o que isso significa?

   Ela começou a sorrir.

   - É um desejo que tem sido passado de geração para geração na minha família. Meus pais costumavam dizer isso para toda a gente. Ela parou por um instante e olhou para o alto como se estivesse tentando se lembrar em detalhes e sorriu mais ainda.

   - Quando dissemos "Desejo o suficiente para ti", estávamos desejando uma vida cheia de coisas boas o suficiente para que a pessoa se ampare nelas.

 Então, virando-se para mim, disse, como se estivesse recitando:

- Desejo a ti, sol o suficiente para que continue a ter essa atitude radiante.

- Desejo a ti, chuva o suficiente para que possa apreciar mais o sol.

- Desejo a ti, felicidade o suficiente para que mantenha o seu espírito alegre.

- Desejo a ti, dor o suficiente para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores.

- Desejo a ti, que ganhe o suficiente para satisfazer os seus desejos materiais.   

- Desejo a ti, perdas o suficiente para apreciar tudo que possui. 

- Desejo a ti, olás em número suficiente para que chegue ao adeus final.

   Ela começou então a soluçar e se afastou.

   "Dizem que leva um minuto para encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas uma vida inteira para esquecê-la".

EU DESEJO O SUFICIENTE PARA TI!!! 

Imagem e texto retirado da Internet
(autor desconhecido ou ignorado)

domingo, 7 de dezembro de 2014

Para servir


Ó Cristo, para poder servir-Te melhor,
dá-me um coração íntegro.
Um coração forte
para escolher aquilo que me eleva
e desprezar aquilo que me rebaixa.

Um coração generoso no trabalho
vendo-o não como uma imposição,
mas como uma missão que me confias.

Um coração grande para com o mundo:
compreensivo com as suas fraquezas,
mas livre das suas seduções e juízos.

Um coração grande para com os homens:
leal com todos, atento, sobretudo,
aos pequenos e humildes.

Um coração grande para comigo mesmo:
nunca centrado em mim, sempre apoiado em Ti.
Sobretudo um coração grande para ConTigo,
ó meu Senhor, feliz por servir-Te
e servir os irmãos,
todos os dias da minha vida. Ámen. 

Autor da oração: frei Ignacio Larrañaga
Imagem: Internet

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Os sete vimes

Era uma vez um pai que tinha sete filhos. Quando estava para morrer, chamou-os a todos e disse-lhes assim:
- Filhos, já sei que se aproxima o meu fim. Mas antes de morrer, quero que cada um de vós me vá buscar um vime1 seco e mo traga aqui.
- Eu também? - perguntou o mais pequeno, que só tinha 4 anos. O mais velho tinha 25, e era um rapaz muito reforçado e o mais valente da freguesia.
- Tu também - respondeu o pai ao mais pequeno. 
Saíram os sete filhos; e daí a pouco regressaram, trazendo cada um o seu vime seco. O pai pegou no vime que trouxe o filho mais velho, e entregou-o ao mais novinho, dizendo-lhe:
- Parte esse vime.
O pequeno partiu o vime, e não lhe custou nada a partir. Depois o pai entregou outro ao filho mais novo, e disse-lhe:
- Agora, parte também esse.
O pequeno partiu-o; E, um a um, partiu todos os outros, que o pai lhe foi entregando, e não lhe custou nada a parti-los todos. Partindo o último, o pai disse outra vez aos filhos:
- Agora vão buscar outro vime e tragam-mo.
Os filhos tornaram a sair, e dali a pouco estavam outra vez ao pé do pai, cada um com o seu vime.
- Agora dêem-mos cá - disse o pai.
E dos vimes todos fez um feixe2, atando-os com uma vincelho3. E voltando-se para o filho mais velho, disse-lhe assim:
- Toma este feixe! Parte-o!
O filho empregou quanta força tinha, mas não foi capaz de partir o feixe.
- Não podes? - perguntou ele ao filho.
- Não, meu pai, não posso.
- E algum de vós é capaz de o partir? Experimentem.
Não foi nenhum capaz de o partir, nem dois juntos, nem três, nem todos juntos.
O pai disse-lhes então:
- Meus filhos, o mais pequenino de vós partiu sem lhe custar nada todos os vimes, enquanto os partiu um a um; e o mais velho de vós não pôde parti-los todos juntos; nem vós, todos juntos, fostes capazes de partir o feixe. Pois bem, lembrai-vos disto e do que vos vou dizer: enquanto vós todos estiverdes unidos, como irmãos que sois, ninguém zombará de vós, nem vos fará mal, ou vencerá. Mas logo que vos separeis, ou reine entre vós a desunião, facilmente sereis vencidos.
Acabou de dizer isto e morreu - e os filhos foram muito felizes, porque viveram sempre em boa irmandade ajudando-se sempre uns aos outros; e como não houve forças que os desunissem, também nunca houve forças que os vencessem.




[1] vime – vara tenra e flexível usada na fabricação dos cestos.
[2] vincelho – Atilho de vime
[3] feixe – molho

Texto: Internet, autoria de Trindade Coelho
Imagem: Internet

O que são as Oficinas de Oração e Vida?

terça-feira, 28 de outubro de 2014

1º Aniversário da morte de Frei Ignacio Larrañaga

Faz hoje (28 de Outubro), precisamente um ano que Frei Ignacio Larrañaga, deixou a vida terrena e foi para a Casa do Pai, como tantas vezes o afirmou... Fisicamente, desapareceu... mas continua vivo entre nós através do vastíssimo património espiritual que nos deixou, em livros, cd's, dvd's, etc... Por falar em dvd's, faço publicidade a dois, que são dignos de ser assistidos:


São palavras dele :

"Uma oração de profundidade é a solução para todos os problemas da vida. São caminhos para a serenidade e para a paz, que são bens supremos da vida".

"Vivemos numa sociedade dispersiva. Quem se encontra disperso apresenta muitas dificuldades em orar. As pessoas que querem chegar a Deus procuram o silêncio. Os lugares barulhentos da nossa sociedade não ajudam ao encontro e ter uma relação de amizade com Deus".

"A oração é o fundamento. É aquilo que torna Deus presente em mim"

"A luta consiste em que eu seja semelhante a Jesus, na bondade, no amor, na paciência"

"Se soubéssemos compreender, não faria falta perdoar"


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Perdoa-me, Senhor



Se, extenuado, caio no meio do caminho,
perdoa-me, Senhor.
Se o meu coração vacila, perante a dor,
perdoa-me, Senhor.

Perdoa a minha cobardia.
Perdoa as minhas hesitações.

A magnífica grinalda
que ofereci a Deus esta manhã,
já está a murchar,
a sua beleza, desvanece-se.
Perdoa-me, Senhor.

Imagem: Internet
oração retirada do livro Encontro - Manual de Oração, de Ignacio Larrañaga

Claridade



Senhor,
mais uma vez estamos a viver
uma profunda intimidade.

Cada um de nós viu a sua vida
maravilhosamente invadida pela Tua vida.
Vivemos agora
a aventura da Tua vida na nossa existência, 
da Tua força na nossa fraqueza,
do Teu vigor na nossa debilidade.

A Tua luz penetrou os caminhos do meu ser.
Tu és a luz da minha caminhada.
Tenho a certeza, Senhor, tenho a certeza
de que somente na Tua luz
poderei construir jubilosamente a minha vida.
Sei que Tu vives na luz
e quiseste-nos dar um pouco dessa luz.

Mas, infelizmente,
pela nossa parte tudo são trevas.

Senhor, os homens parecem gostar
de caminhar nas trevas.
Parecem gostar de andar às cegas, 
de olhos vendados. Não querem ver,
Este também é o meu pecado:
muitas vezes não quero ver.
Tenho medo que, ao examinar a minha vida, 
me veja obrigado a mudar.

Eu Te suplico, Senhor, abre os meus olhos!
Neste momento de sinceridade, tenho a certeza,
Senhor, tenho a certeza de que quero ver.

Deixa que a Tua luz penetre agora
nas trevas da minha vida.
Luz. Claridade. Resplendor. Luz que cega.
Claridade transparente. Clarão iluminante!
Eu quero ver, Senhor, eu quero ver! Ámen.

Imagem: Internet
Oração extraída do livro Encontro, manual de Oração, de Ignacio Larrañaga

Como um corpo...

Uma vez, os membros do corpo resolveram fazer uma greve contra o estômago... Protestavam por ele ser preguiçoso.
Os membros, revoltados, diziam:
- Ele aproveita-se do nosso trabalho e fica de folga.
Decidiram então que os pés não se movimentariam mais em busca de alimento. As mãos não levariam nada à boca. A boca cerraria os dentes para não mastigarem.
Aconteceu que, depois de um dia de greve, as pernas começaram a ficar sem forças, e o mesmo aconteceu ao coração e aos pulmões. Uma sensação de fraqueza espalhava-se por todo o organismo, dos pés à cabeça. O corpo começou a sentir tonturas e prestes a desmaiar...
Nessa altura, a cabeça descobriu que a greve tinha sido um erro. Castigando o estômago, estavam a matar todo o corpo. E a greve terminou. Consta que nunca mais decretaram greve.

É bem conhecida esta parábola dos membros do corpo. Já aparece na Bíblia. Cada um dos membros, uns externos e outros internos, contribuem harmoniosamente, cada qual na sua acção própria, para manter todo o corpo em vida. Nenhum deles pode passar sem os outros e todos são importantes.

Jesus Cristo, fundou a Igreja, no qual o baptizado é membro. Cada qual é diferente mas, unidos na fé, trabalham juntos na vinha do Senhor. Alguns membros, por exemplo, os bispos, sucessores dos Apóstolos, ocupam lugares de maior responsabilidade. Mas não há uns cristãos de primeira e outros de segunda.

Um bom motivo para ser cristão é que temos a alegria de pertencer a esta comunidade fundada por Jesus, a Igreja. Ele fez de nós, pelo baptismo, «pedras vivas» da sua Igreja. E sentimos uma grande alegria em sentir que somos um povo de irmãos, todos com a mesma dignidade e formando um só Corpo.

Imagem: Internet
Texto: retirado do jorrnal Cavaleiro da Imaculada

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Qual seria a tua escolha?...

Uma mulher regava o jardim da sua casa e viu três idosos com os seus anos de  experiência em frente ao seu jardim. 
Ela não os conhecia e disse-lhes:
- Penso que não vos conheço, mas devem ter fome. Por favor entrem em minha casa para que comam algo. Eles perguntaram: 
O homem da casa está?  
-Não, respondeu ela, não está. 
-Então não podemos entrar, disseram eles. Ao entardecer, quando o marido chegou, 
ela contou-lhe o sucedido. 
-Então diz-lhes que já cheguei e convida-os a entrar. A mulher saíu e convidou os homens a entrar em sua casa. 
-Não podemos entrar numa casa os três juntos, explicaram os velhos. 
-Por quê?, quis saber ela. 
Um dos homens apontou para outro dos seus amigos e explicou: 
O seu nome é Riqueza. Depois apontou para o outro. O seu nome é Êxito e eu chamo-me Amor. 
Agora vai para dentro e decide com o teu marido qual de nós três desejam convidar para a vossa casa. 
A mulher entrou em casa e contou ao seu marido o que eles lhe disseram. O homem ficou muito feliz: Que bom! Já que é assim então convidemos a Riqueza, que entre e encha a nossa casa. 
A sua esposa não estava de acordo: Querido, porque não convidamos o Êxito? 
A filha do casal estava a escutar da outra esquina da casa e veio a correr.
Não seria melhor convidar o Amor? O nosso lar ficaria então cheio de amor. 
Escutemos o conselho da nossa filha, disse o esposo à sua mulher. Vai lá fora e convida o Amor para que seja nosso hóspede. 
A esposa saíu e perguntou-lhes: Qual de vocês é o Amor? Por favor entre e seja nosso convidado. 
O Amor sentou-se na sua cadeira e começou a avançar para a casa.
Os outros dois também se levantaram e seguiram-no. 
Surpreendida, a mulher perguntou à Riqueza e ao Êxito: 
Eu só convidei o Amor, porque vêm vocês também? 
Os homens responderam juntos: 
-Se tivesses convidado a Riqueza ou o Êxito os outros dois permaneceriam cá fora, mas já que convidaste o Amor, aonde ele vá, nós vamos com ele. 
Onde houver amor, há também riqueza e êxito. 

O MEU DESEJO PARA TI É. . . 
Onde haja dor, desejo-te Paz e Felicidade. 
Onde haja falta de fé em ti mesmo, desejo-te uma confiança renovada na tua capacidade para superá-la. 
Onde haja medo, desejo-te amor e valor. 
Que seu ser esteja repleto de AMOR !!!!!!

Texto e Imagem: Internet

O frio que veio de dentro

Seis homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve.
Teriam que esperar até o amanhecer para poderem receber socorro.
Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam. Se o fogo apagasse? eles o sabiam, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse. Chegou a hora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.
O primeiro homem era um racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então ele raciocinou consigo mesmo:
- Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro.
E guardou-as protegendo-as dos olhares dos demais.
O segundo homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida. Olhou ao redor e viu um círculo em torno do fogo bruxuleante, um homem da montanha, que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas. Ele fez as contas do valor da sua lenha e enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou:
- Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso?
O terceiro homem era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento.
Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento ensinava. Seu pensamento era muito prático:
- É bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem.
E guardou suas lenhas com cuidado.
O quarto homem era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve.
Ele pensou:
- Esta nevasca pode durar vários dias. vou guardar minha lenha.
O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas. Nem lhe passou pela cabeça oferecer da lenha que carregava. Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.
O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosa das mãos, os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto e rápido.
- Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos meus gravetos.
Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou.
Ao alvorecer do dia, quando os homens do Socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe de Socorro disse:
- O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro.

Texto e Imagem: Internet

terça-feira, 29 de julho de 2014

A raposa e o lenhador

Existiu um lenhador viúvo que acordava às seis da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite. Ele tinha um filho lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem, e portanto, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança. O lenhador sempre retrucando com os vizinhos e falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam:
- "Lenhador abra os olhos! A raposa vai comer seu filho. Quando sentir fome, comerá seu filho!"

Um dia o lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensanguentada...

O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa...

Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranquilamente e ao lado do berço uma cobra morta...

O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.

Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar... e principalmente não tome decisões precipitadas...


Texto e Imagem: Internet

Um exemplo de se deve seguir...

Numa certa cidade vivia um homem que nunca se irritava nem discutia com ninguém. Ele vivia numa modesta pensão, onde era querido e admirado por todos, justamente por sempre encontrar uma saída cordial para não se aborrecer com as pessoas.

Um dia para o testarem, os seus amigos combinaram armar uma situação em que, certamente, o levaria à irritação. Convidaram-no para um jantar e combinaram todos os detalhes com a empregada de mesa, que seria a responsável por atender à mesa reservada para aquela ocasião. Assim que iniciou o jantar, como entrada, foi servida uma saborosa sopa. A garçonete se aproximou do homem, pela esquerda, e ele prontamente levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.

Ele, calmamente e em silêncio, esperou que a moça voltasse. Quando ela se aproximou, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez o seu na direção da funcionária, que novamente se distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou a seu lado, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando o saboroso aroma. E, como havia terminado sua tarefa, voltou à cozinha. Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam, discretamente, para ver a sua reação.

Para surpresa dos amigos, o homem, educadamente, chamou a garçonete que se voltou, fingindo impaciência, e lhe disse: "O que o senhor deseja?" Ao que ele, naturalmente, respondeu: "senhora não me serviu a sopa". E ela, para provocá-lo, respondeu: "Servi, sim senhor!" Ele então olhou para a garçonete e em seguida contemplou o prato vazio e limpo, ficando pensativo por alguns instantes...

Todos apostaram que agora ele se iria irritar... Suspense e silêncio total. Mas o homem, mais uma vez, surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente: "É verdade, a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!"

MORAL DA HISTÓRIA: Na maioria das vezes, não importa quem está com a razão. O fundamental é evitar discussões desgastantes e improdutivas. Muitas brigas surgem motivadas por coisas insignificantes, que se avolumam e inflamam com o calor da discussão. Pense nisso: a pessoa que se irrita aspira o ar tóxico que exterioriza e envenena a si mesma.


Imagem e Texto retirado da Internet

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Viva hoje... amanhã é um tempo duvidoso

Diz o preguiçoso: "Amanhã farei."
Exclama o fraco: "Amanhã terei forças."
Assevera o delinquente: "Amanhã regenero-me."
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura,
adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda,
a noção real do tempo. Quem não aproveita
a bênção do dia vive distante da glória do século.

A alma sem coragem de avançar cem passos
não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear
não consegue prever as consequências de deixar para depois
do serviço a que se devota, porque,
entre uma hora e outra,
podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.

Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida.
Contudo a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.

Se todas as aves possuem asas, nem todas
se ajustam à mesma tarefa nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direcção do clima primaveril,
mas o corvo, de modo geral, se consagra,
em qualquer tempo, aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã,
à frente dos olhos e em torno do coração.

Cuida, pois, de fazer, sem delonga,
quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade,
porque o Amanhã será muito agradável
e benéfico somente para aquele que trabalha no bem,
que cresce no ideal superior
e que aperfeiçoa nas abençoadas horas de Hoje.

Fonte e Imagem: Internet

A vida pode ser comparada a uma viagem de comboio...


A vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas em muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques.

Quando nascemos, entramos nesse magnífico trem e nos deparamos com algumas pessoas, que julgamos, estarão sempre nessa viagem connosco, nossos pais.

Infelizmente isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade e companhia insubstituível. Isso porém não nos impedirá que durante o percurso, pessoas que se tornarão muito especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos, filhos e amores inesquecíveis!

Muitas pessoas embarcarão nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajecto somente tristezas e ainda outras circularão por ele prontos a ajudar quem precise.

Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas, outros tantos quando desocupam seu assento, ninguém nem sequer percebe.

Curioso é constatar que alguns passageiros que se tornam tão caros para nós, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajecto separados deles, o que não nos impede é claro que possamos ir ao seu encontro. No entanto, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando aquele assento.

Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas, porém, jamais, retornos. Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os outros passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento eles poderão fraquejar e precisaremos entender, porque provavelmente também fraquejaremos e com certeza haverá alguém que nos acudirá com seu carinho e sua atenção.

O grande mistério afinal é que nunca saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se quando descer desse trem sentirei saudades. Acredito que sim, me separar de muitas amizades que fiz será no mínimo doloroso, deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito triste com certeza... mas me agarro na esperança que em algum momento
estarei na estação principal e com grande emoção os verei chegar. Estarão provavelmente com uma bagagem que não possuíam quando embarcaram e o que me deixará mais feliz será ter a certeza que de alguma forma eu fui uma grande colaboradora para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.

Amigos, façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranquila, que tenha valido a pena e que quando chegar a hora de desembarcarmos o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.

Fonte e Imagem: Internet

Confiar em Deus - não ter medo


Um prédio encontrava-se em chamas. Os moradores rapidamente desceram as escadas, fugindo do fogo. Porém, da rua, acompanhavam a luta dos bombeiros tentando apagar o fogo. Mal se podia ver o prédio, por causa do fumo e das chamas que saíam pelas janelas dos apartamentos. Subitamente, apareceu um senhor cuja filha se encontrava, sozinha, no apartamento. A terrível fumaça tornava a visão do prédio muito difícil. Mas, a garota apareceu na janela do seu apartamento, gritando por socorro. O pai quando a viu entrou em desespero. Como não pudesse entrar no prédio em chamas, correu para mais próximo da janela onde estava a filha e, da rua, tentou acalmá-la dizendo:
- Filha, sou eu, o teu pai. Salta da janela, pois estou aqui em baixo, de braços abertos para te apanhar.
A menina, amedrontada, respondeu:
- Não posso, pai. Tenho muito medo. Não consigo vê-lo.
O pai insistiu:
- Filha, tu não podes ver-me, mas eu vejo-te. Não tenhas medo. Salta!
E a garota, confiando nas palavras do pai, pulou da janela, directamente para os braços de seu pai.
Ao longo da nossa vida, com certeza já tivemos ou teremos a experiência do prédio em chamas - ou seja, momentos de desespero em que gritamos ao Senhor, pedindo ajuda, pedindo socorro.
Mesmo que tudo pareça obscuro, tenhamos sempre confiança em Deus.
Ele é nosso Pai e conhece os nossos medos, as nossas incertezas.
Abandone-se! Confie! Reze e peça que o Espírito Santo o ilumine.
Tenha a certeza de que, mesmo que não veja Deus, Ele está de braços abertos, para o apanhar.

"Tu que habitas sobre a protecção do Altíssimo, que moras à sombra do Omnipotente, diz ao Senhor: "Sois o meu refúgio e minha cidadela, meu Deus em Quem eu confio!"
É Ele quem te livra do laço do caçador. Ele te esconde com Suas penas; sob Suas asas encontrarás refúgio; a Sua fidelidade é escudo de protecção. Não temerás os terrores nocturnos, nem a flecha que voa à luz do dia, nem a peste que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao meio-dia."
(Salmo 90, 1-6)

Retirado do livro Grão de Trigo, de Miriam de Fátima Pinto de Oliveira
Imagem: Internet

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A mesa do avô

Era uma vez uma família numerosa: o pai, a mãe e muitos filhos. Nessa casa vivia também um avô...
Mas, como era idoso, quando se sentava à mesa, ao comer a sopa, frequentemente sujava tudo: a boca, o guardanapo, a toalha... Não fazia uma bonita figura.
Um dia, o filho disse-lhe:
- Desculpe, mas o melhor era você comer sozinho, fora da sala da jantar.
O avô, de olhar triste, teve de concordar.
O filho então comprou uma mesinha e pô-la na cozinha. Assim não incomodava ninguém.
Passados alguns dias, o filho, ao regressar a casa, viu um dos seus filhos a brincar com um pedaço de madeira. Perguntou-lhe:
- O que fazes?
O menino respondeu:
- Estou a brincar de carpinteiro.
O pai insistiu:
- E o que estás a construir?
Resposta da criança:
- Uma mesinha para ti, quando fores idoso como o avô.

Os avós não são coisas "descartáveis", são pessoas dignas de todo o respeito e amor. São um tesouro.

(retirado da publicação Cavaleiro da Imaculada)

A ovelha setente e sete

Aquilo que a ovelha setenta e sete narra da sua vida, pode ter algo a ver com a vida das pessoas. Jesus de Nazaré também falou de ovelhas. Utilizou a imagem do rebanho para falar ao povo, afirmando que era o Bom Pastor.

Era a ovelha número setenta e sete.
Para facilitar a contagem, o pastor tinha gravado o número nas costas. Fazia parte de um rebanho de cem ovelhas. A ovelha setenta e sete não era nem das primeiras nem das últimas. Era explorada com as outras: tosquiavam-na, tiravam-lhe o leite e os cordeirinhos. Servia simplesmente para produzir. Não se sentia amada.
Por isso, cansada de viver ignorada, decidiu fugir. Quando o pastor se deu conta, já ela estava longe. Nos primeiros dias, era feliz. Saltava pelos prados verdes e não sentia a falta do pastor. Um dia, sentiu que um lobo estava próximo. Ficou aflita e escondeu-se num buraco. Foi então que apareceu o pastor. Pegou nela e disse-lhe: «Vamos para casa! Tu, a setenta e sete, és importante para mim!»

Muito amados

Esta história recorda o que dizia um jovem, dando testemunho de vida durante um retiro para jovens. Falou do sentimento de não ser amado na sua família. Tinha a impressão que nunca foi desejado. Os pais falavam muitas vezes com o irmão e a irmã, mas muito pouco com ele. Quando foi para a escola, todos tinham amigos, menos ele. Depois contou o seguinte: «Um dia, entrei numa igreja silenciosa a meditar e, de repente, tive a certeza de que era muito amado por Jesus.
Ele amava-me assim como sou, com as minhas fragilidades e infidelidades. Esta certeza fez com que recuperasse a alegria de viver».
Afirmou diante de todos os ouvintes que, quando regressou a casa, estava diferente. E que, actualmente, mesmo que sinta que não é suficientemente amado pelos seus familiares e companheiros, ele acredita que Jesus o ama com um amor maravilhoso. Sabe agora que nos momentos difíceis, quando como que sente à sua volta os lobos a meterem-lhe medo, nada teme porque Jesus está com ele. É o seu Bom Pastor, que jamais o abandonará. Com o salmista, gosta de dizer a cantar: «O Senhor é o meu pastor, nada me faltará».
O retiro de jovens terminou em festa e todos regressaram a suas casas. Tudo tinha sido muito belo mas este testemunho ficou gravado em todos, ao ponto de ser publicado numa revista, para que toda a gente sinta que é importante para Jesus. Cada qual é essa ovelha setenta e sete de que fala a história.

(artigo retirado da publicação Cavaleiro da Imaculada)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Domingo de Ramos (Ano A)


N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

N Naquele tempo,
um dos doze, chamado Judas Iscariotes,
foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse-lhes:
R «Que estais dispostos a dar-me para vos entregar Jesus?»
N Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.
E a partir de então,
Judas procurava uma oportunidade para O entregar.
No primeiro dia dos Ázimos,
os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe:
R «Onde queres que façamos os preparativos
para comer a Páscoa?»
N Ele respondeu:
J «Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe:
‘O Mestre manda dizer:
O meu tempo está próximo.
É em tua casa que eu quero celebrar a Páscoa
com os meus discípulos’».
N Os discípulos fizeram como Jesus lhes tinha mandado,
e prepararam a Páscoa.

N Ao cair da noite, sentou-Se à mesa com os Doze.
Enquanto comiam, declarou:
J «Em verdade vos digo:
Um de vós há-de entregar-Me».
N Profundamente entristecidos,
começou cada um a perguntar-Lhe:
R «Serei eu, Senhor?»
N Jesus respondeu:
J «Aquele que meteu comigo a mão no prato
é que há-de entregar-Me.
O Filho do homem vai partir,
como está escrito acerca d’Ele.
Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue!
Melhor seria para esse homem não ter nascido».
N Judas, que O ia entregar, tomou a palavra e perguntou:
R «Serei eu, Mestre?»
N Respondeu Jesus:
J «Tu o disseste».

N Enquanto comiam,
Jesus tomou o pão, recitou a bênção,
partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo:
J «Tomai e comei: Isto é o meu Corpo».
N Tomou em seguida um cálice,
deu graças e entregou-lho, dizendo:
J «Bebei dele todos,
porque este é o meu Sangue, o Sangue da aliança,
derramado pela multidão,
para remissão dos pecados.
Eu vos digo que não beberei mais deste fruto da videira,
até ao dia em que beberei convosco
o vinho novo no reino de meu Pai».

N Cantaram os salmos
e seguiram para o Monte das Oliveiras.

N Então, Jesus disse-lhes:
J «Todos vós, esta noite, vos escandalizareis por minha causa,
como está escrito:
‘Ferirei o pastor e dispersar-se-ão as ovelhas do rebanho’.
Mas, depois de ressuscitar,
preceder-vos-ei a caminho da Galileia».
N Pedro interveio, dizendo:
R «Ainda que todos se escandalizem por tua causa,
eu não me escandalizarei».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Em verdade te digo:
Esta mesma noite, antes do galo cantar,
Me negarás três vezes».
N Pedro disse-lhe:
R «Ainda que tenha de morrer contigo, não Te negarei».
N E o mesmo disseram todos os discípulos.

N Então, Jesus chegou com eles a uma propriedade,
chamada Getsémani
e disse aos discípulos:
J «Ficai aqui, enquanto Eu vou além orar».
N E, tomando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu,
começou a entristecer-Se e a angustiar-Se.
Disse-lhes então:
J «A minha alma está numa tristeza de morte.
Ficai aqui e vigiai comigo».
N E adiantando-Se um pouco mais, caiu com o rosto por terra,
enquanto orava e dizia:
J «Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice.
Todavia, não se faça como Eu quero,
mas como Tu queres».
N Depois, foi ter com os discípulos,
encontrou-os a dormir e disse a Pedro:
J «Nem sequer pudestes vigiar uma hora comigo!
Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.
O espírito está pronto, mas a carne é fraca».

N De novo Se afastou, pela Segunda vez, e orou, dizendo:
J «Meu Pai,
se este cálice não pode passar sem que Eu o beba,
faça-se a tua vontade».
N Voltou novamente e encontrou-os a dormir,
pois os seus olhos estavam pesados de sono.
Deixou-os e foi de novo orar, pela terceira vez,
repetindo as mesmas palavras.
Veio então ao encontro dos discípulos e disse-lhes:
J «Dormi agora e descansai.
Chegou a hora em que o Filho do homem
vai ser entregue às mãos dos pecadores.
Levantai-vos, vamos.
Aproxima-se aquele que Me vai entregar».
N Ainda Jesus estava a falar,
quando chegou Judas, um dos Doze,
e com ele uma grande multidão, com espadas e varapaus,
enviada pelos príncipes dos sacerdotes
e pelos anciãos do povo.
O traidor tinha-lhes dado este sinal:
R «Aquele que eu beijar, é esse mesmo. Prendei-O».
N Aproximou-se imediatamente de Jesus e disse-Lhe:
R «Salve, Mestre!».
N E beijou-O.
Jesus respondeu-lhe:
J «Amigo, a que vieste?».
N Então avançaram, deitaram as mãos a Jesus
e prenderam-n’O.
Um dos que estavam com Jesus levou a mão à espada,
desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe uma orelha.
Jesus disse-lhe:
J «Mete a tua espada na bainha,
pois todos os que puxarem da espada morrerão à espada.
Pensas que não posso rogar a meu Pai
que ponha já ao meu dispor mais de doze legiões de Anjos?
Mas como se cumpririam as Escrituras,
segundo as quais assim tem de acontecer?».
N Voltando-Se depois para a multidão, Jesus disse:
J «Viestes com espadas e varapaus para Me prender
como se fosse um salteador!
Eu estava todos os dias sentado no templo a ensinar
e não Me prendestes...
Mas, tudo isto aconteceu
para se cumprirem as Escrituras das profetas».
N Então todos os discípulos O abandonaram e fugiram.

N Os que tinham prendido Jesus
levaram-n’O à presença do sumo sacerdote Caifás,
onde os escribas e os anciãos se tinham reunido.
Pedro foi-O seguindo de longe,
até ao palácio do sumo sacerdote.
Aproximando-se, entrou e sentou-se com os guardas,
para ver como acabaria tudo aquilo.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio
procuravam um testemunho falso contra Jesus
para O condenarem à morte,
mas não o encontravam,
embora se tivessem apresentado muitas testemunhas falsas.
Por fim, apresentaram-se duas que disseram:
R «Este homem afirmou:
‘Posso destruir o templo de Deus
e reconstruí-lo em três dias’».
N Então, o sumo sacerdote levantou-se e disse a Jesus:
R «Não respondes nada?
Que dizes ao que depõem contra Ti?»
N Mas Jesus continuava calado.
Disse-Lhe o sumo sacerdote:
«Eu Te conjuro pelo Deus vivo,
que nos declares se és Tu o Messias, o Filho de Deus».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Tu o disseste.
E Eu digo-vos:
vereis o Filho do homem
sentado à direita do Todo-poderoso,
vindo sobre as nuvens do céu».
N Então, o sumo sacerdote rasgou as vestes, dizendo:
R «Blasfemou.
Que necessidade temos de mais testemunhas?
Acabais de ouvir a blasfémia. Que vos parece?»
N Eles responderam:
R «É réu de morte».
N Cuspiram-Lhe então no rosto e deram-Lhe punhadas.
Outros esbofeteavam-n’O, dizendo:
R «Adivinha, Messias: quem foi que Te bateu?»

N Entretanto, Pedro estava sentado no pátio.
Uma criada aproximou-se dele e disse-lhe:
R «Tu também estavas com Jesus, o galileu».
N Mas ele negou diante de todos, dizendo:
R «Não sei o que dizes».
N Dirigindo-se para a porta,
foi visto por outra criada que disse aos circunstantes:
R «Este homem estava com Jesus de Nazaré».
N E, de novo, ele negou com juramento:
R «Não conheço tal homem».
N Pouco depois, aproximaram-se os que ali estavam
e disseram a Pedro:
R «Com certeza tu és deles, pois até a fala te denuncia».
N Começou então a dizer imprecações e a jurar:
R «Não conheço tal homem».
N E, imediatamente, um galo cantou.
Então, Pedro lembrou-se das palavras que Jesus dissera:
«Antes do galo cantar, tu Me negarás três vezes».
E, saindo, chorou amargamente.

Ao romper da manhã,
todos os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo
se reuniram em conselho contra Jesus,
para Lhe darem a morte.
Depois de Lhe atarem as mãos,
levaram-n’O e entregaram-n’O ao governador Pilatos.

Então Judas, que entregara Jesus,
vendo que Ele tinha sido condenado,
tocado pelo remorso, devolveu as trinta moedas de prata
aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
R «Pequei, entregando sangue inocente».
N Mas eles replicaram:
R «Que nos importa? É lá contigo».
N Então, arremessou as moedas para o santuário,
saiu dali e foi-se enforcar.
Mas os príncipes dos sacerdotes
apanharam as moedas e disseram:
R «Não se podem lançar no tesouro,
porque são preço de sangue».
N E, depois de terem deliberado,
compraram com elas o Campo do Oleiro.
Por este motivo se tem chamado àquele campo,
até ao dia de hoje, «Campo de Sangue».
Cumpriu-se então o que fora dito pelo profeta:
«Tomaram trinta moedas de prata,
preço em que foi avaliado
Aquele que os filhos de Israel avaliaram
e deram-nas pelo Campo do Oleiro,
como o Senhor me tinha ordenado».

N Entretanto, Jesus foi levado à presença do governador,
que lhe perguntou:
R «Tu és o Rei dos judeus?»
N Jesus respondeu:
J «É como dizes».
N Mas, ao ser acusado pelos príncipes dos sacerdotes
e pelos anciãos, nada respondeu.
Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não ouves quantas acusações levantam contra Ti?»
N Mas Jesus não respondeu coisa alguma,
a ponto de o governador ficar muito admirado.

Ora, pela festa da Páscoa,
o governador costumava soltar um preso,
à escolha do povo.
Nessa altura, havia um preso famoso, chamado Barrabás.
E, quando eles se reuniram, disse-lhes:
R «Qual quereis que vos solte?»
Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?»
N Ele bem sabia que O tinham entregado por inveja.
Enquanto estava sentado no tribunal,
a mulher mandou-lhe dizer:
R «Não te prendas com a causa desse justo,
pois hoje sofri muito em sonhos por causa d’Ele».

N Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos
persuadiram a multidão a que pedisse Barrabás
e fizesse morrer Jesus.
O governador tomou a palavra e perguntou-lhes:
R «Qual dos dois quereis que vos solte?»
N Eles responderam:
R «Barrabás».
N Disse-lhes Pilatos:
R «E que hei-de fazer de Jesus, chamado Cristo?»
N Responderam todos:
R «Seja crucificado».
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?»
N Mas eles gritavam cada vez mais:
R «Seja crucificado».
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?»
N Mas eles gritavam cada vez mais:
R «Seja crucificado».
N Pilatos, vendo que não conseguia nada
e aumentava o tumulto,
mandou vir água
e lavou as mãos na presença da multidão, dizendo:
R «Estou inocente do sangue deste homem.
Isso é lá convosco».
N E todo o povo respondeu:
R «O seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos».
N Soltou-lhes então Barrabás.
E, depois de ter mandado açoitar Jesus,
entregou-lh’O para ser crucificado.
Então os soldados do governador
levaram Jesus para o pretório
e reuniram à volta d’Ele toda a coorte.
Tiraram-Lhe a roupa e envolveram-n’O num manto vermelho.
Teceram uma coroa de espinhos e puseram-Lha na cabeça
e colocaram uma cana na sua mão direita.
Ajoelhando diante d’Ele, escarneciam-n’O, dizendo:
R «Salve, rei dos judeus!»
N Depois, cuspiam-Lhe no rosto
e, pegando na cana, batiam-Lhe com ela na cabeça.
Depois de O terem escarnecido,
tiraram-Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas roupas
e levaram-n’O para ser crucificado.

N Ao saírem,
encontraram um homem de Cirene, chamado Simão,
e requisitaram-no para levar a cruz de Jesus.
Chegados a um lugar chamado Gólgota,
que quer dizer lugar do Calvário,
deram-Lhe a beber vinho misturado com fel.
Mas Jesus, depois de o provar, não quis beber.
Depois de O terem crucificado,
repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte,
e ficaram ali sentados a guardá-l’O.
Por cima da sua cabeça puseram um letreiro,
indicando a causa da sua condenação:
«Este é Jesus, o rei dos judeus».

Foram crucificados com Ele dois salteadores,
um à direita e outro à esquerda.
Os que passavam insultavam-n’O
e abanavam a cabeça, dizendo:
R «Tu, que destruías o templo e o reedificavas em três dias,
salva-Te a Ti mesmo;
Se és Filho de Deus, desce da cruz».
N Os príncipes dos sacerdotes,
juntamente com os escribas e os anciãos,
também troçavam d’Ele, dizendo:
R «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!
Se é o Rei de Israel,
desça agora da cruz e acreditaremos n’Ele.
Confiou em Deus:
Ele que O livre agora, se O ama,
porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’».
N Até os salteadores crucificados com Ele o insultavam.

Desde o meio-dia até às três horas da tarde,
as trevas envolveram toda a terra.
E, pelas três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte:
J «Eli, Eli, lema sabachtani!»,
N que quer dizer:
«Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?»
Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram:
R «Está a chamar por Elias».
N Um deles correu a tomar uma esponja,
embebeu-a em vinagre,
pô-la na ponta duma cana e deu-Lhe a beber.
Mas os outros disseram:
R «Deixa lá. Vejamos se Elias vem salvá-l’O».
N E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.

N Então, o véu do templo rasgou-se em duas partes,
de alto a baixo;
a terra tremeu e as rochas fenderam-se.
Abriram-se os túmulos
e muitos dos corpos de santos que tinham morrido
ressuscitaram;
e, saindo do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus,
entraram na cidade santa e apareceram a muitos.
Entretanto, o centurião e os que com ele guardavam Jesus,
ao verem o tremor de terra e o que estava a acontecer,
ficaram aterrados e disseram:
R «Este era verdadeiramente Filho de Deus».

N Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres
que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para O servirem.
Entre elas encontrava-se Maria Madalena,
Maria, mãe de Tiago e de José,
e a mãe dos filhos de Zebedeu.
Ao cair da tarde,
veio um homem rico de Arimateia, chamado José,
que também se tinha tornado discípulo de Jesus.
Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
E Pilatos ordenou que lho entregassem.
José tomou o corpo, envolveu-o num lençol limpo
e depositou-o no seu sepulcro novo
que tinha mandado escavar na rocha.
Depois rolou uma grande pedra para a entrada do sepulcro,
e retirou-se.
Entretanto, estavam ali Maria Madalena e a outra Maria,
sentadas em frente do sepulcro.

No dia seguinte, isto é, depois da Preparação,
os príncipes dos sacerdotes e os fariseus
foram ter com Pilatos e disseram-lhe:
R «Senhor, lembrámo-nos do que aquele impostor disse
quando ainda era vivo:
‘Depois de três dias ressuscitarei’.
Por isso, manda que o sepulcro seja mantido em segurança
até ao terceiro dia,
para que não venham os discípulos roubá-lo
e dizer ao povo: ‘Ressuscitou dos mortos’.
E a última impostura seria pior do que a primeira».
N Pilatos respondeu:
R «Tendes à vossa disposição a guarda:
ide e guardai-o como entenderdes».
N Eles foram e guardaram o sepulcro,
selando a pedra e pondo a guarda.
(Mt 26,14 - 27,66)

Reflexão/Oração
Cristo Jesus: possivelmente os que hoje Te dão vitória, sexta-feira pedirão a tua morte gritando a Pilatos. Assim é o mundo, assim sou eu: umas vezes estou plenamente Contigo, e é quando vivo mais feliz; e outras, vivo como se não existisses, contra o Evangelho da Vida. Eu quero permanecer sempre no teu amor e louvar-Te. Tu és o meu Deus e o meu Rei. Mesmo que Te crucifiquem por dizeres a verdade, Tu entregas-Te à morte, mas a morte nada pode contra Ti, e espero que também não possa contra mim.

Fonte: Evangelho Diário 2011, Secretariado Nacional do Apostolado da Oração
Imagem: Internet