domingo, 25 de agosto de 2013

Bíblia Sagrada Católica - 9º mês

Caros leitores, uma vez mais, publico a tabela das leituras da Bíblia Sagrada Católica... Boa leitura e melhor meditação...



sábado, 24 de agosto de 2013

As três peneiras

Olavo foi transferido de projecto. Logo no primeiro dia, para fazer conversa com o novo chefe, saiu-se com esta:
— Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele... 
Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, interrompeu:
— Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
— Peneiras? Que peneiras, chefe? 
— A primeira, Olavo, é a da Verdade. Você tem certeza de que esse facto é absolutamente verdadeiro? 
— Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o
que me contaram. Mas eu acho que... e, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:
— Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da Bondade. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
— Claro que não! Deus me livre, chefe! — diz Olavo, assustado.
— Então, — continua o chefe — sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da Necessidade.
— Você acha mesmo necessário me contar esse facto ou mesmo passá-lo adiante?
— Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar — fala Olavo, surpreendido.
— Pois é Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? — diz o chefe sorrindo e continua.
— Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: Verdade - Bondade - Necessidadeantes de obedecer ao impulso de passa-lo adiante, porque: 

Pessoas inteligentes falam sobre ideias.
Pessoas comuns falam sobre coisas.
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

Imagem e texto retirado da internet

Yom Kippur - A história do perdão

A história do perdão
O pai de Hanoch contou-lhe que, todos os anos, quando era novo, na véspera do Yom Kippur* , ia visitar os seus amigos e conhecidos e fazia-lhes a seguinte pergunta:
— Digam-me, por favor, se vos fiz algum mal, se vos ofendi de alguma forma, ou fui causa de infelicidade. Se o fui, lamento profundamente e peço-vos perdão.
Esta história deu que pensar a Hanoch. O rapaz disse para consigo “E porque não faço eu a mesma coisa?”
Correu para a cozinha, onde a mãe preparava o jantar, atarefada. Reinava ali um grande reboliço, com panelas e frigideiras a fumegar, e um cheirinho agradável no ar.
Ficou junto da porta e esperou pelo momento certo para falar com a mãe. Quando esta o viu, deixou as sertãs e perguntou-lhe:
— O que se passa, filho? Já tens fome?
Hanoch não respondeu. Sentia-se desconfortável.
— Porque estás tão calado, querido? — insistiu a mãe. — Não te sentes bem? Diz-me o que se passa.
— Não estou doente, mamã.
— Nesse caso, o que traz à cozinha no meio da minha azáfama? É melhor ires brincar.
Hanoch foi até junto da mãe e segredou-lhe:
— Hoje é véspera do Yom Kippur e venho pedir-te que me perdoes.
— Perdoar-te, filho? Porquê? Que pecado cometeste?
— Talvez te tenhas esquecido, mamã. Foi quando tiveste aquela dor de cabeça, e estavas deitada. Pediste-me que guardasse as galinhas na capoeira. Prometi-te que o faria, mas fui brincar com as outras crianças. Fui andar com elas de bicicleta e esqueci-me das galinhas. E cinco galinhas foram encontradas mortas na manhã seguinte. Não te disse nada naquela altura porque me sentia muito infeliz.
Enquanto falava, Hanoch tinha lágrimas nos olhos.
— Mas hoje tive de te contar e pedir-te que me perdoes.
A mãe olhou para ele com amor e beijou-o.
— Claro que te perdoo!
O menino abraçou-a e, com o coração já bem mais leve, foi brincar.

*O Yom Kipur ou Kippur é um dos dias mais importantes do judaísmo. No calendário hebreu começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com Setembro ou Outubro), continuando até ao pôr-do-sol seguinte. Os judeus observam tradicionalmente esse feriado com um período de jejum e orações.

Levin Kipnis
Let us play in Israel
Tel-Aviv, N. Tversky Publishing House, 1966
tradução e adaptação