domingo, 7 de agosto de 2016

Testemunho de uma “cidade esquecida”... uma notícia que deveria ser muito mais divulgada...

Terminou à uma semana, mais uma Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, na Polónia, onde se reuniram na sua maior parte, jovens, vindos dos mais variados pontos do globo.
Este evento que decorre desde o ano de 1986, em Roma (Itália), tem como objetivo reunir os jovens do mundo inteiro, para celebrar e aprender sobre a fé católica, para conhecer melhor a doutrina católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas, além de compartilhar entre si a vivência da espiritualidade. Apesar de ser organizado pela Igreja Católica, é um convite a todos os jovens do mundo inteiro. 

Partilho convosco este testemunho que li, de uma jovem, que com este testemunho faz com que muitas pessoas, pensem duas vezes quando dizem ter problemas... estou apenas a falar da minha vida pessoal, e ainda, que existe esperança para o mundo, com estes testemunhos que infelizmente são tão pouco divulgados...   

'Rand Mittri, uma estudante universitária de Aleppo, na Síria, tinha contado como é o dia-a-dia na sua cidade, uma “cidade esquecida”, como lhe chamou.

“Todos os dias vivemos rodeados de morte”, disse Rand, explicando que, mesmo assim, todos os dias continuar a ir à escola e a ir para o trabalho, mesmo com o medo de que, no regresso, a casa já não exista ou algum familiar tenha morrido.

“Deus onde estás? Existes?” são perguntas que todos os dias Rand coloca. Ela que pertence à juventude salesiana e foi a Cracóvia em representação dos muitos jovens que não podiam ir para contar a história de conhecidos e amigos. Do miúdo que morreu na paragem onde esperava o autocarro para ir à catequese, do casal que morreu soterrado pela própria casa, de um amigo mais próximo e que lhe embargou a voz.

“Esta guerra destrói o nosso mundo, os nossos sonhos e esperanças”, disse Rand Mitri, obrigada a crescer “antes do tempo” e que, no meio da guerra e das dúvidas, vê Deus “todos os dias” naqueles que trabalham para ajudar os outros, “nos pais que não desistem até ter comida para dar aos filhos”.

“Deus existe até através da nossa dor”, afirmou a jovem que encontra na fé em Cristo a razão da sua alegria e da sua esperança. “É uma alegria que ninguém me pode roubar”, concluiu Rand.

Depois de ouvir o testemunho desta jovem síria que falou da guerra na cidade de Aleppo, o Papa Francisco disse que o sofrimento e a guerra naquele país tinham deixado de ser uma notícia de jornal e apelou à oração.

“Para nós, hoje e aqui, provenientes de diversas partes do mundo, o sofrimento e a guerra que vivem muitos jovens deixaram de ser uma coisa anónima, para nós já não são uma notícia de imprensa, têm um nome, um rosto, uma história, fizeram-se próximos. Queridos amigos, convido-vos a rezar juntos pelo sofrimento de tantas vítimas da guerra, desta guerra que há hoje no mundo, para podermos compreender, uma vez por todas, que nada justifica o sangue dum irmão, que nada é mais precioso do que a pessoa que temos ao nosso lado”, disse o Papa no Campo da Misericórdia, o local onde decorre a fase final desta JMJ.

A oração e a fraternidade são a única resposta a dar, acrescentou o Papa. “Não vamos pôr-nos a gritar contra ninguém, não vamos pôr-nos a litigar, não queremos destruir, não queremos insultar. Não queremos vencer o ódio com mais ódio, vencer a violência com mais violência, vencer o terror com mais terror. A nossa resposta a este mundo em guerra tem um nome: chama-se fraternidade, chama-se irmandade, chama-se comunhão, chama-se família”, disse Francisco, pedindo um tempo de silêncio e oração.'

Fonte: http://rr.sapo.pt/noticia/60270/?utm_source=rss
Imagem: Internet





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