quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Achado

Leitura da Palavra:
"Azarias, filho de Oded, movido pelo espírito de Deus, saiu ao encontro de Asa e disse-lhe: «Escutai-me, Asa e todo o Judá e Benjamim! O Senhor está convosco, se vós estiverdes com Ele. Se vós o procurardes, haveis de encontrá-lo; mas se vós o abandonardes, Ele vos abandonará a vós.  Durante muito tempo, Israel viveu sem o verdadeiro Deus, sem sacerdotes para o ensinar, sem a Lei; mas quando, na sua angústia, se voltaram para o Senhor, Deus de Israel, e o procuraram, encontraram-no sempre. Naqueles tempos, não havia segurança para os que viajavam; pelo contrário, graves perturbações aterravam a população das diferentes regiões. Uma nação destruía outra nação, e uma cidade destruía outra cidade porque Deus as perturbava com toda a espécie de tribulações. Quanto a vós, sede fortes, não desfaleçais, pois o vosso esforço será recompensado.» Ao ouvir o oráculo do profeta Oded, Asa cobrou ânimo e fez desaparecer os ídolos de todo o território de Judá e de Benjamim, e de todas as cidades que conquistara na montanha de Efraim. Restaurou o altar do Senhor que se encontrava diante do pórtico do santuário do Senhor. Convocou toda a população de Judá, de Benjamim, bem como os refugiados de Efraim, Manassés e Simeão que habitavam entre eles, pois grande número de israelitas se aliara a Asa, vendo que o Senhor, seu Deus, estava com ele. Reuniram-se em Jerusalém, no terceiro mês do ano quinze do reinado de Asa. Nesse dia, sacrificaram ao Senhor, do espólio que tinham trazido, setecentos bois e sete mil ovelhas. Obrigaram-se, por uma aliança, a seguir o Senhor, Deus dos seus antepassados, com todo o seu coração e com toda a sua alma. E todos aqueles que faltassem a este compromisso com o Senhor, Deus de Israel, pequeno ou grande, homem ou mulher, seria morto. Ao som de trombetas e clarins, em grande júbilo e aclamação, fizeram esse juramento ao Senhor. Todos os de Judá se alegraram por causa do juramento, pois fizeram-no com o seu coração e com toda a sua boa vontade. Procuraram o Senhor e Ele se lhes manifestou e lhes assegurou a paz com todos os seus vizinhos. O rei Asa destituiu, também, Maaca, sua mãe, da dignidade de rainha, por ela ter feito um ídolo infame em honra de Achera. Asa destruiu aquela imagem, despedaçou-a e queimou-a na torrente do Cédron. Os lugares altos não desapareceram de Israel, mas o coração de Asa permaneceu íntegro durante toda a sua vida. Transportou para o templo de Deus todos os objectos consagrados por ele e por seu pai: a prata, o ouro e os utensílios. Não houve guerra até ao trigésimo quinto ano do reinado de Asa. 
[2Cr 15, 1-19]

Meditação:
O Senhor está convosco, se vós estiverdes com Ele. Se vós o procurardes, haveis de encontrá-lo; mas se vós o abandonardes, Ele vos abandonará a vós. (2Cr 15, 2b).
Sempre ouvimos afirmações assim: "Deus nos deixou", quando, na verdade, somos nós que nos afastamos. A distância entre o homem e Deus se torna maior não porque ele se afasta de nós; pelo contrário, nós é que deixamos de trilhar os caminhos em companhia do nosso Senhor. Há até aquele célebre poema "Pegadas na areia", de Margaret Fishback Powers, no qual o personagem, olhando as pegadas na areia, vê apenas duas e queixa -se que Deus o abandonou quando mais precisava, e o Senhor responde que não, pois naqueles momentos tinha carregado a pessoa em seus braços. 
Na narração bíblica da época em que os reis lideravam o povo de Israel, há períodos de glórias e momentos de ausência de paz e sucesso. Após o governo de Salomão, o reino se dividiu em dois: Israel (Reino do Norte) e Judá (Reino do Sul). Dez tribos seguiram Jeroboão (Norte) e duas, Judá e Benjamin, ficaram com Roboão (Sul). Após a morte deste, reinou sobre Judá seu filho Abias, que foi sucedido por seu filho Asa. Com ele, seguiram -se os 10 primeiros anos de paz naquele lugar, pois o rei fez o que era bom e reto perante o Senhor (ao menos no início de seu governo). É importante ressaltar que, tanto em Judá quanto em Israel, onde os reis se sucediam, uns observavam os preceitos de Deus e tinham êxito, enquanto outros não o agradavam e isso resultava em muitos problemas. Destacamos a história de Asa, pois foi exatamente a ele que o profeta Azarias alertou sobre o assunto: enquanto Judá fosse fiel ao Senhor e o buscasse, Deus seria achado; mas, se fosse deixado, também abandonaria o rei e o povo. 
Isso não é menos verdade hoje! A iniciativa do distanciamento não é de Deus; nós, seres humanos, é que o fazemos e depois reclamamos do abandono. O Senhor está sempre disponível para ser achado – basta que o busquemos. 

Nossa proximidade com o Senhor depende de nossa disposição em buscá -lo.

Fonte: Pão Diário

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