Um tema original de Franz Schubert e aqui tocado por Michael Lucarelli. Vale a pena ouvir...
domingo, 20 de maio de 2012
Maria do Sim Incondicional…
Estamos
no mês de Maio, e sendo dedicado o mês de Maio a Maria, resolvi publicar neste
blog um artigo (que li por acaso), que me marcou de forma particular…
Os
créditos e a fonte deste texto estão no final do mesmo.
"Somos convidados a permanecer
em espírito pascal. Que o Senhor nos ajude a não encararmos esta época como
mais uma Páscoa passada, mas que continuemos a viver uma verdadeira passagem
para uma nova vida, mais plena da graça de Deus.
Com este propósito, sugiro um
olhar sobre os mistérios pascais à luz dos olhos de Maria.
Maria do sim
incondicional, que acompanhou, na discrição e na confiança, a vida do seu filho
Jesus, seguindo-O durante a Sua paixão e morte de cruz. Mesmo quando os
discípulos abandonaram o Senhor, Maria manteve-se a Seu lado. Foi ela que recebeu o corpo
inanimado do seu Filho, descido da cruz. O que terá passado na mente e no
coração desta mãe? Como terá ela relacionado a boa nova anunciada pelo seu
Filho durante a Sua vida pública com este “aparente” final trágico? Terá
duvidado?
Maria nada percebe do que
está a acontecer. Não compreende o ódio de quem condena Jesus à morte. Não
entende porque não se defende Jesus das falsas acusações. Embora não encontre
respostas para as questões que as esmagam, Maria acolhe no seu íntimo a vontade
de Deus. Mesmo que essa vontade lhe “roube” o Seu (de Deus mas também dela)
Filho.
É assim a fé, acreditar sem
perceber, sem que antes se dissipem as dúvidas, as nossas trevas. Não é assim
quando um pai explica algo complexo ao seu filho, algo que transcende o
raciocínio da criança?
Esta acredita porque confia
no pai. Parece-lhe extraordinário e inverosímil aquilo que ouve do pai, mas
acredita. Então não é o pai que lhe está a assegurar que assim é? Que terrível seria
o filho duvidar por não conseguir traduzir em raciocínio lógico a explicação do
pai. Donde vem essa confiança da criança? O que motiva a confiança de Maria?
A confiança advém da
intimidade. Só confio em quem conheço. A fé traduz-se no modo como me relaciono
com Deus e com a vida, na forma de viver a minha própria existência. É um acto
de confiança. Implica, por vezes, dizer sim a Deus mesmo quando não percebo o
quê e o porquê. Numa era em que tudo é analisado, comentado, revisto e provado
cientificamente, dizer sim a Deus implica confiar na sua bondade mais do que
nas nossas certezas. É acreditar que o Seu Santo Espírito actua em mim para
além do meu alcance. É crer (e querer) que o “impossível” pode ser em mim
possível, pela e para a graça de Deus.
Peçamos a intercessão de
Maria, neste mês que lhe é consagrado, para que saibamos assumir um sim
incondicional ao Pai, tal como ela o fez.
Porquê? Porque SIM, meu Deus."
Texto: Sérgio Fonseca
Fonte: Missões Franciscanas
(Maio 2012)
Imagens: Internet
sábado, 19 de maio de 2012
Queres segurar minha mão e ensinar-me?
Estamos
no mês de Maio, e sendo dedicado o mês de Maio a Maria, resolvi publicar neste
blog um artigo (que li por acaso), que me marcou de forma particular…
Os
créditos e a fonte deste texto estão no final do mesmo.
“Ainda no rescaldo da paixão
e morte de Cristo, penso na atitude da sua Mãe. Maria estava junto… num porte
de dignidade, numa atitude de pobreza, abandono e esperança. Pareceu-me durante
esta última sexta-feira santa que a Mãe teria experimentado um novo sentir,
ímpar e misterioso, de uma tristeza, confiança e rasgar de coração, nunca até
aí imaginados. O momento da morte e entrega do seu Filho foi radical, foi
talvez a sua experiência máxima de abandono total, de um mergulho até ao desprendimento supremo. Maria terá começado a viver, a partir da morte do seu
Filho, uma dimensão diferente de humanidade, quase que já eterna.
Como foi, Mãe? Que mortes interiores tivestes de
abraçar?! Quantos degraus desceste em dor para seres cada vez mais só de Deus?
Este dar moldado na
esperança, este virar de página inimaginável, trouxeram-te para um recanto de
intimidade com cada um de nós. Parece que, de alguma forma, quase que paraste
no tempo ainda em vida.
Iniciaste “ali” uma vida terrena já polvilhada de eternidade. E assim
vivias um mistério de eternidade que te tornava em Mãe da humanidade. Dei assim comigo a fazer-te
a primeira testemunha da Ressurreição no momento da morte do teu Filho. E o que
experimentavas não tinha respostas humanas nem foi isso ponto de reflexão para
ti. Pois tu, simplesmente, estavas.
Este estar, Mãe, parece
desafiar o nosso existir no quotidiano. Parece pôr em causa a nossa lógica das
coordenadas que se dominam, de tempo e espaço. Mas deve ser por aqui o caminho,
querida Mãe.
Queres segurar a
minha mão, e ensinar-me? Quero aprender contigo o que é estar, quero arriscar
os abandonos, as mortes até maior pobreza e verdade. Quero ser mais livre em
cada centímetro do espaço que ocupo. Ensina-me Mãe…
estou à procura de
ti com o meu olhar.
E já sinto que me estás a
abraçar.”
Texto: Madalena Abreu
Fonte: Missões Franciscanas
(Maio 2012)
Imagens: Internet
Maria, Mãe da Vida (Adriana Arydes)
Maria mãe de Deus querida mãe,
O teu sim nos trouxe a vida e o amor
Geraste para nós o salvador exemplo de coragem, fidelidade ao céu.
Foi difícil teu caminho mas com fé
Seguiste a cristo até ao calvário,
Em pé permaneceste sem desfalecer
Diante do madeiro que o teu filho morreu.
Maria vem e dai-me tua mão,
Conduz-me ao teu filho que morreu na cruz,
Ensina-me a confiar e esperar,
Ensina-me a crer,
Ensina-me a querer,
Ensina-me a amar,
Ensina-me a caminhar com deus.
Maria mãe da vida,
Maria mãe do amor,
Maria nossa mãe,
Es mãe do nosso salvador.
Maria mãe de todos os cristãos,
Socorrei-nos na dor na aflição.
Maria segura minha mão,
Não me deixe sucumbir ensina-me a ser fiel.
Ensina-me o caminho até a cruz,
Vem oh mãe ajuda-me a caminhar,
Se eu desfalecer segura minha mão
Pra eu não desistir e até a cruz chegar.
Pois eu sei que a cruz não é o fim
Pois nessa cruz teu filho morreu por mim
E por amor a nos ressuscitou
O teu filho redentor veio a todos resgatar
E o teu amor oh mãe o meu coração vem acalmar
Maria mãe da vida
Maria mãe do amor
Maria nossa mãe
És mãe do nosso salvador
És mãe do nosso salvador
És mãe do nosso salvador
Maria é a Porta...
Estamos
no mês de Maio, e sendo dedicado o mês de Maio a Maria, resolvi publicar neste
blog um artigo (que li por acaso), que me marcou de forma particular…
Os
créditos e a fonte deste texto estão no final do mesmo.
"A sugestão que me foi dada
para o número de Maio, como não poderia deixar de ser, foi Maria.
A tarefa, que ao início me pareceu banal, tornou-se um desafio
que me confrontou com o meu próprio desconhecimento da Mãe de Jesus, com quem
desde muito cedo convivo,
porém encontrar um fio, uma ideia para uma reflexão, tornou-se num trabalho de
Hércules. Evocar a figura e o percurso de vida seria uma possibilidade, mas
descobri que pouco sei sobre Ela. Louvar a sua santidade seria outra
possibilidade, mas de tão óbvia acabaria por traçar um caminho alheio ao nosso
quotidiano, sem tirar proveito da força e inspiração que o seu percurso de vida
é para nós, hoje.
Postas de lado estas possibilidades,
apareceu-me uma entrevista do jornalista Luís Osório a D. José Policarpo, em
que este o questionava se reconheceria Jesus Cristo se este viesse de novo à
terra.
Encontrei neste desafio o
ponto de partida para colocar a mesma pergunta, mas sobre Maria. Não me refiro
às aparições, refiro-me antes à vida de Maria enquanto mulher igual a nós, como
o foi há dois mil anos.
Reconheceríamos os traços do
seu ser e do seu estar, serviria a sua vida de espelho, não apenas porque reflectisse
a realidade, mas porque apontaria soluções para os desafios que se nos colocam
num mundo cada vez mais materialista em que o apelo à adesão de ideias
prefabricadas nos entra pela casa dentro à distância de um clique?
Em suma, quem é Maria para
que se possa reconhecer? Cada um encontrará de certo a sua resposta. Para mim,
Maria é a Porta, o limiar entre o sagrado e o humano, entre o Céu e a Terra,
entre o temporal e o espiritual. Foi através dela que Cristo veio ao nosso
encontro. Ela é aquela que se abriu incondicionalmente aos desígnios de um Deus
desconhecido, que se vai revelando ao longo da sua própria vida, e que ela
acompanha como todas as mães o fazem aos seus filhos. Maria
elevou a maternidade, sublinhou o milagre da sua vida simultaneamente material
e espiritual, aceitando aquele filho designado para uma missão que ela partilhou,
que foi parte integrante da sua vida na terra, e, no entanto, Maria revela-se
dona de uma vida e vontade próprias. A lição da sua vida, e da sua
família está na oferta livre e afectuosa de cada um dos seus membros, na
capacidade de gerar laços, mesmo que improváveis, e de suportar o seu peso, na
dedicação ao outro, não como uma negação de felicidade procurada e da liberdade
que se quer sem impedimentos, mas como um caminho para a realização, para o
reconhecimento que tem a forma de um dom, aquele que realmente alimenta e
satisfaz o coração.
Perante o empobrecimento da
densidade humana da ordem dos afectos, que hoje é aceite colectivamente, em que
os laços fortes que se configuram na dedicação ao outro, na responsabilidade
diante da sua grandeza e/ou fraqueza, na fidelidade ao compromisso assumido são
considerados um peso demasiado grande a pagar, Maria
continua, com a sua própria experiência humana e espiritual, a ser uma Porta
aberta para um maior conhecimento do amor aos outros."
Texto: Isabel Galamba de
Castro
Fonte: Missões Franciscanas
(Maio 2012)
Imagens: Internet
Imagens: Internet
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)