Estamos
no mês de Maio, e sendo dedicado o mês de Maio a Maria, resolvi publicar neste
blog um artigo (que li por acaso), que me marcou de forma particular…
Os
créditos e a fonte deste texto estão no final do mesmo.
"Somos convidados a permanecer
em espírito pascal. Que o Senhor nos ajude a não encararmos esta época como
mais uma Páscoa passada, mas que continuemos a viver uma verdadeira passagem
para uma nova vida, mais plena da graça de Deus.
Com este propósito, sugiro um
olhar sobre os mistérios pascais à luz dos olhos de Maria.
Maria do sim
incondicional, que acompanhou, na discrição e na confiança, a vida do seu filho
Jesus, seguindo-O durante a Sua paixão e morte de cruz. Mesmo quando os
discípulos abandonaram o Senhor, Maria manteve-se a Seu lado. Foi ela que recebeu o corpo
inanimado do seu Filho, descido da cruz. O que terá passado na mente e no
coração desta mãe? Como terá ela relacionado a boa nova anunciada pelo seu
Filho durante a Sua vida pública com este “aparente” final trágico? Terá
duvidado?
Maria nada percebe do que
está a acontecer. Não compreende o ódio de quem condena Jesus à morte. Não
entende porque não se defende Jesus das falsas acusações. Embora não encontre
respostas para as questões que as esmagam, Maria acolhe no seu íntimo a vontade
de Deus. Mesmo que essa vontade lhe “roube” o Seu (de Deus mas também dela)
Filho.
É assim a fé, acreditar sem
perceber, sem que antes se dissipem as dúvidas, as nossas trevas. Não é assim
quando um pai explica algo complexo ao seu filho, algo que transcende o
raciocínio da criança?
Esta acredita porque confia
no pai. Parece-lhe extraordinário e inverosímil aquilo que ouve do pai, mas
acredita. Então não é o pai que lhe está a assegurar que assim é? Que terrível seria
o filho duvidar por não conseguir traduzir em raciocínio lógico a explicação do
pai. Donde vem essa confiança da criança? O que motiva a confiança de Maria?
A confiança advém da
intimidade. Só confio em quem conheço. A fé traduz-se no modo como me relaciono
com Deus e com a vida, na forma de viver a minha própria existência. É um acto
de confiança. Implica, por vezes, dizer sim a Deus mesmo quando não percebo o
quê e o porquê. Numa era em que tudo é analisado, comentado, revisto e provado
cientificamente, dizer sim a Deus implica confiar na sua bondade mais do que
nas nossas certezas. É acreditar que o Seu Santo Espírito actua em mim para
além do meu alcance. É crer (e querer) que o “impossível” pode ser em mim
possível, pela e para a graça de Deus.
Peçamos a intercessão de
Maria, neste mês que lhe é consagrado, para que saibamos assumir um sim
incondicional ao Pai, tal como ela o fez.
Porquê? Porque SIM, meu Deus."
Texto: Sérgio Fonseca
Fonte: Missões Franciscanas
(Maio 2012)
Imagens: Internet
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