sexta-feira, 29 de maio de 2015

Homem de pouca fé, por que duvidaste... (Mt 14, 31)

Aproximava-se a época dos exames e a Maria Teresa estava aflita! Era boa aluna, estudiosa, metódica, mas por natureza trabalhava devagar e tinha receio de não fazer boas provas por falta de tempo.
- Ó mãe, já sei que não vou passar! - disse ela.
Mas a mãe ralhou-lhe, dizendo:
- Rapariga de pouca fé, tem confiança em Deus! Tu tens a tua consciência tranquila, não tens? Tens prestado atenção nas aulas, tens feito os teus deveres cuidadosamente e tens aproveitado o tempo o melhor que podes para estudar, não é assim? Então, para que é tanto desânimo? Tem confiança no Senhor, tem fé! Fazes-me lembrar São Pedro!...
- Porquê, mãe?
- Não te lembras do Evangelho? Jesus tinha atravessado o Mar da Galileia com os Seus discípulos para fugir das multidões que O procuravam constantemente. Mas o povo segui-os a pé, levando consigo os seus doentes para Jesus os curar. Mais uma vez mostrou Ele o Seu grande amor aos homens: curou os inválidos, ensinou-lhes a Sua doutrina e alimentou-os com pão milagroso. Então, mandou os discípulos regressarem de barco e foi rezar sozinho para o monte. Anoiteceu, e levantou-se um vento forte. Os discípulos estavam receosos. De repente, viram Jesus aproximar-se do barco, andando sobre as águas. Ficaram cheios de medo!
- É um fantasma! - gritaram.
- Tende confiança. Sou Eu! - disse-lhes Jesus.
- Senhor, se sois Vós, mandai-me ir ter convosco por sobre as águas! - pediu São Pedro.
- Vem! - mandou Jesus.
Então, São Pedro desceu do barco e começou a andar sobre as águas, como se fosse sobre terra firme! Estava mesmo a aproximar-se de Jesus, quando reparou nas ondas enormes que o cercavam e faltou-lhe a confiança. Teve medo! Imediatamente, começou a afundar-se.
- Senhor, salvai-me! - gritou ele.
Jesus estendeu-lhe a mão e trouxe-o novamente à superfície.
- Por que duvidaste, homem de pouca fé! - respondeu Jesus.
Entraram no barco e o vento abrandou logo. Os discípulos compreenderam, então, que ao pé de Jesus não deviam ter receio.

Disse a Maria Teresa:
- Quer dizer, mãe, que, enquanto São Pedro tinha fé, pôde caminhar sobre a água, mas, quando lhe faltou a confiança, começou a afundar-se.
- Pois, foi mesmo assim! - respondeu a mãe. - E tu, minha filha, estás a ser como ele! Está a faltar-te a confiança no Senhor. É falta de fé!
A Maria Teresa tomou novo ânimo e acabou por fazer um bom exame. Durante as provas, quantas vezes ela se lembrou das palavras de Jesus: - «Porque duvidaste, homem de pouca fé?». E com este pensamento ganhava nova confiança e novas forças para vencer.

Texto retirado do livro: E Jesus disse, de Margaret Kendall
Imagem: Internet

Porta do Céu


"Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei. Mas sejam dadas graças a Deus que nos dá a vitória por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo." (1 Coríntios 15, 55-57)

A "Escatologia" é o tratado sobre os últimos tempos; sobre os "novíssimos"; sobre cada uma das quatro situações do homem, que são: morte, juízo, inferno, glória do paraíso. O título mariano de "Porta do Céu" remete para mistério pascal de Cristo, a coroação do plano divino da criação e da salvação do homem.
A verdadeira porta da salvação e da vida é Jesus Cristo Nosso Senhor: "Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas" (João 10, 7). Jesus é a porta da vida eterna, por Ele abrem-se para nós as portas da Jerusalém celeste.
A liturgia vê em Maria a "Virgem humilde, que pela sua fé permitiu que Cristo nos abrisse a porta da vida eterna, que Eva tinha fechado com a sua incredulidade; a Mãe virginal de Cristo que se converte em porta luminosa da vida, pela qual apareceu a salvação do mundo, Jesus Cristo Nosso Senhor"; e a Virgem suplicante "de quem recebemos o Salvador do mundo".
O que é o Céu? Devemos pensar nele, para poder desejá-lo. O Céu é Deus, é a comunhão de vida e amor com Deus, com a Virgem Maria, os anjos e os santos (cf. Catecismo 1024).
No Céu encontramos a realização das nossas mais profundas aspirações, o estado supremo e definitivo de felicidade. Olhando para Maria aspiramos ao Céu; recorrendo a Ela abrem-se-nos as suas portas, embora não possamos imaginar plenamente "o que nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais passou pelo pensamento do homem, o que Deus preparou para aqueles que O amam." (Cf. 1 Coríntios 2, 9).

Texto retirado do livro: 31 dias com Maria, de Guillermo Juan Morado
Imagem: Internet

Sede de Sabedoria


"Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração." (Lucas 2, 18-19)

A Igreja venera Maria como "Trono de Sabedoria": "És feliz, Santa Maria, Virgem sábia, que mereceste levar em teu seio a Palavra da verdade; és ditosa, Virgem prudente, que escolheste a melhor parte", canta uma antífona da liturgia.
Maria é Mãe e discípula da Sabedoria do Pai. São Bruno de Asti, comentando o Evangelho de Lucas, escreve: "Oh a Mãe sapientíssima, única digna de um tal Filho, meditava todas estas palavras em seu coração e as guardava, para nós, para que depois, ensinando-as, narrando-as e anunciando-as, fossem escritas, proclamadas e anunciadas em todo o mundo e a todas as nações".
O sábio é aquele que julga retamente as coisas divinas. A sabedoria humana adquire-se, normalmente, pelo estudo. Mas também existe a sabedoria como dom do Espírito Santo; um saber acerca de Deus que nasce, como explica São Tomás de Aquino, da interioridade com Ele. Este dom provém da caridade, que nos une a Deus. Na Virgem vemos reflectida esta sabedoria que mana da experiência de Deus, da intimidade com Ele.
Também nós, como Adão e Eva, sentimos a tentação de comer o fruto da árvore da ciência para sermos como deuses, conhecedores do bem e do mal (Cf. Génesis 3, 5). Porém, isso é, uma ilusão, um querer o impossível. O saber que orienta para a vida vem-nos de Deus e, se O procuramos, encontramo-l'O, como O encontraram os pastores de Belém e os Reis Magos. Estes "viram o Messias com Maria, sua Mãe. E prostrando-se, adoraram-n'O" (Cf. Mateus 2, 11). A adoração é a "melhor parte", a verdadeira escola da sabedoria, a fonte da experiência autêntica; o espaço onde se abre o caminho da prudência e da vida.

Texto retirado do livro: 31 dias com Maria, de Guillermo Juan Morado
Imagem: Internet

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Vai um cafézinho?...

Um professor de filosofia, na sua sala de aula, sem dizer uma palavra pegou num frasco grande de vidro, vazio, e começou a colocar-lhe várias bolas de golfe até o encher...

No fim desta experiência, perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo, dizendo: "sim".

Então o professor pegou numa caixa de fósforos, abriu-a e vazou todos os fósforos dentro do frasco... os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a responder que "sim".

Após a resposta, o professor pegou uma caixa de areia e despejou alguma para dentro do frasco, até a encher. Obviamente que a areia encheu todos os espaços vazios e o professor voltou a questionar se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um "sim", com maior convicção.

O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia.

Os estudantes riram-se nesta ocasião. Quando os risos terminaram, o professor comentou:
"Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes: a família, os filhos, a saúde, a alegria, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdessemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia.

Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro, etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas.

"Se tivéssemos colocado primeiro a areia no frasco, não haveria espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida. Se gastarmos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes. Presta atenção às coisas que realmente importam. Estabelece as tuas prioridades, e o resto é só areia."

Um dos estudantes levantou a mão e perguntou: - Então e o que representa o café?
O professor sorriu e disse: "Ainda bem que perguntaste isso!

O café é só para vos mostrar que por mais ocupada que a nossa vida possa parecer, há sempre lugar para tomarmos um café com um amigo".


Texto e Imagem: Internet