sábado, 30 de julho de 2016

Entrevista a Fernando Santos

Caríssimos leitores do blog, hoje partilho convosco, uma entrevista de alguém que recentemente ficou com mais notoriedade (especialmente entre o povo português), ao ser o timoneiro da seleção portuguesa, que recentemente conquistou o Europeu de Futebol de Seleções, que terminou faz hoje precisamente vinte dias. Não é comum se encontrar pessoas numa posição de destaque, dadas as circunstâncias e que admitam sem rodeios a sua crença e a sua fé. Dizia há pouco que Fernando Santos foi o timoneiro da conquista, mais mais importante foi ele deixar que o Jesus Cristo, fosse o seu Timoneiro. Através desta postagem, agradeço ao engenheiro Fernando Santos o seu testemunho e envio-lhe pessoalmente um grande abraço.

"A maioria dos portugueses ficou a conhecer Fernando Santos enquanto homem de fé com o discurso que proferiu depois de se ter sagrado campeão europeu por Portugal, no passado dia 10 de julho. Na altura, agradeceu "em primeiro lugar e acima de tudo" a Deus Pai, por aquele momento e por tudo na vida.
Para os jovens da diocese que participaram na tertúlia "Conversas C'afé", organizada pela Pastoral Juvenil diocesana, no final de 2012, o testemunho de fé que o selecionador nacional deu após a conquista do europeu de futebol não foi uma novidade.
Há cerca de quatro anos atrás, o engenheiro do título português já tinha falado com os jovens da diocese sobre como a fé em Cristo ressuscitado mudou a sua vida.
O PRESENTE recupera agora essa diálogo, que à luz da assertividade na fé demonstrada pelo técnico português no Euro 2016, se renova de atualidade.

Fernando Santos foi tema das conversas em muitos cafés do país durante o último europeu de futebol, sobretudo por ter mostrado uma certeza tão grande num final vencedor, depois de uma primeira fase que fazia levantar algumas vozes críticas dos adeptos portugueses. Essa convicção era mais que uma fezada e estava sustentada numa fé que caracteriza o engenheiro do primeiro título da seleção nacional de futebol sénior. Em 2012, antes de ser conversa nas mesas de café, sentou-se para beber um café com os jovens da Diocese e falar-lhes de fé: da sua e de como ela é importante na sua vida.

O QUE É SER CRISTÃO COMPROMETIDO?
Ser cristão comprometido é, a partir do momento em que conhecemos Cristo, comprometermo-nos com Ele e seguir em frente. Essa é a minha obrigação e uma afirmação clara, sem presunção, de quem sabe o porquê de querer estar com Ele e porque é que Ele é tão importante na minha vida. Costumo dizer que não há ciclistas que não pedalam e eu, como quero ser um ciclista de Cristo, tenho de pedalar.

FALOU SEMPRE DESSA FORMA TÃO ASSERTIVA SOBRE A FÉ?
Já passei tanta coisa... (risos). Fui batizado no dia 16 de janeiro de 1955. Hoje, sei, mas durante 40 anos não soube quando tinha sido batizado. Fiz a primeira comunhão com sete anos e aos oito fui crismado. Tenho os papéis guardados... fui à procura deles no momento em que a minha vida se alterou nestas questões da fé. A partir dos oito anos, eu ia à Missa mais para ver as miúdas que para ouvir o que o padre estava a dizer. Mas como eu gostava muito de jogar futebol, e nasci numa família que, sendo cristã, não era  praticante, mas era muito praticante de futebol, porque não perdiam um jogo. O meu pai, aos sábados e domingos, ia sempre ver os jogos do Benfica. Eu nasci no dia 10 de outubro de 1954 e no dia 1 de dezembro desse ano foi inaugurado o Estádio da Luz e o meu pai levou-me lá, numa alcofa, portanto, eu era um aficionado militante do futebol. Ao sábado e ao domingo, eu não tinha tempo para essas coisas da Igreja... Passei para o futebol e deixei-me disso, completamente e, durante muito tempo, fui à Igreja talvez umas 70 vezes... Fui quando casei, quando batizei os meus filhos, quando fui padrinho e depois em mais uns casamentos de amigos, mas passei um hiato total.

COMO FOI ESSE PERÍODO?
Há uns tempos, visitei uma exposição com o tema "A fé e a fé cristã", onde se passava por um túnel escuro. No final, perguntaram-me o que mais me tinha tocado na experiência e eu respondi que tinha sido a passagem por aquele túnel escuro. Aquela escuridão foi por onde eu passei durante praticamente 32 anos. Com muitas nuances, desde pôr tudo em causa, até porque eu estava na faculdade quando aconteceu o 25 de abril de 1974 e nessa altura tudo se pôs em causa... Mas pronto, eu hoje reconheço que a semente do Batismo estava cá dentro e consigo perceber porque é que nunca consegui adormecer sem antes rezar as orações que ainda hoje faço. Durante todos estes anos, pelo menos uma vez por ano, ia a Fátima. Fiz esse percurso todo: de fezada e de afastamento...

ATÉ QUE UM DIA...
Até que um dia um amigo meu me convidou para ir à inauguração de uma clínica de toxicodependentes e eu fui. Estava lá um sacerdote, que no fim me pediu se lhe dava boleia até Cascais. Eu disse-lhe que sim e, quando íamos quase a chegar ao destino, eu perguntei-lhe se queria ir almoçar um dia comigo, para podermos falar sobre "as coisas da fé". Ele aceitou e, nesse encontro, ele levou um livro, que me ajudou muito e que talvez tenha sido o meu primeiro passo, que se chamava "A Fé Explicada". Conversámos, eu fui para casa e li o livro e depois, mais por simpatia ao sacerdote, eu comecei a frequentar a Missa. Não comungava, mas ia lá, até porque, muitas vezes, depois da celebração, ia almoçar com ele e falávamos novamente sobre a fé. Na altura, eu achava que tinha dado um passo fantástico de aproximação à Igreja...

NÃO FOI DESSA?
Passados uns meses, eu achei que devia comungar também, uma vez que todas as pessoas o faziam. Fui ter com o meu amigo sacerdote e disse-lhe que queria falar com ele sobre esse assunto, mas que não me queria confessar. A verdade é que conversámos tanto que acabei por me confessar. Foi o segundo passo da minha caminhada. Aí, tinha eu 38 anos, já me predispunha a caminhar um bocadinho mais, mas sempre com aquela racionalidade de quem quer perceber tudo.

QUAL FOI O PASSO SEGUINTE?
Havia uns amigos meus que me estavam sempre a convidar para fazer um Curso de Cristandade e eu recusei sempre, até que, em março de 1994, tinha eu sido despedido do Estoril Praia, ao fim de 20 anos no clube. Aquilo para mim foi terrível... Nessa altura, os meus amigos voltaram à carga. Foram lá a casa e disseram-me que ía haver um Curso de Cristandade na semana seguinte. Eu comecei a pensar: "porque é que não vou? São só três dias e até aproveito para pensar a minha vida." Acabei por ir.

FOI AÍ QUE SE DEU A VIRAGEM?
Quando se descobre que Cristo está vivo, a nossa vida muda... E não há alternativa se não comprometermo-nos com Ele. Eu descobri isso num Curso de Cristandade, aos 40 anos, num encontro que decorreu de 16 a 19 de março de 1994.

NÃO SE ESQUECE DESSA DATA?
Nunca, está ali a minha data (aponta para um crucifixo que, ao chegar, deixou em cima da mesa). No último dia, recebi aquele crucifixo que ali está e disse-Lhe que podia contar comigo para sempre... E ter um amigo destes é fantástico!

NUM ENCONTRO DE TRÊS DIAS, QUANDO É QUE SENTIU A MUDANÇA?
Acho que foi logo no primeiro dia, que comecei a 'levar porrada que me fartei' (risos). Falavam a mesma língua que eu, mas havia muita coisa que eu não percebia. Civilização do amor? Que é isso? Foi ali que descobri que o amor existe, através do meu próximo. Quando me disseram: "Cristo és tu", eu fiquei admirado, mas descobri que é verdade, Cristo é cada um de nós. A nossa fé muda quando descobrimos que aquele que está ao nosso lado é Cristo. São Paulo disse isso de uma forma muito clara, a fé é no Ressuscitado. Senti, isso, de uma forma clara, no dia que me joelhei junto ao Sacrário, logo ao segundo dia. No dia que eu falei com Ele a sério, pela primeira vez, a minha vida mudou, porque eu percebi que ali estava alguém que me amava, me escutava e me entendia os problemas, dificuldades e dúvidas.

E SENTIU-SE DEPOIS UM HOMEM DE FÉ?
Tenho consciência de que nunca vou ter fé, porque ter fé é obediência total a Cristo e eu não sei se alguma vez serei capaz. Isso é um processo muito difícil, mas tenho uma confiança muito grande n'Ele e vou tentando, cada dia, dar mais de mim mesmo.

ESSA EXPERIÊNCIA FEZ-LHE VER O MUNDO COM OUTRO SENTIDO?
Claramente. As mudanças não se explicam e a fé não tem explicação. Há alguma racionalidade e compreensão necessária, mas há coisas que não se explicam, sentem-se. A Trindade, por exemplo, nunca serei capaz de a definir, mas acredito nela. Portanto, se nós não conseguimos ter esta convicção, dificilmente nos podemos mudar, para mudar os outros e o mundo. Foi isso que eu procurei fazer a partir daqui, com os defeitos que continuo a ter, mas procuro mudar-me para que, à minha volta, alguma coisa possa acontecer.

DEPOIS DE TER FEITO O CURSO DE CRISTANDADE, OLHOU DE OUTRA FORMA PARA OS SACRAMENTOS QUE TINHA RECEBIDO?
Antes, eu nem sabia o que eram Sacramentos. Depois de sair do curso de cristandade, uma das primeiras coisas que fiz foi ir à procura da minha data de Batismo, quando tinha recebido a Primeira Comunhão, quando tinha recebido o Crisma. Antes, eu não sabia o que tinha feito. O primeiro, tinha três meses, não me lembrava. Os outros, fiz porque era giro... Todos faziam e eu também fiz. Não me lembro de nada. Houve dois Sacramentos na minha vida porque vivi com grande convicção: Matrimónio e o Batismo dos meus filhos. Hoje, percebo perfeitamente a graça que tinha dentro de mim e que recebi no meu Batismo, mas na altura, antes de fazer o curso de cristandade, não entendia isso.

EM QUE É QUE O FERNANDO SANTOS MUDOU?
Passei a estar mais atento e a ver as coisas e tudo partiu de um encontro com Cristo que mudou a minha vida. Deus chama-nos a qualquer hora do dia, mas paga sempre por igual. Um dia, Ele chamou-me de uma maneira, a outros chamará de outra. Um outro aspeto é que comecei a participar na Eucaristia e deixei de ir à Missa (risos). Comecei a fazer parte de movimentos a integrar-me na Igreja, a ser leitor, a ajudar na preparação de batismos... Mas muito mais importante que isso foi a minha transformação, que acabou por transformar o mundo em meu redor: no meu trabalho, na minha casa.

SENTIU ALGUM ATRITO DAS PESSOAS EM RELAÇÃO A ESSA MUDANÇA?
Há sempre algum atrito. Mas isso é que é mudança, quando os outros percebem que eu mudei.

COMO ENFRENTA AGORA OS PROBLEMAS E OS DESAFIOS QUE SE LHE DEPARAM?
Com muito mais coragem. Não tenho medo da morte porque sei que vou ressuscitar. Na vida, eu sei que Ele está comigo, no bem e no mal. A grande diferença é que, antes, eu pedia e se me saísse bem, agradecia, quando me saía mal, não dizia nada. Agora, ofereço o meu dia ao acordar e à noite agradeço-Lhe, independentemente de como me corre o dia.

QUE LUGAR OCUPA A ORAÇÃO NO SEU DIA-A-DIA?
A oração é fundamental. Como é que vivemos sem comer? Temos de nos alimentar... Passo pouco tempo sem rezar, até porque falo muitas vezes com Ele durante o dia. Cheguei a aproveitar a viagem de carro do trabalho até casa para rezar o Rosário, fosse a que hora fosse. Uma das coisas que esta mudança me fez perceber foi que falar com Ele é uma coisa natural.

A FÉ E A MORTE DO PAI
Um dos momentos mais dramáticos da minha vida aconteceu quando o meu pai adoeceu com uma doença terminal. Os últimos três meses foram muito dolorosos. Se eu não tivesse feito o curso de cristandade e não estivesse já nesta fase de confiança, teria sido um momento dramático para mim, seguramente. Mas como eu já tinha a minha fé, consegui encarar de uma outra forma, mas houve uma coisa que eu nunca tive coragem: de pedir a Santa Unção para o meu pai, sobretudo por receio que ele me interpretasse mal. Faltou-me aqui a fé, claramente. Um dia, quando regressei a casa de um jogo, fui dar um beijo ao meu pai e ele disse que estava bem. Mais tarde, a minha mulher disse-me que ele tinha pedido um sacerdote e que naquele dia tinha recebido a Santa Unção. O meu pai comungou e, dois dias depois, foi para o hospital e já voltou a casa. O meu pai de certeza que está em paz.

A FÉ E A FEZADA
Durante um período da minha vida sinto que tive fezadas e agora tenho fé. Fezada é, por exemplo, enquanto treinador, levar sempre o mesmo casaco e as mesmas calças para o jogo. E estamos a falar de calças de inverno, que no verão davam muito calor, mas como achava que aquilo assim dava sorte... Depois, subi para a 1ª divisão, levei um fato no primeiro jogo e perdi; no segundo, levei outro fato e perdi e, no terceiro jogo, levei outro ainda, mas também perdi... E pensei: tenho que acabar com isso, senão fico sem fatos! (risos).
A fé apaziguou-me... Fé é confiança total. Não é como aquele que dizia que tinha muita fé e que ao cair num precipício, ficando agarrado apenas a um ramo, começou a gritar: Deus me acuda! Ouviu uma voz que lhe disse: deixa-te cair que Eu seguro-te. Ao que ele perguntou em resposta: Mas não há mais ninguém para me ajudar? (risos)

NUNCA SABEMOS QUANDO ESTAMOS A DAR TESTEMUNHO
Vou com muita frequência ao Santuário de Fátima. Normalmente vou muito cedo e uma das coisas que faço é a Via-Sacra na colunata. Um dia, há uns anos, recebi uma carta de um senhor que me agradecia. Ele escrevia que andava perdido na fé e, um dia, quando foi a Fátima, viu-me a fazer a Via-Sacra sozinho. Ele pensou que, se eu era capaz de fazer a Via-Sacra, ele também havia de experimentar. No final, essa experiência mudou-lhe a vida e era isso que ele me agradecia. Sem falar com aquele senhor, ajudei-o a mudar a própria vida. Serve este episódio para mostrar que nunca sabemos quando estamos a dar testemunho... Só Deus sabe!

Fonte: 
Esta entrevista foi transcrita do Semanário diocesano de Leiria-Fátima, jornal "PRESENTE", datado de 28-07-2016; 
jornalista: Diogo Carvalho Alves
Imagem: Internet    

domingo, 10 de julho de 2016

O pecado que nos acorrenta...

Quando Paulinho estava crescendo, costumava visitar a fazenda de seu avô. Por algum tempo, o avô manteve um enorme touro em sua fazenda. É claro que você sabe que o touro é o macho da vaca. Ele tinha quase o tamanho de um búfalo, com grandes chifres e um temperamento terrível. Os touros são grandes, mas não são muito espertos. O cachorro e o gato atendem quando você os chama pelo nome, o touro não.

Aquele touro da fazenda do avô do Paulinho gostava de escapar para visitar as vacas da fazenda vizinha. Ele era tão forte que facilmente arrebentava a cerca do pasto e fugia sempre que desejava. O avô estava cansado de ir atrás do seu touro fugitivo. Parecia que toda vez que ele o deixava livre para pastar, esse velho e grande animal fugia para visitar a outra fazenda. Ele nunca aprendeu a ficar em casa. Assim, o vovô o conservava a maior parte do tempo preso em um curral próximo ao celeiro, que deram o nome de “cercado do touro”.

Devido ao seu mau temperamento, o touro era imprevisível e perigoso. Quando Paulinho ia visitar o avô, o menino sempre tomava cuidado para ver se o touro estava solto ou não. Se estivesse pastando, Paulinho não se aproximava.

No entanto, o avô de Paulinho não tinha medo do touro. Embora fosse um homem de média estatura, conduzia o enorme touro sem nenhum problema. Como? Era muito simples: Como o nariz do touro é muito sensível, o vovô colocava um grande anel de metal entre as suas narinas. Você pode imaginar como doía se alguém puxasse esse anel? E era exactamente isso o que o vovô fazia. Ele prendia uma corda no anel e o puxava, quando queria que o animal o seguisse.

Conduzir o touro pelo nariz era fácil. O touro se feria quando não fazia o que o vovô queria que fizesse. É claro, então, que se ele obedecesse, não iria se machucar. Como era interessante e ao mesmo tempo espantoso ver o vovô conduzindo esse animal muito maior do que ele e que pesava talvez até dez vezes mais que o vovô! Um animal desses chega a pesar como um carro pequeno! E o touro sempre seguia obediente, enquanto o vovô o segurava pela corda.

Quando penso no boi com a corda amarrada no anel em suas narinas, lembro-me do que nos acontece quando pecamos. Se mentimos, roubamos ou cometemos outros pecados, Satanás coloca o anel do pecado em nosso nariz e nos leva aonde quer. Ele nos torna escravos. Mas a Bíblia diz que Jesus nos ama e veio para nos libertar dos nossos pecados: "Àquele que nos ama e nos purificou dos nossos pecados com o seu sangue." (Ap 1, 5). Veio para tirar o anel e a corda de nosso nariz.

Quando confiamos em Jesus plenamente, procuramos segui-Lo porque queremos e porque escolhemos segui-Lo e não porque somos obrigados a fazê-lo.

Imagem: Internet

As ratoeiras não são só para os animais...

Meu vizinho costumava manter um rato em um pote. Bem, não era exactamente tão mau quanto possa parecer. Ele pegava jarras de mais de três litros, enchia-as com feno e fazia buracos na tampa. Então pegava um ratinho cinza do mato e o colocava na jarra. Ele não era mau, pois alimentava e dava de beber aos ratos. Depois de observar como faziam seus ninhos e os pequenos túneis no feno, ele os libertava. No pior dos casos, era como se o camundongo (*) permanecesse por um tempo em um “quarto de hotel de vidro”.

Os camundongos podem ter uma sorte muito pior quando entram nas casas das pessoas. O que o pequeno camundongo não sabe é que há queijo gratuito em cada ratoeira, mas há também um preço terrível a ser pago, mesmo que seja por um bocadinho de queijo!

O mesmo se dá com os seres humanos. Os maus hábitos iniciam quando você belisca o “queijo do diabo” e, assim como o camundongo, logo descobre que terá de pagar um preço terrível. Os amigos podem oferecer-lhe uma tragada de cigarro. Eles sempre dizem sempre a mesma coisa: “Vamos lá, uma simples tragada não irá matá-lo!” Então você cede e dá uma tragada. Seus amigos estavam certos, isso não o matou. Dias depois, você dá outra tragada. Ao fazê-lo, você está mordiscando “o queijo do diabo” novamente. Então, fuma todo um cigarro e, antes que se dê conta, foi pego na armadilha! (Para provocar um efeito mais dramático, solte a mola da ratoeira.)

Os maus hábitos iniciam quando você mordisca o “queijo do diabo”. Os amigos podem oferecer-lhe vinho ou cerveja. E eles dizem sempre a mesma coisa: “Vamos lá, um gole apenas da bebida não irá matá-lo!” Você cede e prova. O gosto é horrível! Mas, dias depois, você toma outro gole e então outro. Novamente, você está mordiscando o “queijo do diabo”. Depois você tenta tomar toda uma garrafa e, antes que se dê conta, foi pego na armadilha! (Dispare novamente a mola da ratoeira.)

Os maus hábitos iniciam quando você mordisca o “queijo do diabo”. Os amigos podem oferecer-lhe algum tipo de droga. E lá vêm eles novamente, dizendo a mesma coisa: “Vamos lá, um pouquinho só não irá matá-lo!” Você cede e experimenta. O gosto é terrível! Mas, dias depois, você prova um pouco mais. Você está mordiscando o “queijo do diabo”. Depois de provar mais um pouco, você é apanhado na “ratoeira”! (Repita a mesma ação.)

O “queijo do diabo” tem um efeito colateral grave. Ele produz resultados mortais. Se você come desse “queijo gratuito”, ele irá prendê-lo na sua “ratoeira”. Essa é uma armadilha que poderá feri-lo mortalmente! (Dispare outra vez a mola da ratoeira).

Lembre-se de que cada ratoeira tem um pedaço gratuito de queijo. As “ratoeiras” do diabo sempre têm “queijo gratuito”, mas, de igual forma, como ocorre com outras ratoeiras, ela se destina a pegá-lo! As crianças espertas afastam-se desse “queijo”! Por isso, devemos seguir o conselho bíblico: "Examinai tudo, guardai o que é bom. Afastai-vos de toda a espécie de mal." (1Ts 5, 21-22)

Fonte: http://www.jesusnosama.com.br/
Imagem: Internet
(*) significa pequeno rato doméstico

Cuidado com as maçanetas que abrimos...

“Confia no Senhor, de todo o teu coração, e não te fies na tua própria inteligência! Reconhece-o em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos, teme o Senhor e evita o mal.” (Provérbios 3, 5-7).

Você pode facilmente enganar uma galinha se fizer algo que ela não perceba. Apenas coloque uma maçaneta redonda e branca em seu ninho e ela porá um ovo ao lado da maçaneta. Esse é um truque bem antigo, utilizado pelos fazendeiros para fazer com que as galinhas continuem botando. O fazendeiro coloca um ovo de porcelana no ninho ou simplesmente uma maçaneta branca em forma de bola. Um fazendeiro que conheci também usava o truque das maçanetas. O ovo falso faz com que a galinha sinta que tem de pôr outro ovo para fazer companhia ao ovo “maçaneta”.

Como vimos, as galinhas agem apenas pelo instinto e não com a inteligência. Algumas delas foram ensinadas a ter alguns hábitos simples, como pegar cada quinto grão em uma fileira de grãos de milho, mas, quando foi colocada uma cerca com uma abertura no final, entre as galinhas e os grãos de milho, elas não foram suficientemente inteligentes para atravessar a cerca. Não surpreende que pensem que uma maçaneta branca seja um ovo!

Contudo, mesmo para nós que fazemos o uso da razão e temos um grau de inteligência milhares de vezes superior ao das galinhas, Satanás também tem suas “maçanetas” para nos enganar. Ele tem uma forma de insinuar pensamentos em nossa mente que nos levarão a ter problemas. As “maçanetas” de Satanás parecem muito evidentes... depois que as “mergulhamos na água quente”, ou seja, depois que reflectimos sobre elas e seus resultados.

Por exemplo, você roubaria dinheiro de um amigo? Uma pessoa que eu conheço viu sobre a mesa 20,00€ que pertencia a outro aluno. Ela nem mesmo precisava de dinheiro, mas não reflectiu sobre o que estava para fazer; não resistiu e pegou essa “maçaneta” de Satanás.

Ela roubou o dinheiro de seu amigo, mas foi descoberta no mesmo dia e teve de confessar o roubo. O preço que essa pessoa pagou por pegar o dinheiro do amigo foi que, além de perder o amigo, teve a reputação de ladra e uma semana de suspensão das aulas.

Outra “maçaneta” de Satanás é o fumo. Ele pode estar na forma de cigarro, charuto ou mesmo para mascar. Qualquer que seja a forma, contém um veneno mortal chamado nicotina que, com o passar do tempo, leva a pessoa à morte. Satanás deixa essas “maçanetas” nos lugares onde podem ser encontradas facilmente e então tenta você a pegá-las e prová-las. Esta é uma armadilha mortal. Não caia nessa!

Satanás tem “maçanetas” em todos os lugares e está apenas esperando que você pegue nelas. Quer seja roubar, beber, fumar ou usar drogas, ou em qualquer coisa que esteja sendo tentado, lembre-se de que a coisa mais inteligente a ser feita é perguntar-se a si mesmo: O QUE JESUS FARIA? Ao responder a essa pergunta, você sempre saberá o que fazer da próxima vez que estiver para colocar a mão em uma das “maçanetas” de Satanás.

Imagem e Texto: Internet

Não há Cristianismo sem amor ao próximo...

Hoje, ao ouvir e depois de voltar a ler novamente esta passagem bíblica, ficou mais destacada na minha memória a segunda pergunta que o doutor da lei faz a Jesus: "E quem é o meu próximo?" (Lc 10, 29). Embora eu já esteja farto de saber que o meu próximo é todo aquele ou aquela que se cruza comigo, seja familiar, mais ou menos amigo, ou até mesmo um desconhecido. A liturgia de hoje fez com que eu meditasse e chegasse à conclusão que se eu já interpretei o papel do (bom) samaritano, também reconheço que muito mais vezes agi como o sacerdote e o levita, ou seja que passaram ao lado e nada fizeram. Senhor, peço-Te perdão, por todas as vezes que fiquei de braços cruzados.

Palavra:
Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?» Disse-lhe Jesus: «Que está escrito na Lei? Como lês?» O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.» Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.» Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?» Tomando a palavra, Jesus respondeu: «Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: ‘Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.’ Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.» (Lc 10, 25-37)

Reflexão:
Se algum texto bíblico fala por si mesmo, é o de hoje. Belo resumo de todo o Evangelho de Jesus, porque amar o irmão é próprio e característico do discípulo de Cristo. A prática eficaz e indivisível do amor a Deus e ao próximo, sem restrições nem exclusivismos é que define a religião que Jesus fundou. "Dou-vos um mandamento novo: que vos amei uns aos outros como eu vos amei. Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13, 34s): Cristo é o bom samaritano que ama a humanidade caída. A Sua pessoa e o Seu exemplo enviam-nos continuamente ao mundo em missão de amor, um amor que dá vida. Este é, portanto, o testemunho mais directo e válido. Amar é a sabedoria da vida, porque é viver autenticamente. Mas, infelizmente, de tanto ouvir e não praticar o mandamento do amor fraterno, parece que ele se nos escapa e amolece. Contudo, o que ama verdadeiramente a Deus leva muito a sério o homem. E o que ama o irmão vai a direito, sem rodeios nem desculpas para passar ao largo do necessitado que se cruza no caminho, quem quer que sejam, sem ligar à classe social, língua, raça, cor, religião, partido ou ideologia. Para Jesus, o que conta é o amor comprometido: "Vinde benditos de meu Pai... O que fizestes a um destes meus irmãos mais pequenos, foi a Mim que o fizestes" (Mt 25, 40).

Imagem: Internet
Reflexão retirada do Diário Bíblico 2010