sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Outubro: mês do Rosário

Vamos celebrar o mês do rosário
Em honra de Nossa Senhora
Mulher, mãe de um operário
Que acompanhou Seu Filho
até ao Calvário
Foi mulher forte, mas sofredora.

É a Mãe do Filho de Deus
A mais bela criatura
Roga por crentes e ateus
Todos são filhos seus
Mulher, de todas a mais pura.

Jesus deu-nos a Sua Mãe
Para nos conduzir para o Pai
Ela que sempre praticou o bem
Não faz distinção de ninguém
Até mesmo o pecador que cai.

Ó Maria, mãe da humanidade
Dá-nos a tua sabedoria
Elimina a nossa vaidade
Apaga de nós toda a maldade
E viveremos todos em harmonia.

Vamos honrar a Mãe do Céu
Que nos ofereceu o Salvador
Ela que tanto amor nos deu
Esquecendo o quanto sofreu
Mãe puríssima do infinito amor.

Ó Mãe de todos nós
Que sofreste a dor do calvário
Tu que nunca nos deixas sós
E que sempre cuidas de nós
Te louvamos,
neste mês do Rosário.

Autoria: M. J. Pinto Ribeiro
Imagem: Internet

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

As Mãos de Jesus

Tenhamos presente agora as mãos de Jesus.

Mãos capazes de transmitir confiança, de expressar afecto, de oferecer segurança, de dar amor…

Mãos abertas para acariciar e abençoar as crianças, mãos estendidas para socorrer os que são lançados à beira do caminho incapazes de seguir a sua caminhada, mãos sanadoras para curar os corpos dilacerados e os espíritos maltratados, mãos trabalhadoras que lançam as redes ou moldam a pedra, mãos que marcam o caminho e estimulam a seguir adiante, mãos que levam à plenitude.

Pedimos-Te que nos estendas a tua mão para que o teu toque nos revitalize, o teu beijo nos vivifique e o teu abraço consiga que sejamos conscientes da tua proximidade.

Acompanhados por Ti também seremos capazes de nos tornarmos próximos dos nossos irmãos e irmãs. Ajuda-nos a estender as nossas mãos a quem precisa delas. Contamos com o teu apoio.

Ajuda-nos a não perder a fé e a sentir o contacto das tuas mãos nas nossas. Ámen.

Fonte e imagem: https://faroldeluz.wordpress.com/2009/06/24/as-maos-de-jesus/

A minha vocação é poder...

Deus dá a vida... 
eu posso transmiti-la e respeitá-la. 

Deus concede o tempo... 
eu posso cuidar de mim, da comida, da saúde.

Deus atribui a fé... 
eu posso dar testemunho dela.

Deus infunde a esperança... 
eu posso reconstruir a confiança.

Deus é o amor... 
eu posso ensinar a amar.

Deus diz que a alegria é a finalidade da vida... 
eu posso sorrir e arrancar sorrisos.

Deus criou-nos para viver em paz... 
eu posso semear a união.

Deus renova as forças... 
eu posso apoiar quem desanimou.

Deus é o caminho... 
eu posso indicá-lo.

Deus é a luz que vence os medos... 
eu posso restituir a vontade de viver.

Deus faz milagres... 
- eu posso ser o rapazinho que entregou os cinco pães e os dois peixes que alimentaram cinco mil pessoas;
- os amigos que carregaram o paralítico para ser curado;
- o leproso sarado que agradeceu a cura a Jesus;
- a mulher pecadora que recebeu o perdão;
- o apóstolo que percorreu o mundo anunciando o Evangelho;
- o mártir que preferiu agradar a Deus em vez de ceder aos interesses dos perseguidores; 
- o pai/a mãe que acolhe com alegria os filhos e os ajuda a crescer robustos, com sabedoria e na amizade com Deus;
- o padre que actualiza os gestos salvadores de Jesus, através dos sacramentos; 
- a Irmã e o Irmão que ajudam os povos a alcançarem o desenvolvimento...

Deus faz o impossível, mas prefere contar comigo, para fazer o possível.

Fonte: Revista Audácia, 2010
Imagem: Internet

Um Sim incondicional...

Maria era uma adolescente, de 14 ou 16 anos. Vivia em Nazaré com os pais. No Céu, Deus olhava-a com predilecção. Escolheu-a para ser a mãe do seu Filho, Jesus. Mas precisava do consentimento dela. Por isso, enviou-lhe o anjo Gabriel. Maria aceitou a missão que Deus lhe deu, dizendo: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» (Lc 1, 38). Graças a este «Sim», a História da Humanidade modificou-se, porque Deus fez-Se ver, falou, expressou-Se como as pessoas, e assim pôde ser entendido. Ao assumir tudo o que é humano - as alegrias, dores, esperanças e conquistas -, Jesus ensinou o modo de vida que conduz à salvação.
Maria não guardou Jesus para si. Foi logo visitar e ajudar a sua prima Isabel. Quando a saudou, o bebé - João - exultou de alegria no seio de Isabel e esta elogiou a prima, porque era bendito o Fruto do seu ventre, Jesus.
A fé de Maria manifestou-se anos mais tarde. Ela estava com Jesus e os apóstolos num casamento, em Caná. A festa, porém, quase fracassava, porque o vinho acabou. Então, Maria intercedeu pelos noivos, pedindo ajuda a Jesus. E Jesus transformou a água em vinho novo e muito melhor. Maria estava, também, junto da cruz de Jesus. Ali recebeu uma nova missão: ser a mãe dos cristãos, missão que realiza nos Céus. (Evangelho de Lucas, 1; Evangelho de João, 19)

Fonte: Revista Audácia, 2010
Imagem. Internet

domingo, 4 de setembro de 2016

Recebe-o, não já como escravo, mas como um irmão muito querido... (Fl 9b-10.12-17)

Texto da Carta que São Paulo escreve a Filémon, e que é riquíssima. Partilho convosco esta reflexão extraída de um site que eu aconselho vivamente a ser visitado...

"Caríssimo:
Eu, Paulo, prisioneiro por amor de Cristo Jesus,
rogo-te por este meu filho, Onésimo, que eu gerei na prisão.
Mando-o de volta para ti, como se fosse o meu próprio coração.
Quisera conservá-lo junto de mim,
para que me servisse, em teu lugar,
enquanto estou preso por causa do Evangelho.
Mas, sem o teu consentimento, nada quis fazer,
para que a tua boa acção não parecesse forçada,
mas feita de livre vontade.
Talvez ele se tenha afastado de ti durante algum tempo,
a fim de o recuperares para sempre,
não já como escravo, mas muito melhor do que escravo:
como irmão muito querido.
É isto que ele é para mim
e muito mais para ti, não só pela natureza,
mas também aos olhos do Senhor.
Se me consideras teu amigo,
recebe-o como a mim próprio."


A Carta a Filémon é a mais breve e pessoal das cartas de Paulo. É endereçada a um tal Filémon, aparentemente um membro destacado da Igreja de Colossos.
A partir dos dados da carta, podemos reconstruir as circunstâncias em que o texto aparece. Onésimo, escravo de Filémon, fugiu de casa do seu senhor. Encontrou Paulo, ligou-se a ele e tornou-se cristão. Paulo, que nessa altura estava na prisão (em Éfeso? Em Roma?), fê-lo seu colaborador e manteve-o junto de si. No entanto, a situação podia tornar-se delicada se Filémon se ofendesse com Paulo; e, do ponto de vista legal, ao dar guarida a um escravo fugitivo, Paulo era cúmplice de uma grave infracção ao direito privado. Enfim, Onésimo corria o risco de ser preso, devolvido ao seu senhor e severamente castigado.
É neste contexto que Paulo resolve enviar Onésimo a Filémon. Onésimo leva consigo uma carta, em que Paulo explica a Filémon a situação e intercede pelo escravo fugitivo. Com extrema delicadeza, Paulo insinua a Filémon que, sendo possível, lhe devolva Onésimo, já que este lhe vem sendo de grande utilidade; no entanto, Paulo pede, sugere, mas sem impor nada e deixando a decisão nas mãos de Filémon.
É um texto belíssimo, carregado de sentimentos, “verdadeira obra-prima de tacto e de coração”.


Fonte: http://www.dehonianos.pt/dia-liturgia/23o-domingo-do-tempo-comum-ano-c/?mc_id=892 
Imagem: Internet

Quem não renunciar a todos os seus bens não pode ser meu discípulo (Lc 14, 25-33)

As palavras que vamos encontrar no texto bíblico mais abaixo, podem levar-nos a pensar que o que Jesus nos pede é quase impossível de realizar; pede-nos para deixar pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs e até à própria vida, caso contrário não podemos ser seus discípulos. Na reflexão que hoje o sacerdote fez deste texto bíblico, ajudou a esclarecer-me sobre este recado que Jesus nos dá. Jesus não nos pede para deixarmos de amar, todas essas pessoas de que fala, mas sim para O colocarmos em primeiro lugar. Porquê? porque se nos apoiarmos apenas nas pessoas de quem amamos, vamos correndo o risco de vivermos uma vida que terminará, pois à medida que vão partindo, vamos deixar de sentir o seu apoio, e chega-se à conclusão de que a vida não teve sentido. Por isso, é a Ele, que devemos colocar no primeiro lugar das nossas vidas, pois Ele é o princípio, o centro e a meta, para essa caminhada que vamos fazendo. Ele é a salvação... Eis o texto do Evangelho de São Lucas:

"Seguiam com ele grandes multidões; e Jesus, voltando-se para elas, disse-lhes: «Se alguém vem ter comigo e não me tem mais amor que ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, aos seus filhos, aos seus irmãos, às suas irmãs e até à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não tomar a sua cruz para me seguir não pode ser meu discípulo. Quem dentre vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a concluir? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, não a podendo acabar, todos os que virem comecem a troçar dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não pôde acabar.’ Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro para examinar se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que vem contra ele com vinte mil? Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz. Assim, qualquer de vós, que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo.» (Lc 14, 25-33)"

Estrutura Pessoal do Cristão*

E o que é que diferencia o discípulo de Cristo de um não crente? O que é que a sua fé acrescenta à realidade quotidiana e prosaica da vida humana? O cristão, chamado a participar na vida de Cristo e, de facto, já filho adoptivo de Deus pelo dom do Espírito, é a Jesus que segue, como modelo, até chegar à identificação com Ele. Ser cristão significa revestir-se de Cristo e ter os mesmos sentimentos, atitudes e acções na vida. No cristão verdadeiro nota-se uma visão da vida, do homem, do mundo e dos problemas humanos sob uma luz diferente; é a fé pascal. Nota-se uma estabilidade anímica que vence a mesquinhez e o desespero, uma paz que se sobrepõe às dificculdades e ao desânimo, uma alegria que supera a tristeza e o mau humor. Tudo isso é fruto da esperança cristã. E, sobretudo, o mais atraente do seu perfil é a abertura aos outros, o acolhimento sem descriminação, a disponibilidade e a partilha com os outros - especialmente com o mais humilde - dos seus bens, tempo e pessoa. Isso é a vivência da caridade e da fraternidade em Cristo. Estas três atitudes básicas do discípulo: fé robusta, esperança alegre e caridade ardente, constituem a estrutura pessoal do cristão, a sua vida nova em Cristo, a chamada vida "teologal", a sua existência em Cristo, pois a sua vida é Jesus ressuscitado, vencedor do pecado e do tudo que produz a morte. Ser testemunha dessa vida é honra e dever do cristão.

Fonte: *Diário Bíblico 2010
Imagem: Internet

sábado, 3 de setembro de 2016

A vida nova do Cristão...

Na altura era comum escrever-se a uma comunidade, a um povo, pois muitos não sabiam ler (como ainda hoje infelizmente sucede), e depois haveria alguém encarregado de fazer passar a mensagem da carta. Hoje, a sociedade gosta de tudo personalizado, e assim este texto vai com o nome do caríssimo leitor ou leitora. O resumo dos seis capítulos da carta que São Paulo escreveu à comunidade de Eféso, na altura e que hoje escreve para mim e a todos os visitam e leem este blog, poderia ser assim:

Caríssimo irmão, caríssima irmã:

Outrora, sem Cristo, estávamos sem esperança e vivíamos como se Deus não existisse. Agora, porém, estamos perto do Céu. Com efeito, Cristo é a nossa paz, porque destruiu a força do pecado que nos separava de Deus, e anulou as razões para a inimizade entre os povos. Agora, todos podemos chamar Pai a Deus. 

E, porque Cristo nos tornou irmãos, já não há nacional nem estrangeiro, homem ou mulher, escravo ou livre. Todos somos compatriotas dos santos e membros da Família de Deus, a Igreja. Por isso, a vida humana consiste em ser o que Deus sonhou para nós: amorosos, fiéis, protectores. 

Então, ninguém minta, pois somos membros uns dos outros e estaríamos a enganar-nos a nós mesmos. Se alguém se irritar, que o sol não se ponha havendo ainda ressentimentos. Aquele que roubava, trabalhe, fazendo o bem, para que tenha o que partilhar com quem passa necessidade. 

Não saiam da nossa boca palavras desagradáveis, mas apenas as boas, que edificam, que são necessárias e úteis para quem as escuta. Ninguém recuse o dom da santidade com que o Espírito Santo de Deus nos marcou, a fim de merecer a Vida Eterna no Céu. Ou seja, toda a espécie de azedume, raiva,ira, gritaria e desonra desapareça de nós. 

Sejamos bondosos e compassivos, perdoando-nos mutuamente, como também Deus nos perdoa em Cristo. A graça esteja com todos os que amam Nosso Senhor Jesus Cristo, com um amor inalterável.

apóstolo Paulo

Um sinal no céu...


Este artigo que transcrevo na íntegra, ajudou-me a refletir um pouco sobre o que aconteceu com Noé... na altura em que construía a arca, certamente houve quem se risse dele por estar a construir algo grandioso, tão invulgar e aos olhos humanos, sem nexo. Mas Noé cumpriu tudo o que o Senhor lhe ordenara (Gn 7, 5), ou seja não deu ouvidos ao que é finito (homem), mas sim ao que é Divino (Deus); e a verdade é que foi salvo, não só ele, mas também a sua família. Hoje, este género de provação continua a existir, é necessário remar contra a corrente (voz do mundo), para chegar a bom porto (o próprio Deus), pois aqui se encontra a garantia da salvação. O Livro de Génesis faz referência que Deus se recordará da aliança perpétua concluída entre Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na Terra.» (Gn 9, 16) - talvez por isso, se pareça que só as catástrofes, calamidades, terrorismo, injustiça e o mal vão triunfando neste mundo - mas mais à frente, o Senhor deixa outro recado: «Ficai também a saber que pedirei contas do vosso sangue a todos os animais, por causa das vossas vidas; e ao homem, igualmente, pedirei contas da vida do homem, seu irmão.» (Gn 9, 5)

"O primeiro livro da Bíblia - Génesis - conta a história de Noé para falar de uma aliança que Deus fez com a humanidade. O escritor anota que homens e mulheres, que Deus criou, amaram-se e deles nasceram filhos e filhas. Mas, ao mesmo tempo, o Criador constatou que a maldade das pessoas era grande, porque os seus pensamentos e desejos pendiam para o mal. Então, Deus arrependeu-Se de ter criado o homem e a mulher, e sofreu amargamente.
Todavia, Noé e a sua família agradavam a Deus, porque eram justos e andavam sempre em comunhão com Ele.
Um dia, uma grande inundação submergiu a Terra. Só Noé e a sua família se salvaram, e com eles, sobreviveram exemplares de cada espécie. Quando o dilúvio acabou, e os sobreviventes estavam a salvo, Deus disse a Noé: «De futuro, não amaldiçoarei a Terra por causa do homem. Haverá sempre a sementeira e a colheita, o frio e o calor, o Verão e o Inverno, o dia e a noite.»
Depois, Deus abençoou Noé e os seus filhos: «Sede fecundos e multiplicai-vos. Tudo o que se move e tem vida servir-vos-á de alimento. Mas pedirei contas do vosso sangue aos animais e a quem matar outro homem, porque vos fiz à minha imagem e semelhança.» E acrescentou: «Não haverá outro dilúvio para destruir a terra. O arco-íris nas nuvens é o sinal. Quando o vir, recordar-Me-ei desta aliança.» (Génesis 6, 5 - 9, 17)"

Artigo publicado da revista Audácia
Imagem: Internet