terça-feira, 28 de março de 2017

Insensível...

Tantas vezes já li e escutei a leitura bíblica que nos apresenta a parábola do "O filho pródigo", ou "O Pai Misericordioso". Apenas se regista a parte final da parábola mas que nos deixa a pensar um pouco, como tenho sido insensível com o meu próximo... mesmo que seja sem desejar isso é o que infelizmente vai acontecendo. Partilho convosco esta meditação sobre este texto bíblico:


Leitura da Palavra:
"Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se de casa ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. Disse-lhe ele: ‘O teu irmão voltou e o teu pai matou o vitelo gordo, porque chegou são e salvo.’ Encolerizado, não queria entrar; mas o seu pai, saindo, suplicava-lhe que entrasse. Respondendo ao pai, disse-lhe: ‘Há já tantos anos que te sirvo sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos; e agora, ao chegar esse teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, mataste-lhe o vitelo gordo.’ O pai respondeu-lhe: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.’ (Lucas 15, 25-32)

Meditação:
"Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado." (Lc 15, 32).
A insensibilidade e a solidão são marcas do nosso tempo. Vejamos um exemplo: a pessoa levanta-se de manhã, abre o computador, lê e-mails, responde, dá telefonemas, corre para o escritório, mal se alimenta e, à meia noite, ainda está diante do computador. Será que esse cidadão se preocupa com alguém? Conhece o vizinho? Lembra -se dos familiares? 
Bem, ele está satisfeito consigo mesmo. É eficiente. Produz. Paga suas contas. No fim de semana convive com alguns amigos. E assim vai. 
O filho mais velho da história que Jesus contou era assim. Será que conhecia o sofrimento do pai? Lembrava -se do irmão? Ainda estaria vivo? Bem, tanto faz. Foi ele que escolheu esse caminho. Entre nós, quantas vezes vizinhos sabem mais a respeito do casal de idosos ao lado do que os filhos. O leitor talvez diga: Já vi esse filme! 
Se aquele filho não fosse tão insensível, agiria assim: "Gente, que música é essa? Só há uma razão para essa festa! Meu irmão voltou!" Sairia correndo para o irmão, abraçaria todo mundo, todos seriam contagiados pela sua alegria. Mas não foi o que aconteceu. Os insensíveis são um balde de água fria na fogueira das emoções. Quase sempre invejosos, culpando os outros por seus fracassos, cumpridores de obrigações de modo mecânico e sem vínculo com seus semelhantes. É triste, mas muitas vezes somos assim. 
Nossa sensibilidade começa no relacionamento com Deus. Quer maior alegria do que estar sempre com Deus? Quer maior herança do que saber que tudo que é de Deus é meu também? Os anjos, o céu, os santos que trilharam os caminhos de Deus antes de mim? Pertenço à classe mais elevada de todas que já existiram. Deus partilha comigo sua alegria com a reconciliação! Já experimentou tal alegria? De agora em diante não vai perder isso, vai? 

A alegria da paz com Deus é contagiante. Que tal uma epidemia dela?

Imagem: Internet
Meditação: retirada do Pão Diário (apk).

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