Vocação: Busca e convite
A vocação é o chamado
de Deus. Somos chamados por Deus de várias maneiras, nos acontecimentos de
nossa vida.
Os primeiros discípulos
de Jesus devem tomar a iniciativa, sem esperar que Jesus os chame. Para eles,
bastou o testemunho de João Baptista de que Jesus é o libertador. A partir desse
momento, descobrem que em Jesus está a resposta a todos os seus anseios. O Baptista,
por causa do testemunho, perde os discípulos. Estes, pela coragem da opção que
fizeram, dão pleno sentido a suas vidas e passam a ser testemunhas para os
outros.
As primeiras palavras
de Jesus, no evangelho de João são: “O que vocês estão procurando”? Do início
ao fim de nossas vidas, estamos à procura de algo ou de alguém. Como
discípulos, procuramos saber quem é Jesus.
E ele testa nossa sede,
perguntando-nos o que estamos procurando. Esta pergunta, que aparece nos
momentos cruciais do evangelho de João, costuma se manifestar nas fases
decisivas de nossa vida: “O que estamos procurando”?
A resposta dos discípulos
é movida pelo desejo de comunhão: “Mestre, onde moras?”. Os discípulos não estão interessados em
teorias sobre Jesus. Querem, ao contrário, criar laços de intimidade com Ele.
Para criar intimidade
com Jesus, é preciso partir, fazer experiência: “Venham ver!”. E o resultado da
experiência já aparece: “Então eles foram e viram onde Jesus morava. E
permaneceram com Ele naquele dia”. Por ora os discípulos permanecem com Jesus.
Mais adiante, o Mestre dirá: ”Permaneçam em mim”. Permanecer com Jesus e com as
pessoas é fácil. O difícil é permanecer n’Ele e nas pessoas. Só aí é que a
comunhão será plena.
O Evangelho afirma que
a experiência com Jesus valeu a pena: “Eram mais ou menos quatro horas da
tarde”. Quatro horas da tarde, em linguagem simbólica, é o momento gostoso para
o encontro, ou a hora das opções acertadas. O passo dado pelos primeiros
discípulos foi de óptima qualidade. Valeu a pena.
Nós também necessitamos
permanecer com Jesus, permanecer n’Ele, seguir os seus ensinamentos e poder
dizer para todo mundo; “Valeu a pena”.
Padre Wagner Augusto Portugal
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