segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Bíblia Sagrada Católica - 1º mês (proposta para 12 meses)


Estimados leitores do blog, no decorrer do Ano 2012, tracei para mim uma meta, que era ler a Bíblia Sagrada Católica, durante todo esse ano. Essa meta foi atingida hoje, precisamente no último dia do ano: 31 de Dezembro, como havia planeado. E depois de ter alcançado esse objectivo, venho propor para quem o desejar fazer, a leitura da Bíblia durante este ano que amanhã inicia: 2013. Esta proposta vem no sentido, também de estarmos a viver o Ano da Fé, fé essa que nasce da Palavra de Deus que ao longo de gerações, diversas figuras nos foram dando o seu testemunho, e que Deus não abandona quem deseja com Ele encontrar-se... "Eis que venho em breve! Felizes aqueles que põem em prática as palavras da profecia deste livro." (Ap 21: 7).
Fiz algumas pesquisas pela Internet para arranjar um calendário que me ajudasse a conseguir o meu objectivo, mas não consegui encontrar esse esquema, pois os esquemas encontrados apenas tinham 66 dos 73 livros que a Bíblia Sagrada Católica tem, pois segundo dizem, sete deles (Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruc, Sabedoria e Eclesiástico.), foram considerados pelos judeus da Palestina como não sendo inspirados pelo Espírito Santo e por isto outras igrejas os rejeitam como parte da Bíblia. Também se apoiam no facto destes livros não terem sido citados por nenhum autor do Novo Testamento. 
Sendo ou não inspirados pelo Espírito Santo, achei por bem dar-me ao trabalho e fazer eu mesmo essa tabela que irão ver em anexo. 
Esses dois quadros que apresento em seguida, referem-se às duas primeiras quinzenas do mês de Janeiro ou se quiserem o mês nº 1, ficando prometido no final do mês de Janeiro, publicar os quadros referentes a Fevereiro, ou ao mês nº 2 e assim por diante, até final do Ano de 2013. Para aqueles que desejarem iniciar esta proposta, aconselho que junto à Bíblia tenham um caderno ou uma agenda onde vão anotando tudo aquilo que vos marcou na leitura diariamente  no final vão ver que valeu a pena anotar todos esses apontamentos...  
Para todos vós, desejo um óptimo Ano de 2013, com um abraço muito fraterno da minha parte. Boa leitura. 




domingo, 30 de dezembro de 2012

Sagrada Família de Nazaré


Neste último Domingo de Dezembro e de 2012, celebra-se a Festa da Sagrada Família. Uma festa que para muitos acaba por passar despercebida, e entendi que deveria fazer "notícia" deste assunto neste blog.
 Jesus, Maria e José são os membros desta Família, e através do seu exemplo podemos concluir que não existiu nem existirá, família mais santa, mais unida e mais exemplar na face da terra, desde que foi criada.

Esta celebração vem ajudar-nos a entender o que deve ser uma família, num tempo que atravessamos de crise, e crise essa que também chega ao seio da família comum. Estes valores de família têm vindo a ser combatidos nos últimos tempos através do aumento dos divórcios, dos abortos, dos chamados "casamentos homossexuais", etc... que tudo isto acaba por por ser legislado no sentido de se favorecer, aos olhos do mundo, esquecendo a Lei de Deus.

Concluo que é uma óptima altura para eu me espelhar (e convido o/a leitor/a a fazer o mesmo), na Sagrada Família de Nazaré e ver a sua submissão à vontade do próprio Deus.

"Nesta Família nós temos a presença do Filho de Deus feito Homem. No Evangelho de São Lucas (Lc. 2, 52) está dito que o Menino Jesus "crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens".

São palavras inspiradas pelo Espírito Santo e, portanto, verdadeiras. Elas nos ensinam que no Homem Deus ainda havia o que crescer. De qualquer natureza que fosse esse crescimento, era um crescimento da perfeição perfeitíssima para algo que era uma perfeição ainda mais perfeitíssima. Por outro lado, nessa Família temos também Nossa Senhora.

Se considerarmos tudo quanto Ela é, nós veremos n'Ela um tal acúmulo de perfeições criadas, que um Papa chegou a declarar: d'Ela se pode dizer tudo em matéria de elogio, desde que não se Lhe atribua a divindade.
Maria foi concebida sem pecado original e confirmada em graça logo a partir do primeiro instante do seu ser. Ela não podia pecar, não podia cair na mais leve falta, porque estava garantida por Deus contra isso.

Não tendo defeitos - isso é um aspeto importante desta consideração - também Nossa Senhora crescia constantemente em virtude. Ao lado do Menino Jesus e de Nossa Senhora estava São José convivendo com eles. É difícil elogiar qualquer homem, qualquer grandeza terrena, depois de considerar a grandeza de São José. O homem casto, virginal por excelência, descendente de Davi.

São Pedro Julião Eymard (cfr. "Extrait des écrits du P. Eymard", Desclée de Brouwer, Paris, 7ª ed., pp. 59-62), nos ensina que São José era o chefe da Casa de Davi. Ele era o pretendente legítimo ao trono de Israel. Ele tinha direito sobre o mesmo trono que fora ocupado e derrubado por falsos reis, enquanto Israel era dividido e, por fim, dominado pelos romanos."

texto retirado de www.arautos.org
imagens: internet

sábado, 15 de dezembro de 2012

perguntas e respostas sobre o Advento


perguntas e respostas sobre o Advento


O que significa Advento?
A palavra advento significa vinda, chegada. Este tempo litúrgico faz parte do ciclo do natal, porque nos prepara para celebrarmos o nascimento de Jesus.

Qual a origem do Advento?
As origens do Advento são incertas. Sabe-se que em várias regiões, entre os séculos IV e VII, já se celebrava o advento tanto em sentido escatológico quanto como preparação ao Natal. O Advento é um tempo litúrgico próprio do ocidente. Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, conservou-se ambos os caracteres de preparação para o Natal e de espera da segunda vinda de Cristo.

O que se celebra no Advento?
No Advento celebramos todo o mistério a vinda do Senhor na história até a sua conclusão. O Deus do Advento é o Deus da história, o Deus que veio para salvar a humanidade por meio de seu Filho Jesus Cristo, em quem se revela a face do Pai (Cf. Jo 14,9).

Como se estrutura a liturgia do Advento?
O Advento marca o início do Ano Litúrgico e começa quatro domingos antes do Natal. O Ano Litúrgico não começa sempre no mesmo dia, pelo fato do Natal ser sempre no dia 25 de dezembro e o Advento ter sempre quatro domingos. Este tempo litúrgico é formado de dois períodos: do primeiro domingo até o dia 16 de dezembro, a liturgia está voltada para o aspecto escatológico e procura-se orientar os fiéis para a vinda gloriosa de Cristo. Do dia 17 de dezembro ao dia 24, dá-se mais evidência à primeira vinda de Jesus, portanto, a litúrgia nos prepara mais diretamente para o natal. A seguir, elaboramos um pequeno quadro das leituras bíblicas dominicais para melhor compreendermos os temas que são refletidos a cada domingo.

·         Primeiro domingo: espera vigilante do Senhor e anúncio do seu retorno. Ano B: Mc 13, 33-37.
·    Segundo domingo: Entra em cena a figura de João Batista que nos convida à conversão, preparando os caminhos do Senhor. Ano B: Mc, 1, 1-8.
·         Terceiro domingo: João Batista dá testemunho de Jesus. As curas são sinais da presença de Jesus. É um tempo da fraternidade e da justiça.  Ano B: Jo 1, 6-8.19-28.
·         Quarto domingo: Anúncio do nascimento de Jesus a José, Maria e Isabel.

Quem são as figuras bíblicas do advento?

As figuras do advento, presente nas leituras bíblicas, são quatro: o profeta Isaías, João Batista, Maria e José.

·   Isaías: O profeta Isaías apresenta uma particularidade que o distingue dos outros profetas e também que é característica do advento. Nele se encontra sentimentos de esperança que confortou o povo eleito durante séculos difíceis e decisivos da sua história. Isaías é o profeta da esperança para o povo de Deus.

·        João Batista: Filho de Isabel e Zacarias, João Batista aparece antes mesmo do nascimento de Jesus. O anjo havia comunicado a Zacarias que ele e sua esposa Isabel teriam um filho, cujo nome era João, que significa, Deus é benigno. Somente mais tarde que João reaparece, desta vez no deserto, anunciando o Messias e convocando o povo ao batismo de conversão. Conhecido como precursor do Messias, isto é, aquele que tem a missão de preparar os caminhos do Senhor (Cf. Is 40,3), sinal de intervenção de Deus na vida do seu povo, oferecendo a todos o conhecimento da salvação (Cf. Lc 1, 77-78) e de apontar Cristo já presente no meio de seu povo (Jo 1, 29-34).

·             Maria: Esposa de José e mãe de Jesus. De modo particular, é dado um destaque à pessoa de Maria no Advento porque ela cooperou no mistério da redenção. O Advento não é um mês mariano, e sim um tempo litúrgico em que a Igreja celebra o mistério da vinda do Senhor. Maria é a fiel colaboradora de Deus no projeto da salvação. Jesus não foi concebido por um pai humano e sim por obra do Espírito Santo de Deus, como afirma os evangelhos de Marcos e Lucas. O anjo disse a Maria: “o Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do altíssimo vai te cobrir com sua sombra; por isso, o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus” (Cf. Lc, 1-35). A solenidade da Imaculada Conceição que celebramos no dia 8 de dezembro não é uma ruptura deste tempo litúrgico, mas é parte do mistério. Maria é cooperadora no projeto da redenção.

·        José: As sagradas Escrituras falam pouco de José. Seu nome é citado apenas nos evangelhos da infância de Jesus (Mateus e Lucas). Ele é da linhagem de Davi, o rei justo. Deus havia prometido ao rei Davi um descendente para ocupar o seu trono. Adotando Jesus como filho, José abre caminho para que Jesus seja considerado legítimo descendente da casa real, “filho de Davi” (Mt 1,1). José era um homem humilde, justo, de poucas palavras e exercia a profissão de carpinteiro (Cf. Mt 13,55). Ele aparece ao lado de Maria no nascimento e na apresentação de Jesus no templo. Conduz Maria e Jesus durante a fuga para o Egito e também está presente durante a perda e o encontro de Jesus no Templo.

Qual a cor litúrgica do Advento e o que significa?
Na liturgia, cada cor litúrgica tem a sua importância. No período do Advento usa-se a cor roxa. Ela está presente nos paramentos do presidente da celebração e na Mesa da Palavra (ambão). O roxo é sinal de conversão e penitência, pois este tempo litúrgico pede mudanças profundas para a vinda do Senhor. No terceiro domingo do Advento usa-se o rosa, e seu significado é a alegria. Alegria porque a vinda do Senhor está próxima e faz parte da preparação ao Natal.

O que é a coroa do Advento?
A coroa do Advento se tornou comum em nossa cultura e tem a finalidade de nos ajudar para a festa do Natal. A coroa não é de origem cristã. Ela teve origem em terras germânicas entre as famílias protestantes. A Alemanha e outras regiões da Europa são muito frias durante o período natalino. No Natal é inverno e as horas de sol são poucas, e as noites, longas. Sendo inverno, dá-se a impressão de que a natureza está morta. Por isso acendiam-se as velas, enfeitadas com ramos de pinho verde. A coroa do Advento nasceu nas casas, nas famílias, quando ainda não existia luz elétrica. Na Igreja são 4 velas enfeitadas, uma para cada domingo.

Como vivenciar a espiritualidade do Advento?
A espiritualidade do Advento deve ser descoberta e vivenciada a partir das palavras e gestos dos personagens deste tempo: o profeta Isaías, João Batista, Maria e José. O Advento celebra o Deus da esperança. João Batista nos chama à conversão a fim de prepararmos os caminhos do Senhor que vem.

Por que nas missas do Advento não se canta o glória?
O Glória é um hino de louvor a Deus, por Jesus Cristo, no Espírito Santo. A primeira parte do hino é tirada do louvor cantado pelos anjos na noite de Natal: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados” (Lc 2,14). O clima de esperança e de vigilância transborda de alegria na noite de Natal, no canto do Glória. Muitas comunidades, durante o canto deste hino, levam o menino Jesus até o presépio.

Imagens e texto: Internet

segunda-feira, 26 de novembro de 2012


“A pergunta no teste de religião era: “Que sucede depois da morte?”. A perplexidade do professor, sacerdote com experiência no ensino, devia-se a vários factores evidenciados nas respostas. Assim, percebia que os alunos não tinham prestado atenção ao que ensinara nas aulas: que estavam mais interessados no que sucedia ao corpo (biodegrada-se: mete-se num caixão que vai para a terra e, dez anos depois, a alma sai do corpo – foram algumas das respostas mais comuns) do que à alma.

Esta pergunta sobre o que acontece ao homem depois da morte é uma questão que toda a gente coloca desde que se apercebe desta realidade universal: vou morrer. É pois oportuno, no Ano da Fé, recordar o que Cristo, através da Igreja, ensinou sobre o nosso “e depois?”.

Imediatamente a seguir à morte da pessoa, a alma é julgada por Deus num juízo particular. Toda a vida é revista. Revelações particulares acrescentam que Nossa Senhora e o Anjo da Guarda estão presentes para a defender, assim como as almas do Purgatório e das pessoas que lhe estão agradecidas por, em vida, terem seguido os seus bons exemplos ou conselhos. Os santos (todos quantos já se encontram no Céu), aos quais recorreu em vida, também ali estão para a animar e acarinhar. Algo semelhante se pode dizer dos demónios e almas condenadas que estão para acusar.

Neste Juízo Particular fica decidido se a alma vai para o Céu ou para o Inferno, de acordo com as suas acções. Se for para o Céu, talvez necessite passar pelo Purgatório para se purificar dos seus pecados. Houve também revelações particulares acerca destas realidades, S. Paulo, por exemplo, fala-nos do Céu e os pastorinhos de Fátima viram o Purgatório e o Inferno.

No final do mundo, haverá um Juízo Universal. Será semelhante ao primeiro, mas mais completo, pois as acções humanas podem influenciar as gerações seguintes para o bem ou para o mal. Por exemplo: o que os pais ensinam aos filhos vai ter repercussões nos netos; os livros de um escritor podem ajudar a reflectir para o bem ou para o mal; as orações e sacrifícios de uma religiosa contemplativa podem ter ajudado na conversão de pessoas que, por sua vez, se tornaram apostolas.

Com o juízo final termina o Purgatório, e os corpos ressuscitam, participando assim da glória ou do sofrimento das almas. Há, pois, uma felicidade (ou infelicidade) maior, visto que corpo e alma participam da mesma vida, tal como sucede na terra. O homem é formado de corpo e espírito e a sua vocação é a santidade. É razoável que corpo e alma gozem dos bens que, graças à sua Fé e vontade, conseguiram alcançar: tal como os adolescentes que se empenham em estudar, mesmo com sacrifício de noitadas com amigos, e conseguem entrar na universidade, ou como os professores cuja fama se baseia nas boas notas dos seus alunos.

A estas realidades: morte, juízo, inferno e paraíso, é costume chamar-se novíssimos, por serem novidade para qualquer pessoa que morre. Embora nos expressemos com palavras e baseados nas realidades terrenas, tudo se passa a um nível “novíssimo” de sentidos e sentimentos.

O mês de Novembro dá-nos a oportunidade de concretizar a vivência da nossa Fé rezando, mortificando-nos e dando esmolas com a intenção de reduzir o tempo de purgatório de familiares e amigos, essas ligações de amor que não morrem com a morte.”

Isabel Vasco
Artigo retirado do jornal “O Mensageiro”
Imagem: Internet

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Culpado ou Inocente



Conta uma antiga lenda que, na Idade Média, um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor era uma pessoa influente do reino e, por isso, desde o primeiro momento procurou-se um "bode expiatório" para acobertar o verdadeiro assassino.
O homem foi levado a julgamento e seria condenado à forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história.
O juiz, que também estava comprado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que provasse sua inocência.
Disse o juiz:
- Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos de Deus. Vou escrever em um papel a palavra INOCENTE em outro, a palavra CULPADO. Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o seu veredicto. Deus decidirá seu destino, determinou o juiz.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu CULPADO, de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance do acusado se livrar da forca.
Não havia saída. Não havia alternativas para o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um deles.
O homem pensou alguns segundos, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou-o na boca e o engoliu.
Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.
- Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber qual o seu veredicto?
- É muito fácil, respondeu o homem, basta olhar o papel que sobrou e vocês saberão que acabei engolindo o contrário dele.
Imediatamente o homem foi libertado.


Mensagem:
Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar e de lutar até o último momento.
SEJA CRIATIVO! QUANDO TUDO PARECER PERDIDO, OUSE!



Bem-Aventuranças


Neste dia de 1 de Novembro, a liturgia apresenta-nos no Evangelho de S. Mateus [5, 1-12], o sermão da montanha, ou seja as Bem-aventuranças, que são a receita para que se possa atingir a santidade. Depois de pesquisar pela net este tema, encontrei esta homilia do P.e Bantu, da Comunidade Canção Nova que copiei para o meu blog e partilho convosco:


"O Sermão da Montanha, introduzido pela proclamação das bem-aventuranças, é o programa do Reino dos Céus já presente entre nós. Elas constituem as virtudes de Jesus. São, segundo Santo Agostinho, uma regra perfeita de vida cristã. Nas bem-aventuranças encontramos valores universais, que podem ser entendidos e acolhidos por todos. As bem-aventuranças são o caminho concreto para a transformação deste mundo em um mundo de fraternidade, justiça e paz.
Bem Aventurados os pobres de espírito (…). Os bens, desde que sejam adquiridos com justiça, devem ser possuídos e administrados em justiça. A ganância é contrária à pobreza de espírito. Deixemos que o Espírito nos dê um coração de pobre. Somos mendigos do Espírito.
Bem Aventurados os que choram (…). Vivamos numa experiência da misericórdia divina no nosso coração. Deixemos que Deus enxugue as nossas lágrimas e recebamos a sua consolação. Acreditemos que por maiores que sejam os nossos sofrimentos e dores, a Misericórdia divina superabunda tudo isso.
Bem Aventurados os mansos (…). Conhecemos que a mansidão, a paciência e a humildade são caminhos para a glória eterna. Sejamos mansos, puros e humildes.
Bem Aventurados os que têm fome e sede de justiça (…). A nossa fome e sede do espírito são de amor a Deus, que é justiça e de amor ao próximo. Desenvolvamos essa fome espiritual, que só a fé sacia.
Bem Aventurados os misericordiosos (…). A misericórdia é a força do nosso coração. Como a anunciamos aos irmãos?
Bem Aventurados os puros de coração (…). O nosso coração cresce em sinceridade e retidão para com os outros? Cultivamos um coração simples? Deixemos vivificar em nós, a experiência de que somos templos do Espírito Santo.
Bem Aventurados os pacíficos (…). Os nossos valores éticos constituem uma afirmação evangélica contra as normas de uma sociedade desprovida do Deus de Amor. A Paz esteja convosco: disse-nos Jesus. Assim, ela é um dom de Deus. Somos construtores da paz. Nunca se esqueça que a Paz se opõe as atitudes de guerra, de agressividade, de conflito e de autoritarismo.
Bem Aventurados os que sofrem perseguição (…). As perseguições, mentiras e ataques perseguem os discípulos de Jesus. Como ontem, assim hoje são perseguidos, às vezes até pela própria família. Você é perseguido? A explicação está aí. Por isso, aguente firme. Aceitemos tudo isso, para nos deixarmos morrer interiormente, afim de que Cristo ressuscite em nós. Que a partilha das Bem-Aventuranças contribua para uma vivência de vida cristã e de uma comunidade de amor. Deus te abençoe meu irmão, minha irmã, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém!"

Padre Bantu Mendonça K. Sayla
http://blog.cancaonova.com/homilia/2009/06/08/as-bem-aventurancas-mt-51-12/

1 de Novembro - Dia de Todos os Santos



Dia de Todos os Santos

Como o nome indica, o dia de Todos os Santos, a 1 de novembro, é a festa de “todos os santos” que a Igreja católica celebra. Embora não seja o dia dos fiéis defuntos, celebrado a 2 de novembro, como a festa de Todos os Santos é feriado, dá lugar à visita das famílias, de crisântemos em punho, aos cemitérios e às campas dos seus entes queridos.

O significado do dia de Todos os Santos
Todos os anos, a 1 de novembro, a Igreja católica honra todos os santos, conhecidos e desconhecidos. É um dia em que aproveita para recordar que a santidade não está “reservada a uma elite” e que todos os homens são chamados à santidade.

O 2 de novembro, comemoração de todos os defuntos
Na Idade Média, adquiriu-se o hábito de celebrar anualmente o dia de todos os defuntos. Sendo assim, depois de terem festejado todos os santos a 1 de novembro, dedicou-se o dia seguinte a todos os defuntos.

Distinguir o clima das duas festas
Nos edifícios católicos, as duas festas distinguem-se assim pela cor dos ornamentos. São brancos a 1 de novembro e de cor violeta a 2 de novembro.

Texto e Imagens: Internet



Aprofundar a fé


Depois de ler este artigo da revista "Audácia", do mês de Novembro de 2012, achei que o deveria partilhar com todos aqueles que lerem o meu blog.

APROFUNDAR A FÉ

"Estamos em novembro, mês em que recordámos os nossos antepassados que já faleceram, os «fiéis defuntos», e os santos, homens e mulheres que se distinguiram na vivência das virtudes cristãs e nos são apontados como exemplos de vida.
Os crentes acreditam que o mundo e as pessoas foram criadas por Deus e d'Ele dependem para a sua existência. O destino final de toda a Criação será o reencontro com esse mesmo Deus que a todos convida a entrar na sua morada divina.
Mas, até lá, há um «trabalho de casa» a fazer, e que consiste em realizar o projeto de Deus. O seu sonho é que cada criatura viva em harmonia consigo própria, com os outros, com a Natureza e com Ele.
A vida terrena ganha tanto mais sentido quando mais for vivida em solidariedade e partilha com o nosso próximo, que é aquele ou aquela  que se cruza connosco, que vive perto de nós, que até pode nem ser muito simpático para connosco. E é por isto que seremos avaliados no termo da nossa vida.
Os santos e as santas fizeram das suas vidas uma existência para os outros, não se preocupavam muito consigo próprios. É isto o que é ser santo. Já aqui na terra podemos ser santos e santas.

Estamos a viver o Ano da Fé que começou no mês passado. É uma iniciativa da Igreja Católica proposta pelo Papa Bento XVI, que quer que todos os cristãos vivam mais animados na sua fé e ajudem a reavivar a fé dos outros. O convite do Santo Padre é que os cristãos façam um esforço para aprofundar a sua fé, e a partilhem com os outros."

P.e António Carlos, missionário comboniano

terça-feira, 16 de outubro de 2012

E a minha fé?



E A MINHA FÉ?

Leitura Bíblica: 
(Lucas 8: 22-25)

Num daqueles dias Ele subiu com os Seus discípulos a uma barca. Disse-lhes: "Passemos à outra margem do lago." E eles partiram. Durante a travessia, Jesus adormeceu. Desabou então uma tempestade de vento sobre o lago. A barca enchia-se de água, e eles achavam-se em perigo. Aproximaram-se d'Ele então e despertaram-nO com este grito: "Mestre, Mestre! Nós vamos ao fundo!". Levantou-se Ele e ordenou aos ventos e à fúria da água que se acalmassem e logo veio a bonança. Perguntou-lhes, então: "Onde está a vossa fé?" Eles, cheios de respeito e de profunda admiração diziam uns aos outros: "Quem é este, a quem os ventos e o mar obedecem?".
Palavra da Salvação.
Glória a Vós, Senhor.



Meditação: Onde está a sua fé? (Lc 8:25).

   No texto que lemos Jesus revela seu poder sobre as tempestades e seu domínio sobre a natureza. Naquela situação, seus discípulos não sabiam o que fazer: estavam todos apavorados. Jesus tranquilamente passa-lhes calma e confiança, enfrentando e acalmando a tempestade. Jesus nos pergunta até hoje em meio às nossas provações onde está a nossa fé. Muitas vezes demonstramos o mesmo medo dos discípulos, e isso é normal. Se a presença visível de Jesus não os tranquilizou, não precisamos ter vergonha de nos assustar.

   O pavor dos discípulos foi tanto que acordaram Jesus, achando que morreriam. Não se trata de não ter medo de nada - cautela e prudência são boas e necessárias: não devemos tentar nosso Deus assumindo riscos irresponsáveis. Uma fé sadia é aquela que sempre confia na providência divina e é vencedora: não abandona o barco dos nossos problemas antes que a tempestade termine. Ela é feita de esperança e bom senso. É deixar Jesus agir em nossa vida da maneira dele e não da nossa, pois esta é enganosa e egoísta. Muitos não se contentam com essa fé e querem dar ordens ao Altíssimo.

   Uma fé linda e maravilhosa para Deus (e para insatisfação do diabo) é passarmos por batalhas espirituais e não desistirmos do caminho do Senhor. O Senhor Jesus tem o poder de nos livrar de todas as tempestades, pois ele é Deus. Os discípulos de Jesus demoraram para descobrir isso, tanto que perguntaram quem seria este a quem até os ventos e as ondas obedecem.

   A resposta é simples: É Deus! Quando estivermos passando por alguma tempestade da vida, temos de crer na providência de Jesus. Ele vê a nossa situação e fará o melhor para nós. Por isso faz muito sentido pedir-lhe a Deus: "Senhor, aumenta a minha fé e ensina-me a mantê-la sadia e perseverante - aquela fé salvadora que elimina de mim todas as dúvidas e medos sem fundamento.

Mais do acreditar, fé é confiar.

A Fé sem obras, é morta...



Muitos estudiosos da Bíblia encontram um irreconciliável conflito entre Paulo e Tiago acerca do que ensinaram sobre a fé e as obras. Paulo ensina que a salvação é recebida pela fé e não pelas obras (Ef 2.8,9). Tiago, por sua vez, ensina que sem obras a fé é morta (Tg 2.17). A grande pergunta é: Existe alguma contradição entre Paulo e Tiago? Estão esses dois escritores bíblicos em conflito? A fé exclui as obras ou as obras dispensam a fé? Precisamos entender que não há contradição nas Escrituras. Paulo e Tiago não estão batendo cabeça. Eles estão falando a mesma verdade, sob perspectivas diferentes. Paulo fala da causa da salvação e diz que somos salvos pela fé independente das obras. Tiago fala da consequência da salvação e diz que as obras é que provam a fé.
Tanto a fé como as obras são fundamentais quando se trata da salvação. A fé é a raiz e as obras são o fruto. A fé produz o fruto das obras e as obras procedem da seiva que vem da raiz. A fé é a causa e as obras o resultado. Não somos salvos por causa das obras, mas para as boas obras. Não praticamos boas obras para sermos salvos, mas porque já fomos salvos pela fé. As obras não nos levam para o céu, mas aqueles que vão para o céu, porque foram salvos pela fé, serão acompanhados por suas obras.
Tanto a fé como as obras procedem de Deus. A fé é dom de Deus. Não geramos a fé, recebemo-la. As obras que praticamos são inspiradas pelo próprio Deus, pois é ele quem opera em nós tanto o querer quanto o realizar. De tal forma que não há espaço para soberba por parte de quem crê nem por parte de quem realiza boas obras, pois tanto a fé como as obras vieram de Deus e devem ser direcionadas para Deus. Nossa fé deve estar em Deus e nossas obras devem ser feitas para a glória de Deus.
Deus mesmo planejou nossa salvação e ele mesmo a executa. Ele mesmo é quem abre nosso coração para crermos e ele mesmo nos dá poder para realizarmos as boas obras que atestam a autenticidade da fé. A fé prova nossa salvação diante de Deus e nossas obras diante dos homens. Deus vê a fé, os homens as obras. Fé e obras não se excluem, completam-se. A raiz sem frutos está morta; o fruto sem a raiz inexiste.
Aqueles que defendem a salvação pela fé sem a evidência das obras laboram em erro. De igual forma, aqueles que julgam alcançar a salvação pelas obras sem a fé. É preciso afirmar com meridiana clareza que a salvação é só pela fé e não pela fé mais o concurso das obras. Porém, a fé salvadora nunca vem só. A fé salvadora produz obras. Não provamos nossa salvação pela fé sem as obras, mas pela fé mediante as obras. As obras não são a causa da salvação, mas sua evidência.
Concluímos, afirmando que não há qualquer conflito entre Paulo e Tiago. Não há qualquer contradição entre fé e obras. Não podemos confundir causa e efeito. Toda causa tem um efeito e todo efeito é produzido por uma causa. As obras não substituem a fé nem a fé pode vir desacompanhada das obras. Fé e obras caminham de mãos dadas. Não estão em lados opostos, mas são parceiras. Ambas têm o mesmo objetivo, glorificar a Deus pela salvação. Somos salvos pela fé e somos salvos para as obras. Recebemos fé e fomos preparados de antemão para as obras. Não há merecimento na fé nem nas obras. Ambas vem de Deus. Ambas devem glorificar a Deus. Ambas estão conectadas com nossa salvação. A fé nos leva a Cristo e as obras nos levam ao próximo. A fé nos coloca de joelhos diante de Deus em adoração e as obras nos coloca de pé diante dos homens em serviço. Somos salvos pela fé para adorarmos a Deus e somos salvos para as obras para servirmos ao próximo.

Autor: Hernandes Dias Lopes ©2011. Todos os direitos reservados.
Copyright: Hernandes Dias Lopes.

Ano da Fé




O que é o Ano da Fé?

Bento XVI convocou para um tempo especial, no qual os cristãos meditem sobre a fé, como um dom e um exercício pessoal e comunitário para o conhecimento de Deus.
Embora, Deus é alcançável pela razão humana até certo ponto, a razão humana se totaliza na fé que se tem sobre as realidades que Deus mesmo revela de si. Isto é, a razão humana pode entender a Deus, mas se não for guiada pelos ensinamentos que Deus mesmo dá, se perderia, não seria total ou ótima. A fé seria, então, a aceitação das realidades sobre as que não temos uma certeza sensitiva, mas sim por uma racionalidade, pois a razão sem fé é cega e a fé sem a razão é oca.

É por isso que Bento XVI convoca-nos a um tempo especial de graça para refletir sobre a aceitação voluntária e sensata que fazemos sobre os ensinamentos dados pela Revelação de Deus em Jesus, nosso Senhor.

O papa definiu o ano da fé como “um convite a uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. Deus, no mistério de sua morte e ressurreição, revelou em plenitude o Amor que salva e chama aos homens à conversão de vida mediante a remissão dos pecados” (Porta Fidei, 6).

Principais Objetivos
Que a fé seja professada de modo contundente e em público: nas catedrais, paróquias, comunidades religiosas e nas famílias.
Que o testemunho da fé pelas ações de caridade aumente e brilhe no mundo. Isto é, vivamos como verdadeiros cristãos que a fé professada seja a fé de ações.
Que este ano suscite em todo aquele que crê a aspiração para confessar a fé com plenitude e convicção renovada, com confiança e esperança. Intensifiquemos as ações litúrgicas, particularmente a Eucaristia, do qual se alimenta a fé. De modo semelhante, o testemunho da ação deve intensificar-se.
Que a reflexão sobre a nossa fé intensifique a relação entre a individualidade e a vida comunitária. A mesma profissão que é um ato pessoal e, ao mesmo tempo, comunitário. Na crença da comunidade cristã cada um recebe o batismo, sinal eficaz da entrada do povo dos crentes para alcançar a salvação.
Que haja uma profunda concordância voluntária e razoável aos ensinamentos recebidos por meio da Igreja. É necessário conhecer os conteúdos da fé e aceita-los plenamente com a inteligência e a vontade. O conhecimento da fé introduz na totalidade do mistério salvífico revelado por Deus. Quando se crê, se aceita livremente o dom da fé.

Em Hebreus, no capítulo 11, versículo 1 lemos que...


A fé verdadeira é a obediência confiante à palavra de Deus apesar de circunstâncias ou consequências. A fé é descrita de uma forma dupla. É “a certeza daquilo que esperamos” e “a prova das coisas que não vemos.” A fé é onde as promessas e o trabalho do Deus são feitos verdadeiros aos Seus remidos e é vital ao cristão.

Efésios 2:8-9, somos salvos pela fé.
Romanos 1:17, nós vivemos pela fé.
Romanos 4:13, recebemos a justificação pela fé.
Romanos 5:1, somos justificados em Cristo pela fé
Romanos 5:2, temos acesso a graça de Deus pela fé.
2 Coríntios 1:24, nos mantemos firmes em nossa crença pela fé.
Gálatas 3:14, recebemos a promessa do Espírito pela fé.
1 Timóteo 1:4, nós fazemos o trabalho de Deus pela fé.
Gálatas 5:5, aguardamos o retorno de Cristo pela fé.

Segundo o dicionário Americano Webster a fé e descrita como: “uma crença inquestionável que não necessita de prova ou evidência.”

A fé é um dever fundamental para todo crente: “Perguntaram-lhe então: Que devemos fazer para obedecer à vontade de Deus? Jesus respondeu, e lhes disse: A vontade de Deus é que creiam naquele que ele enviou.” - João 6:28-29

A fé é uma arma defensiva na guerra espiritual: “Além disso, usem o escudo da fé, com o qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno.” - Efésios 6:16

A fé é fundamental na oração: “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedido. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento.” – Tiago 1: 5-6

Deus planejou uma maneira de distinguir entre aqueles que pertencem a Ele e aqueles que não, e se chama fé. Simplesmente, precisamos ter fé para agradar a Deus. Deus nos diz que agradamos a Ele se nós acreditamos Nele, embora não possamos vê-Lo. A fé é um elemento indispensável para agradar a Deus. Hebreus 11:6 nos diz que “Ele recompensa aqueles que o buscam.” Isso não quer dizer que temos fé em Deus apenas para obter algo Dele. No entanto, Deus ama e abençoa aqueles que são obedientes e fiéis. Vemos um exemplo perfeito em (Lucas 7:50). Jesus está empenhado em diálogo com uma mulher pecadora, quando Ele nos dá um vislumbre da razão pela qual a fé é muito gratificante. “A tua fé te salvou, vai em paz.” A mulher acreditou em Jesus Cristo, pela fé, e Ele a recompensou por isso.

Finalmente, a fé é o que nos sustenta até o fim, sabendo pela fé que vamos estar no céu com Deus por toda a eternidade. “Mesmo não o tendo visto, vocês o amam; e apesar de não o verem agora, crêem nele e exultam com alegria indizível e gloriosa, pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas.”- 1 Pedro 1:8-9.

A fé é de vital importância na vida do cristão. É pela fé que você está salvo, você é justificado; limpo, e esta ansiosos para o retorno de Jesus. Pela fé é como você agrada a Deus, admite sua dependência Dele e busca continuamente a confiar Nele e Sua graça.

A Fé




Depois de se ter oficialmente dado início ao novo Ano Pastoral, intitulado Ano da Fé, fiz algumas pesquisas e encontrei sobre a Fé alguns apontamentos, dignos de registo e que merecem ser partilhados. No fim desta postagem estarão os devidos créditos a quem publicou ou escreveu este artigo.


"A fé necessária para começar a ter um bom relacionamento com Deus e fé verdadeira que é preciso para começar um relacionamento pessoal e íntimo com Deus é:

  • 1. Acreditar que Deus existe, e que Ele é o criador de todas as coisas. Sem fé é impossível agradar a Deus e a fé é razoável, porque existam muitas provas da existência de Deus.
  • 2. Acreditar que a Bíblia é a palavra de Deus e tem autoridade final em todos os assuntos de doutrina e fé.
  • 3. Acreditar nas verdades bíblicas acerca de Jesus Cristo, Deus, de si próprio, do mundo, e da salvação. Isto implica compreensão do ensino da Bíblia sobre determinados assuntos porque fé tem de estar baseada na Palavra de Deus.
  • 4. Não é só crer certas coisas, mas sim, e um elemento activo de confiar pessoalmente na pessoa de Jesus, ou seja, crer na fidelidade, no poder e na Sua capacidade para lhe perdoar, cuidar e amar.
  • 5. Acreditar que Jesus, sendo Deus em forma humana, morreu para pagar pelos pecados da humanidade e que através do Seu sangue podemos receber perdão dos nossos pecados (salvação) e o dom do Seu Espírito Santo.
  • 6. A fé para a salvação está baseada em Jesus e não na igreja, nem nos sacramentos. Temos que confiar totalmente em Jesus e naquilo que Ele tem feito por nós na cruz.
  • 7. Temos que acreditar que Jesus nos aceita tal e qual como somos por causa do seu sacrifício no nosso lugar e que não podemos fazer nada para ganhar mérito e obter salvação pelas nossas próprias obras. Salvação é um dom de Deus e é preciso recebê-la pela fé.




A vida da fé:
Uma vez que tenhamos recebido o dom de salvação pela fé, temos que andar diariamente nesta mesma fé.

A fé começa com uma expectativa de que tudo de que Deus fala se vai cumprir. Quando temos a firme expectativa sobre o que Deus fala na Bíblia sobre o nosso destino futuro e o futuro deste mundo, podemos começar a ter fé nas coisas mais pequenas. Se não temos fé nas coisas espirituais que a Bíblia nos ensina, vai ser difícil ter fé no dia-a-dia.

A fé vê o invisível, sendo consciente da realidade espiritual à nossa volta. Quando deixamos de crer no invisível, a nossa esperança morre. A base de fé é os dois ingredientes da esperança e a consciência espiritual.

A fé não é um optimismo ingenuo que não olha à realidade. Temos de olhar para os problemas mas ao mesmo tempo temos de aprender a entregá-los nas mãos de Deus e confiar que Ele os resolverá. Fé foca a nossa atenção em Deus, que tudo pode.

Não é presunção, isto é pegar num princípio geral e aplicá-lo a qualquer situação, como por exemplo, deixar de tomar medicamentos porque queremos ser curado por Deus. A pessoa presunçosa tenta exigir que Deus faça aquilo que ela quer, em vez de procurar ouvir a Sua palavra específica para a situação em causa.

A nossa fé não pode crescer se não ouvimos a Palavra de Deus. Romanos 10.17 diz: ‘De sorte que a fé vem pelo ouvir e a ouvir pela palavra de Deus.’

A fé envolve confiança em Deus em vez de racionalizar os problemas com as nossas próprias mentes ou de tentar compreender como a fé funciona.

Deus prova a nossa fé para ver se é genuína e sincera, e se os nossos motivos sãos bons.

A fé é prática porque resulta. Deus recompensa a fé verdadeira que é activa e dinâmica. Não desistamos em oração até que recebamos o que pedimos.

Impedimentos da fé:
  • 1. Amigos incrédulos que provocam medo a fim de paralisar o crente.
  • 2. Circunstâncias desencorajadoras.
  • 3. Frieza ou falta de simpatia na igreja.
  • 4. Zombadores.
  • 5. Demora divina ou medo que Deus não vai responder ao nosso pedido.
  • 6. Teimosia em não obedecer a Deus.
  • 7. Uma mente analítica demais.
  • 8. Uma personalidade que preocupa demais
  • 9. Prestar atenção às mentiras do diabo.
  • 10. Negligência em leitura Bíblica e oração.
  • 11. Desilusão, magoas, ou falta de perdão.
  • 12. Opressão do diabo.
  • 13. Focando obcecadamente em nossos problemas.


Coisas que aumentam a fé:

  • 1. Leitura (e até decorar versículos) da Bíblia diariamente.
  • 2. Oração activa a Deus.
  • 3. A certeza que Deus o ama.
  • 4. Lembrando experiências passadas de quando Deus tem respondido a sua fé.
  • 5.Testemunhos dos outros de respostas à oração.
  • 6. Ambiente positiva de fé na igreja.
  • 7. Louvor através de cânticos que focam na majestade, grandeza, misericórdia, amor e graça de Deus."

Imagem: Internet

domingo, 30 de setembro de 2012

A Ti, meu Pai, me abandono




"A Ti, meu Pai, me abandono"

De 31 de Julho a 5 de Agosto, frei Inácio Larrañaga, o “Profeta da Oração”, orientou em Fátima um Retiro «Experiência de Deus». Participaram umas 430 pessoas, na maioria leigos das “Oficinas de Oração e Vida”. Várias religiosas. Sacerdotes, apenas 3. Representadas todas as Dioceses de Portugal, tendo vindo também alguns participantes da Espanha, da França e do Brasil.

Talvez pela última vez, tivemos o frei Inácio em Portugal. Aos 83 anos, este carismático capuchinho navarro, pensa interromper esta sua actividade pelo mundo dentro de uns dois anos.

Frei Inácio Larrañaga é um capuchinho sacerdote, nascido em Loiola e com residência em Santiago do Chile, mas calcorreando várias dezenas de países, levado da sua paixão por Cristo e pelos irmãos. Poeta, músico, escritor, místico, contemplativo… Em 1974 lançou-se na missão de promover os encontros da “Experiência de Deus”, aprofundando a graça e a arte de orar. Ainda na década de 70 orientou várias semanas em Portugal, algumas com a presença de 700 participantes. Em 1984, fundou as “Oficinas de Oração e Vida”, aprovadas em 1997 pela Santa Sé e presentes em mais de 50 países. Como serviço eclesial e apostólico, promovem a vida de comunhão com Deus, valorizando a sua Palavra na Bíblia e procurando o encanto por uma vida pacificada.

Alguns dos 17 livros de frei Inácio atingem as 500 edições, como «O Silêncio de Maria”, ou 200, como «Mostra-me Teu Rosto”.

Nos anos 70, vivia eu a apaixonante aventura eclesial dos Cursos do “Movimento por um Mundo Melhor”. Não usufruí, na altura, da “Experiência de Deus”, com o frei Larrañaga. O Pai, na sua bondade e sabedoria, tinha reservado esta semana de 2011 para que eu pudesse mergulhar neste Oceano de Silêncio, de Oração e Paz. A viver há uns tempos uma dura experiência de falta de visão, bem preciso de quem me ajude a abrir os olhos do coração. Para ver o Invisível. Para não tropeçar nas trevas da angústia e do desespero, enfrentando com serenidade a tempestade e as ondas e os ventos contrários…

São intensos os dias de Retiro. Pelos objectivos, muito ambiciosos – a “experiência de Deus”. Mas também pelo horário: das 7 da manhã, com a Oração sálmica, até pelas 11 da noite, conclusão da Eucaristia.

Destaco apenas uma das muitas dimensões saboreadas neste Encontro: a riqueza da reflexão e oração a partir dos Salmos. Cada manhã, o frei Inácio propõe-nos um salmo para a oração pessoal: uns quarenta e cinco minutos de reflexão, orientada por ele mesmo, embrenhando-se em perspectivas bíblicas, teológicas, existenciais, psicológicas; e outro tanto tempo de mergulho pessoal nesse Deus vivo e verdadeiro com que o salmista nos brinda. Só se sabe aquilo que vive. Busquemos o rosto de Deus, e tudo o mais se nos dará por acréscimo.

Assim, na manhã de segunda-feira, um delicioso aperitivo: o Salmo 63 – a sede do Deus vivo, único absoluto da nossa vida; na terça-feira, o Salmo 27 – a confiança inabalável no Deus-connosco, melodia que percorre toda a Bíblia; na quarta-feira, o Salmo 31 – o abandono filial nas mãos do Pai, banhando-nos no mar das bem-aventuranças dos abraços e ternuras do Pai; na quinta-feira, o Salmo 51 – a experiência pessoal da grande misericórdia do Pai, libertos de complexos de culpa; finalmente, o Salmo 139 – a mais perfeita oração de contemplação, envolvidos por Deus, por dentro e por fora.

Intenso foi o meu encontro e confronto com o Salmo 31. Para cada um dos momentos de reflexão ou celebração do Retiro, desloquei-me a pé ao Seminário do Verbo Divino. Quinze minutos. Passo apressado. Chegando a totalizar três horas de caminhada por dia. O caminhar, sabendo-se acompanhado pelo Jesus de Emaús, escutando a sua Palavra e sentindo a sua presença de Ressuscitado, de pés descalços e túnica branca, provoca em nosso coração um fogo que nos queima por dentro. E brota a festa e a alegria e a música. E a libertação. Tanto mais forte e profunda, quanto maior for a entrega nos braços do Pai. Desta vivência itinerante brotou uma nova “versão” para o Salmo 31 que, em forma de testemunho, partilhei na Eucaristia de quinta-feira à noite: “A Ti, meu Pai, me abandono”. Retirado agora do ficheiro “Cânticos no forno”, entrego-o aos irmãos e irmãs como gratidão pelo acolhimento carinhoso e oração solidária.

Continuemos na busca do rosto do Senhor. Atirando-nos para os seus braços de Abbá. Buscá-lo é encontrá-lo, segundo o testemunho experiencial de Santo Agostinho. Enchamos o nosso coração do Senhor e do seu Evangelho! Assim, como Francisco de Assis, com os olhos e o coração cheios do Altíssimo e Bom Senhor, poderemos encontrá-lo nos irmãos e nos peixes, nas flores e nas galáxias, nos regatos e nos oceanos, nos rouxinóis e nos lobos…

escrito por Acílio Mendes


terça-feira, 25 de setembro de 2012

Claridade



Senhor,
mais uma vez estamos a viver
uma profunda intimidade.
Cada um de nós viu a sua vida
maravilhosamente invadida pela Tua vida.
Vivemos agora
a aventura da Tua vida na nossa existência, 
da Tua força na nossa fraqueza,
do Teu vigor na nossa debilidade.
A Tua luz penetrou nos caminhos do meu ser.
Tu és a luz da minha caminhada.
Tenho a certeza, Senhor, tenho a certeza
de que somente na Tua luz
poderei construir jubilosamente a minha vida.
Sei que Tu vives na luz
e quiseste-nos dar um pouco dessa luz.

Mas, infelizmente,
pela nossa parte tudo são trevas.
Senhor, os homens parecem gostar 
de caminhar nas trevas.
Parecem gostar de andar às cegas,
de olhos vendados. Não querem ver.
Este é também o meu pecado:
muitas vezes não quero ver.
Tenho medo que, ao examinar a minha vida,
me veja obrigado a mudar.
Eu Te suplico, Senhor, abre os meus olhos!
Neste momento de sinceridade, tenho a certeza, 
Senhor, tenho a certeza de que quero ver.
Deixe que a Tua luz penetre agora
nas trevas da minha vida.
Luz, Claridade, Resplendor. Luz que cega.
Claridade transparente. Clarão iluminante!
Eu quero ver, Senhor, eu quero ver! Ámen.
(frei Ignacio Larrañaga)


domingo, 9 de setembro de 2012

Vai valer a pena



O sentido do vídeo é tentar entender o sofrimento de Deus ao ver seu Filho Jesus morrer pra perdoar nossos pecados! Qual seria a nossa decisão, será que faríamos isso por quem não merece?