terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Senhor, ajuda-me a ser sinal...



Senhor, tenho de dizer-Te nesta manhã:
Sinto, muitas vezes, que as pessoas esperam de mim
algo que não lhes posso ou consigo dar.

Esperam carinho, e eu tendo a fechar-me a mim mesmo,
como se o mundo rodasse todo à minha volta.

Esperam uma palavra verdadeira, esclarecedora,
e eu não tenho coragem para dizer aquilo que deveria dizer.

Esperam gestos e palavras de esperança,
e eu não sou capaz de os dar, ajudando a ler a vida
com os sinais e a força do Teu amor.

Esperam, talvez, um silêncio de acolhimento,
e eu não encontro em mim a disponibilidade de quem sabe ouvir.

Senhor, ajuda-me a ser um sinal, simples mas transparente,
do Teu amor.

(Autor: José Eduardo Borges de Pinho)
do livro: Acordar com Deus.

Orações que podemos fazer para o Novo Ano...



Oração para vitórias e alegrias

A luz de Deus ilumina o meu caminho e é decisão de minha mente que a felicidade, abundância e prosperidade sejam manifestas em tudo o que eu faça agora. Desta forma eu sou luz, e esta luz que vem de dentro de minha alma se espalha por todos os cantos, abençoando a todos os que se aproximam de mim.

Eu tenho o poder de transformar a minha vida e uso esse poder de forma produtiva e amorosa. Ouço o canto dos vendavais, mas me mantenho em paz, pois eu sei que estou protegido (a) pelo amor e pela paz de Deus que me conduz entre todos os meus desafios, me guiando e ensinando o que  preciso saber para vencer.

Senhor Deus, Pai de bondade, Senhor da história, do tempo e da eternidade. Mais um ano chega ao fim e às portas do novo as oportunidades e sonhos se renovam.

A vida é sempre feita de escolhas e possibilidades, e são justamente elas que nos fazem acreditar que o amanhã que está por vir será melhor do que o ontem que passou.

Te agradeço Senhor por tudo o que tens feito por mim, pela água, pelo ar, pela luz, pelos dons, pela vida, pelos meus, enfim, por tudo. Agradecer é reconhecer que tudo vem de Vós e a Ti devemos nossa acção de graças.

Ano novo, nova vida, novos sonhos, novos projectos, novas expectativas. Renova Senhor em mim o dom da fé, da esperança e da caridade. Faz com que eu veja em cada dia do ano que está por vir uma oportunidade de ser melhor, de mudar, de ajudar, de crescer. Faz Senhor com que eu busque mais amar, que eu busque mais me colocar na Tua presença e só assim poder concretizar tudo aquilo que desejo no fim deste ano.

Enfim Senhor, olha por todos aqueles que me destes e que me são tão caros, olha por aqueles que nos ajudam, olha por aqueles que estão do meu lado, aqueles que olham por mim e que pedem simplesmente que eu reze por eles. Todos eles, Senhor, são dons que colocastes no meu caminho e aos quais agradeço imensamente. Sobre eles, sobre mim e sobre o ano novo te peço Senhor, derrama suas bênçãos hoje e sempre.

Amém!

retirado do site: http://vidaeestilo.terra.com.br/
imagem: internet

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natal com a Família de Jesus

Caros leitores, há dias recebi um pequeno jornal religioso, e achei um artigo muito interessante sobre este tempo que estamos a viver, o Natal. Convido-vos a ler...

Ao contrário do que muitos de nós pensamos, a quadra natalícia não é um tempo festivo e alegre para toda a gente. Há mesmo quem "deteste" o Natal, por causa da profunda tristeza e sofrimento que a ele associam. As crianças, em geral, adoram o Natal, mas os pais já nem tanto, obrigados que estão ao stress das compras e dos compromissos a que a quadra obriga. Os avós anseiam pela chegada desses dias em que recebem mais calor e carinho com a presença de seus filhos e netos, mas quantos idosos não passam esses dias no mais profundo sofrimento da solidão e abandono! Os comerciantes esperam todo o ano por esta época em que as ruas se iluminam para vender melhor os seus produtos, mas os trabalhadores que têm de fazer horas extras e trabalhar até no dia de Natal já não sentem o mesmo entusiasmo. Dizemos muitas vezes que o Natal é a festa da família. Mas quantas famílias neste Natal não encontram motivos para o celebrar festivamente! Mas o Natal é para todos estes: para os que celebram jubilosamente e para os que "detestam a quadra natalícia" ou simplesmente não têm motivos nem meios para abrir champanhe. Podemos mesmo afirmar que o Natal de Jesus é sobretudo para estes últimos. Jesus veio, de facto, para estar do lado deles, ou melhor, no meio deles. No coração dos que estão sós, dos que se vêm abandonados, dos que não têm lugar na festa, dos que são tratados "abaixo de cão" ou pior que animais que, felizmente, já vão tendo quem os defenda. Por isso, ao contrário do Pai Natal que vem visitar-nos, como um turista vinda da Lapónia ou de parte nenhuma, apenas uma vez por ano e logo se vai embora, Jesus veio para ficar connosco todos os dias e para sempre. E não quer entrar pela chaminé ou por outra via menos digna, mas pelo coração de cada um. Ele quer habitar no coração de cada família e ocupar o berço de cada lar. Porque para isso Ele veio: para os pais que se levantam todos os dias para trabalhar pelo futuro dos seus meninos, mas também 
para os pais desempregados ou casais que gostavam de ter filhos mas não podem. 

Ele veio para todos aqueles que têm doentes ao seu cuidado, muitas vezes sem ajudas nem apoios. Ele nasceu numa manjedoura para nos lembrar que os "sem abrigo" ou sem lar também são filhos de Deus. 
Não quis nascer num palácio, mas quis ter uma família para nos ensinar que tudo começa aí e é desde o berço familiar que todos devemos crescer em sabedoria e graça. Ele quis ser educado por Maria e José, para que os pais aprendam a educar os filhos respeitando a sua vocação e vontade de Deus para seus filhos. Quis, finalmente, manifestar-se aos pastores e aos Magos, para nos ensinar que para Ele não há distinção de pobres ou ricos, pretos ou brancos, nobres ou plebeus: todos formamos a grande família de Deus. Sim, 
Natal é festa da família, mas não enquanto folclore consumista ou estação sentimentalista de afetos passageiros.

Só o é ou será se for a celebração do amor e amizade provados; de partilha com os mais necessitados, do acolhimento dos que estão à margem, de reconciliação com os que andam distantes e de comunhão de sentimentos genuínos demonstrados. Por isso, será Natal se todos nos empenharmos para que as famílias possam continuar a sê-lo; se os pais se dispuserem a acolher os que estão para nascer ou já nasceram; se as crianças encontrarem um regaço onde sorrir ou uma rua onde brincar; se os avós não forem abandonados 
em casa ou nos hospitais; se os filhos não esquecerem os seus pais, se os "lares de idosos" forem realmente um lar, e se os governos não destruírem a família com leis inspiradas em Herodes.

Sim, poderemos todos aprender com a família de Belém e de Nazaré: Tomando Jesus, Maria e José como modelo a imitar, como se a sua vida fosse o nosso "trabalho de casa". Um "trabalho" tantas vezes sofrido, como sofrida foi a vida de José, Maria e sobretudo a de Jesus. Que neste Natal a família de Nazaré entre em nossa casa para que nós entremos também na casa de Nazaré e aprendamos a amar como Jesus amou, pensar como Jesus pensou e a viver como Jesus viveu. 
UM SANTO NATAL PARA TODOS!"

(Frei Isidro Pereira Lamelas, ofm)

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Frei Ignácio Larrañaga (4 de Maio de 1928 - 28 de Outubro de 2013)


Faz um mês que partiu para a Casa do Pai (como tantas vezes o afirmou nas suas mensagens), o padre Ignácio Larrañaga, ou melhor Frei Ignácio, pertencente à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos (OFMCap). Nasceu em Loyola, Azpeitia (Espanha) e terminou a vida terrena na madrugada de 28 de Outubro de 2013, em Guadalajara (México). Tive a graça de me encontrar com ele por duas ocasiões e digo que valeu a pena, onde testemunho também aqui neste blog que ele era uma pessoa como as outras, mas diferente das outras... Havia nele um "não sei o quê" que me ajudou a ver Deus de uma outra forma...
Agradeço a Deus por ter colocado na minha vida esta pessoa maravilhosa, que me marcou de uma maneira fantástica, e também fica aqui um agradecimento ao frei Ignácio, pois através dos seus ensinamentos, pude redescobrir o caminho que me leva a Deus. Partiu o corpo terreno, mas ficou entre nós um grande tesouro que ele nos deixou, através dos seus livros, mensagens e o grande amor do frei Ignácio: as Oficinas de Oração e Vida. Em seguida publico uma breve síntese deste grande (espiritualmente, falando) homem de Deus, que busquei na wikipedia e no final publico uma foto tirada em 15 de Agosto de 2013, em Fátima, Portugal. Obrigado, frei Ignácio. 


História de Vida
Ordenou-se sacerdote em 1952. Vivendo na América do Sul, colaborou com a fundação do Centro de Estudos Franciscanos.
Tendo começado a escrever aos 45 anos, o "Profeta da Oração", é conhecido em todo o mundo como o criador dos Encontros de Experiência de Deus, apostolado ministrado em trinta e três países, três continentes, que se estendeu por aproximadamente trinta anos.
Em 1984 fundou as Oficinas de Oração e Vida, serviço eclesial difundido em mais de quarenta países. Nos últimos anos, desenvolveu uma actividade evangelizadora específica, destinada a grandes massas, em teatros, ginásios e estádios.
Escreveu 16 livros. Até 2007, pelo menos, residia em Santiago. Naquele ano, comemorou 55 anos de sacerdócio. Há mais de 35 anos percorre o Mundo evangelizando e animando comunidades.
É conhecido um dos autores de maior difusão na literatura religiosa e de auto-ajuda.
Faleceu na madrugada do dia 28 de Outubro de 2013.

Despertar da Vocação
Próximo de seus 32 anos, sentia desgosto e sofria de insónia. Um dia, ao observar as estrelas do céu, pela janela do quarto, tudo mudou: Ignácio conseguiu alegria, paz, fortaleza e muitas lágrimas (certamente, de emoção). Então ele aprofundou a reflexão: tinha se dado algo instantâneo, desproporcional à sua preparação, e que, segundo sua percepção sensorial, não seria um produto das faculdades psicológicas .
Segundo Larrañaga, aquela experiência deu-se de fora para dentro, infundindo-se ou invadindo, foi repentina, vivíssima e marcante, que não mais se repetiu; uma daquelas experiências que acontecem uma única vez, e nos influenciam durante toda a vida, até a morte. A partir dela alterou-se a visão de mundo de Ignácio, e seus projectos de vida. Ele considera que tudo que fez desde então, já perto dos 40 anos de idade, foi sob influência daquela experiência.

Espiritualidade de Frei Ignacio
Em grande parte a espiritualidade de Frei Ignácio pode ser conhecida através das Oficinas de Oração e Vida. São palavras dele:
"Uma oração de profundidade é a solução para todos os problemas da vida. São caminhos para a serenidade e para a paz, que são bens supremos da vida".
"Vivemos numa sociedade dispersiva. Quem se encontra disperso apresenta muitas dificuldades em orar. As pessoas que querem chegar a Deus procuram o silêncio. Os lugares barulhentos da nossa sociedade não ajudam ao encontro e ter uma relação de amizade com Deus".
"A oração é o fundamento. É aquilo que torna Deus presente em mim"
"A luta consiste em que eu seja semelhante a Jesus, na bondade, no amor, na paciência"
"Se soubéssemos compreender, não faria falta perdoar"


Bíblia Sagrada Católica - 12º mês (finalizada)

Apresento a última tabela para a leitura da Bíblia Sagrada Católica em 366 dias (estando incluído o dia 29 de Fevereiro). Na tabela poderá verificar que falta mencionar alguns livros, mas devido ao facto de terem poucos versículos, acabam por se achar entre a leitura inicial e final de cada dia. Exemplos:
Dia 19: estão as cartas (epístolas) que S. Paulo escreveu a Tito e a Filémon.
Dia 25: está também inserida a 2ª carta de S. Pedro
Dia 27: está inserida a carta de S. Judas Tadeu, mesmo antes do livro que finaliza este ano de leitura: o Apocalipse.





segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Saudação à Virgem


Saúdo-te, senhora santa,
rainha santíssima,
Mãe de Deus, Maria,
que permaneces virgem para sempre,
eleita pelo santíssimo Pai celeste
e por Ele consagrada,
com o santíssimo Filho dilecto
e com o Espírito Santo Paráclito.
Tu em quem esteve e está
a plenitude da graça
e de todo o bem,
Saúdo-te, palácio do Eterno.
Saúdo-te, tenda do Altíssimo.
Saúdo-te, casa do Pai.
Saúdo-te, véu do Paraíso.
Saúdo-te, serva do Senhor.
Saúdo-te, Mãe de Deus.
E saúdo-vos a todas, virtudes santas,
que por graça e luz do Espírito Santo
sois infundidas nos corações dos fiéis,
a fim de converter os infiéis,
em fiéis a Deus.

do livro Louvado sejas meu Senhor - orações de São Francisco
imagem: internet

Entrego-Te a minha vida



Senhor, entrego-Te a minha vida.
Anota no teu livro a minha vida errante (Sl 56, 9).

Os meus inimigos falam de mim,
uniram-se para me perder (Sl 71, 10):
Pagam-me o bem com o mal,
e pagam com ódio 
a amizade que lhes tenho (Sl 109, 5).

Em troca da minha amizade
acusam-me,
e eu continuo orando (Sl 109, 4).

Meu Pai santo,
que és o Rei do céu e da terra,
não fiques longe,
que a angústia está perto,
e não há ninguém para me socorrer
(Jo 17, 11; Mt 11, 25; Sl 22, 12).

Meus inimigos recuarão
quando eu Te invocar,
e assim eu saberei
que Tu és o meu Deus (Sl 56, 10).

Os amigos e companheiros
afastaram-se
de mim e os meus familiares ficam
à distância (Sl 38, 12):

Tu afastaste de mim
os meus conhecidos,
e tornaste-me repugnante para eles:
estou fechado, não posso saír,
e os meus olhos turvam-se
no meio da aflição (Sl 88, 9-10).

Pai santo, 
não fiques longe de mim!
Força minha,
vem socorrer-me depressa! (Sl 22, 20).

Vem socorrer-me depressa,
Deus da minha 
salvação (Sl 38, 23).

Ofício da Paixão do Senhor
do livro Louvado sejas meu Senhor - orações de São Francisco
Imagem: Internet

Bíblia Sagrada Católica - 11º mês

Caros leitores e visitantes deste blog, publico o 11º mês para leitura da Bíblia Sagrada Católica...



sábado, 28 de setembro de 2013

O homem que naufragou

Um certo homem foi numa viagem de avião. Era um homem que acreditava em Deus,e sabia que Ele o protegeria! Durante a viagem,quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o
piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano. Quase todos morreram,mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada.
Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por ter escapado à morte. 
Ele foi-se alimentando de peixes e ervas. Conseguiu derrubar algumas árvores e com muito esforço conseguiu construir uma casinha para ele. Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, porém significava protecção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus...
Porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha. Um dia ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim com comida abundante,estava satisfeito com o resultado da pesca. Porém,ao voltar-se na direcção de sua casa, ficou muito decepcionado ao ver que a sua estava a arder...
Ele se sentou numa pedra a chorar e dizendo em prantos:
- "Deus! Como é que o Senhor deixou que isto fosse acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para me abrigar... e o Senhor deixou minha casa queimar por completo... Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?"
Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo: 
- "vamos rapaz?" Ele se virou para ver quem estava falando com ele....e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo: "vamos rapaz nós viemos te buscar."
- "Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?
"Ora, amigo!vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro." "O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante." Os dois entram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus entes queridos...

"Esta história é para reflectirmos, e pensarmos que tudo é possível quando acreditamos que Deus existe e ele é maior do que tudo... as vezes reclamamos de pequenas coisas quando temos simplesmente a vida...."
Esta aqui uma linda lição de vida para todos nós... agradeça sempre a Deus pelo simples facto de estarmos vivos, com saúde e um tecto para nos abrigar...

O presente devolvido

Havia um grande samurai idoso que agora se dedicava a ensinar o que sabia aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. 

Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direcção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato de que o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: - Como o senhor pode suportar tantos insultos? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?

- Se alguém chegar até vocês com um presente, e vocês não o aceitarem, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo - respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos - disse o mestre - Quando não são aceites, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir...

E então? Até quando você vai continuar com o pensamento de que se te baterem na face você devolve a agressão?

"Vale mais um homem paciente do que um herói; vale mais dominar-se a si mesmo do que conquistar uma cidade.." (Provérbios 16: 32)

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Bíblia Sagrada Católica - 10º mês




Nota: No dia 4 de Outubro, para além do livro do profeta Amós, foram lidos também os livros dos profetas Abdias e Jonas. Em 10 de Outubro, termina a leitura do Antigo Testamento.


domingo, 25 de agosto de 2013

Bíblia Sagrada Católica - 9º mês

Caros leitores, uma vez mais, publico a tabela das leituras da Bíblia Sagrada Católica... Boa leitura e melhor meditação...



sábado, 24 de agosto de 2013

As três peneiras

Olavo foi transferido de projecto. Logo no primeiro dia, para fazer conversa com o novo chefe, saiu-se com esta:
— Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele... 
Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, interrompeu:
— Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
— Peneiras? Que peneiras, chefe? 
— A primeira, Olavo, é a da Verdade. Você tem certeza de que esse facto é absolutamente verdadeiro? 
— Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o
que me contaram. Mas eu acho que... e, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:
— Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da Bondade. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
— Claro que não! Deus me livre, chefe! — diz Olavo, assustado.
— Então, — continua o chefe — sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da Necessidade.
— Você acha mesmo necessário me contar esse facto ou mesmo passá-lo adiante?
— Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar — fala Olavo, surpreendido.
— Pois é Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? — diz o chefe sorrindo e continua.
— Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: Verdade - Bondade - Necessidadeantes de obedecer ao impulso de passa-lo adiante, porque: 

Pessoas inteligentes falam sobre ideias.
Pessoas comuns falam sobre coisas.
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

Imagem e texto retirado da internet

Yom Kippur - A história do perdão

A história do perdão
O pai de Hanoch contou-lhe que, todos os anos, quando era novo, na véspera do Yom Kippur* , ia visitar os seus amigos e conhecidos e fazia-lhes a seguinte pergunta:
— Digam-me, por favor, se vos fiz algum mal, se vos ofendi de alguma forma, ou fui causa de infelicidade. Se o fui, lamento profundamente e peço-vos perdão.
Esta história deu que pensar a Hanoch. O rapaz disse para consigo “E porque não faço eu a mesma coisa?”
Correu para a cozinha, onde a mãe preparava o jantar, atarefada. Reinava ali um grande reboliço, com panelas e frigideiras a fumegar, e um cheirinho agradável no ar.
Ficou junto da porta e esperou pelo momento certo para falar com a mãe. Quando esta o viu, deixou as sertãs e perguntou-lhe:
— O que se passa, filho? Já tens fome?
Hanoch não respondeu. Sentia-se desconfortável.
— Porque estás tão calado, querido? — insistiu a mãe. — Não te sentes bem? Diz-me o que se passa.
— Não estou doente, mamã.
— Nesse caso, o que traz à cozinha no meio da minha azáfama? É melhor ires brincar.
Hanoch foi até junto da mãe e segredou-lhe:
— Hoje é véspera do Yom Kippur e venho pedir-te que me perdoes.
— Perdoar-te, filho? Porquê? Que pecado cometeste?
— Talvez te tenhas esquecido, mamã. Foi quando tiveste aquela dor de cabeça, e estavas deitada. Pediste-me que guardasse as galinhas na capoeira. Prometi-te que o faria, mas fui brincar com as outras crianças. Fui andar com elas de bicicleta e esqueci-me das galinhas. E cinco galinhas foram encontradas mortas na manhã seguinte. Não te disse nada naquela altura porque me sentia muito infeliz.
Enquanto falava, Hanoch tinha lágrimas nos olhos.
— Mas hoje tive de te contar e pedir-te que me perdoes.
A mãe olhou para ele com amor e beijou-o.
— Claro que te perdoo!
O menino abraçou-a e, com o coração já bem mais leve, foi brincar.

*O Yom Kipur ou Kippur é um dos dias mais importantes do judaísmo. No calendário hebreu começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com Setembro ou Outubro), continuando até ao pôr-do-sol seguinte. Os judeus observam tradicionalmente esse feriado com um período de jejum e orações.

Levin Kipnis
Let us play in Israel
Tel-Aviv, N. Tversky Publishing House, 1966
tradução e adaptação

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Bíblia Sagrada Católica - 8º mês

Publico a tabela para o 8º mês para dar continuidade à leitura da Bíblia Sagrada Católica... Desejo para todos vós uma boa leitura e óptimas meditações...




sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ver o Teu Rosto



Estou a lembrar-me daquele crucifixo
onde só se vê o Teu rosto quando nos ajoelhamos.
É isso. Às vezes ponho-me a olhar para Ti 
do alto da minha importância. E não Te vejo.
E só me escutas
quando a minha palavra é humilde
e o meu coração enternecido.
Meu Senhor: ensina-nos a orar
com a alma despojada de importância.
Sei que não queres ninguém humilhado, 
mas sabes que o orgulho é uma falsa grandeza
que nos coloca em pedestais enganadores.
Dá-nos, Senhor, um olhar puro, transparente, simples
que não desfigure o teu brilho e o reflexo do teu amor.

Pe. António Rego
do livro: "Acordar com Deus"

Bíblia Sagrada Católica - 7º mês

Caros leitores, publico mais um mês de leitura da Bíblia Sagrada Católica, para quem o desejar... Boa leitura e que Deus vos ilumine.



sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pai-Nosso Missionário



Pai Nosso
Pai dos seis biliões de pessoas que povoam a terra inteira

Que estais nos céus
Na nossa família, no nosso país, e em todo o mundo

Santificado seja o Vosso Nome
Sobretudo na pessoa dos mais pobres e dos mais abandonados

Venha a nós o Vosso Reino
E aos irmãos dos cinco continentes sobretudo os que não vos conhecem

Seja feita a Vossa vontade assim na terra como no Céu
Para que todos vivam na justiça, na paz e no amor, e sigam pelo caminho da verdade.

O Pão nosso de cada dia nos dai hoje
Às vítimas da fome e do ódio, da violência e da guerra, da miséria e da perseguição, da exclusão e da injustiça, do analfabetismo e do abandono, da droga e do álcool, do desespero e da falta de sentido para a vida.

Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
Mesmo a quem nos fez mal, nos odeia e nos persegue.

E não nos deixeis cair na tentação
de cruzar os braços diante dos problemas por egoísmo, por medo ou por cansaço.

Mas livrai-nos do mal
Sobretudo de esquecer ou ignorar o vosso apelo missionário de amar e servir todas as pessoas. Ámen.


Vigiai e Orai...


Jesus nos preveniu contra as insídias do diabo. Ele nos ensinou as palavras do Pai Nosso: "...não nos deixeis cair em tentação..." (Lucas 11, 4). Ele recomendou com zelo: "Vigiai e orai para não cairdes em tentação" (Marcos 14, 38).

A vigilância e a oração são as duas Maiores forças do homem contra o demónio. Façamos nossa esta recomendação paterna de São Pio de Pietrelcina: "Filho meu, o inimigo não dorme; esteja alerta com a vigilância e a oração. Com a primeira o avistaremos, com a segunda, teremos a arma para nos defender".

A vigilância nos faz avistar as ocasiões perigosas (uma leitura, um espetáculo, uma pessoa, um lugar, uma vontade...); a oração nos dá a força de evitar as ocasiões, de fugir às ocasiões, como recomendava São Felipe Neri.

Santo Agostinho ensina que o demónio é só um cão amarrado, e, só pode morder quem dele se aproxima. Passemos longe, então!

Se o demónio se faz insolente, escutemos a palavra de São João Bosco que dizia aos seus jovens: "Quebrai os chifres do demónio, com a Confissão e a Comunhão".

Texto: Pe. Stefano Maria Manelli, FFM
Imagem: Internet

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Canção Nova



Caros amigos e leitores do blog evangelização digital, venho falar de algo que me tem ajudado a crescer espiritualmente e a ser a minha companhia em muitas situações, especialmente quando vou de carro em viagens, a Canção Nova. E nos tempos que correm, tudo aquilo que tem como missão evangelizar, acaba por nem sempre conseguir passar a mensagem, por falta de divulgação. E então cá estou a fazer a minha parte...

A Rádio Canção Nova pode ser escutada em 103.7 FM ou através da internet:
http://radio.cancaonova.pt/

Pode ser vista em:
http://tv.cancaonova.pt/

Página internet
http://www.cancaonova.pt/





A família de Deus



Muito Te agradeço, Senhor,
por permitires que eu pertença à tua família.
Não é de Reis, nem de Príncipes.
É a família de Deus.
Sinto muita honra em, desde o Baptismo, 
ser filho de Deus, que reza ao Pai
a sublime oração do Pai-nosso.

Obrigado, Senhor, por te poder chamar irmão mais velho
integrado na grande família da humanidade.
Que não tenhamos medo
de viver a plenitude fraterna
no seio de uma família,
de alimentarmos o nosso afecto
em família que se reúne, 
como Tu, em Nazaré com José e Maria.

Lembra-Te de todos os que vivem em solidão,
sem tecto nem amparo,
ou em famílias partidas por rancores e egoísmos.
E que sintamos a suprema alegria de sermos
e vivermos como irmãos, da família de Deus.

Pe. António Rego

Bíblia Sagrada Católica - 6º mês

Caros leitores do blog, coloco a tabelas referentes ao mês de Junho, para continuarem a ler a Bíblia Sagrada Católica em doze meses... Boa leitura.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Avé Maria...



Avé, Maria
eu te saúdo neste dia que começa,
minha estrela da manhã.

Reconheço-te cheia de graça
porque o Senhor está contigo
nas horas do mistério, da alegria e das dores.

Tu és bendita entre todas as mulheres
e bendito é o sacrário do teu ventre
onde se gera, hoje e sempre,
o fruto do infinito amor do Pai,
Jesus, o Cristo da nossa libertação.

Ó Santa Maria
Mãe do nosso Deus verdadeiro,
roga por mim e por todos nós
que, ao longo dos caminhos,
porque filhos pecadores,
a cada passo tropeçamos.

Acompanha-nos, agora e aqui, 
quando estremecemos frente à vida 
e também na hora da nossa morte.

E que assim seja, Mãe.
E que assim seja.

Autoria: Maria Teresa Frazão,
 é de Lisboa, licenciou-se em Filologia Românica e seguiu a carreira docente.

domingo, 19 de maio de 2013

O tempo para me salvar



Na terra Deus me dá o tempo para me salvar e me santificar. "Ele nos quer todos salvos" (1 Tm 2, 4), quer a nossa "santificação" (1 Ts 4, 3) e nos dá a possibilidade através do arco do tempo estabelecido para nossa vida terrena. O arco do tempo pode ser mais ou menos longo. São Domingos Sávio santificou-se vivendo somente 15 anos. Santo Afonso de Ligório, vivendo 91 anos. A medida do  tempo está nas mãos de Deus "dono da vida e da morte" (Sab 16, 13). A nós toca somente utilizar o nosso tempo segundo a finalidade para a qual Deus nos criou, ou seja: "para conhecê-Lo. amá-Lo e servi-Lo nesta vida, e depois adorá-Lo no Paraíso", segundo o ensinamento do catecismo de São Pio X.
Isto significa "fazer o bem enquanto tivermos tempo", como recomendava São Paulo (Gl 6, 10).
Tudo me deve servir para conseguir o gozo eterno do Paraíso, que consiste na visão beatífica de Deus. Se assim não for, trabalha-se inutilmente, perdendo incalculáveis méritos e energias.
A um velho eremita, um dia perguntaram a idade. "Tenho cinquenta anos", respondeu. - "Não é possível!" - replicou o visitante - Tens, certamente, mais de setenta..."
É verdade! - respondeu o eremita - A minha idade seria 75 anos; mas os primeiros 25 não conto, porque os passei longe de Deus".

Pe. Stefano Maria Manelli, FFI

Um mês de maio... por engano

Um jovem hebreu, Ermanno Coen, encontrando-se em Paris para estudar música, se tinha dado ao jogo e à dissipação. Necessitando de dinheiro para satisfazer as suas brutas paixões, foi trabalhar como tocador de órgão na igreja de Santa Valéria, por todo o mês de maio.


Nas primeiras vezes ele tocava com total indiferença, como simples trabalhador. Mas sem querer, estando ali, tinha que escutar os sermões que se faziam sobre Nossa Senhora. Dia a dia, escutando, o seu espírito começou a perturbar-se e o seu coração a comover-se.

No fim do mês de maio pensou seriamente em se preparar para o Batismo e tornar-se católico. E pouco tempo depois se fez batizar naquela mesma igreja. Junto recebeu o dom da vocação religiosa; transformou-se em um religioso carmelita e morreu em odor de santidade. Quantas graças recebeu daquele mês de maio feito por acaso!


Texto: Pe. Stefano Maria Manelli, FFI

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A Santíssima Virgem veio aqui...




"A Santíssima Virgem veio aqui..."

A mensagem de Fátima
é um apelo à conversão,
alertando a humanidade
para não fazer o jogo do «dragão»
que, com a «cauda»,
arrastou um terço das estrelas do céu
e lançou-as sobre a terra» (Ap. 12, 4).
A meta última do homem é o Céu,
sua verdadeira casa,
onde o Pai celeste,
no seu amor misericordioso,
por todos espera.

Deus não quer que ninguém se perca; 
por isso, há dois mil anos, 
mandou à terra o Seu Filho
«procurar e salvar
o que estava perdido» (Lc. 19, 10)
E Ele salvou-nos
com a Sua morte na Cruz
que ninguém torne vã
aquela Cruz!
Jesus morreu e ressuscitou
para ser «o Primogénito
de muitos irmãos» (Rm 8, 29)

Na sua solicitude materna
a Santíssima Virgem
veio aqui, a Fátima,
pedir aos homens para
«não ofenderem mais a Deus Nosso 
Senhor que já está muito ofendido».
É a dor de mãe que a faz falar,
está em jogo a sorte de seus filhos.

João Paulo II
(Fátima, 13 de Maio de 2000)

Ao Coração de Jesus, pelo Coração de Maria



Perverso e ingrato, o mundo o seu castigo
na mais atroz das guerras vai sofrendo;
sobre as ruínas desse mundo antigo
um mundo novo já se está erguendo.

                      De Deus o Verbo no seu peito amigo
                      dá-lhe refúgio para o mal tremendo;
                      só nesse peito, livre de perigo,
                      em paz e no trabalho irá vivendo.

A Humanidade sangra de mil feridas,
mas sangra o Coração do Rei de Amor
Também imenso de lesões deicidas.

                      No Coração sem mancha de Maria
                      as mil ofensas feitas ao Senhor
                      importa reparar com energia.

(Pe. Manuel Nunes Formigão)

À Virgem


Aí estás Alma, irmã da minha, 
Virgem Santa, 
de sacro coração.

Em Vós confio, mais forte, 
mais resoluta que nunca.
Em Vós espero o milagre
que só o Amor puro
dá consistência e forma.
A Vossos pés deponho a flor da espera,
sempre renovada e frágil, 
A Vós dedico a vida atormentada
A Vós canto hinos de glória
A Vós louvo, sem que a voz
se perca ou adormeça.
Virgem Mãe Puríssima
Cuidai dos sem amparo
Ouvi as preces santas
Vigiai os que Vos esquecem
Iluminais os caminhos da desesperança
Fazei das nossas vidas
Um mundo de crianças!

Teresa Bernardino
(do livro Asas no Poente)

Maria visita Isabel


Ao fechar os olhos e deixar-se levar pelo Espírito de Deus, participamos nos passos de Maria, nos caminhos de Jesus. Vemos uma mulher simples e piedosa, caminhando pelas estradas tortuosas e íngremes das montanhas da Galileia  Vislumbramos ao longe uma mulher, caminhando lentamente por carregar um filho em seu ventre. Aqueles passos firmes e corajosos vencem as estradas e ela caminha como missionária para servir, com humildade e amor, uma pessoa necessitada. Essa mulher é Maria, a mulher missionária, a mãe do divino Salvador. Maria deixa seu lar e seus afazeres, suas fainas diárias, para servir sua prima Isabel.

A anunciação do anjo Gabriel já tinha dado a Maria a grandeza de sua missão: ser a mãe do divino Salvador, a arca da aliança. Mesmo conhecendo sua situação sublime e grandiosa na história da salvação da humanidade, Maria não se apega à sua condição de co-redentora, mas com delicadeza faz-se serva da humanidade.

No seu serviço gentil e amável à sua prima, ela está se tornando serva dos pobres e necessitados, como modelo do ser cristão.

Sua missão não é exibicionista. Ela vai participar da vida familiar de seus primos Zacarias e Isabel e preparar a vinda do precursor, João Batista. Este é o desígnio divino: Maria prepara a chegada do precursor do Messias, para que esse precursor prepare a chegada do Filho de Deus no coração da humanidade.

Sua missão é singela: Maria vai servir a casa, cuidar dos afazeres domésticos, lavar panelas, varrer a casa, coisas que as mulheres fazem para servir as futuras mães, os enfermos e os idosos. Coisas que os homens fazem em favor dos companheiros da comunidade: levantar paredes, acompanhar no hospital, encher lajes em mutirões.

Maria visita Isabel e leva a alegria da presença de Deus em sua vida, para propagar a mensagem evangélica, que é o serviço missionário, o anúncio da palavra divina, a caridade cristã. Maria leva Deus no ventre, o Filho de Deus; portanto, sua presença é força de paz e de solidariedade. A grande missionária de Deus anuncia vida nova para a família de Zacarias e Isabel.

O encontro de Jesus Cristo, o Messias, Filho de Maria, e de João Batista, o precursor, inaugura o tempo da nova aliança. O encontro misterioso de duas crianças, ainda no ventre de suas mães, revela que a missão divina já tinha sido acolhida por eles. Assim, nunca terão dúvidas de sua missão, mas irão colocar-se a cada instante no plano salvífico de Deus.

O Messias torna-se o Emanuel e João, seu precursor. A mão divina estava presente em suas vidas desde o princípio, uma vez que ambos foram concebidos pela ação misteriosa de Deus. Os dois protagonistas do messianismo divino foram concebidos por graça divina, como uma ação gratuita de sua generosidade. Ao receber a saudação de Maria, o menino vibrou de alegria no ventre de Isabel. Muitas vezes, eles irão se encontrar nos caminhos misteriosos de Deus traçados em suas vidas. João acompanha os passos de Jesus e prepara os caminhos para sua missão no mundo. Jesus revela aos discípulos de João seus prodígios, para que possam crer que o reino de Deus está presente no mundo. Quando João Batista foi encarcerado, a notícia entristeceu Jesus, que protestou contra a prepotência de Herodes. Os seus caminhos se cruzavam como sinal de comunhão e partilha.

Maria nos ensina que, se Deus estiver presente em nosso coração, em todos os lugares que chegarmos a vida vibrará e a alegria será exultante e grandiosa. Se Cristo estiver em nossas vidas, nossas palavras e ações trarão vontade de viver aos desanimados e farão brotar alegria nos corações tristes. Maria nos convida a abrir nosso espírito para receber o Filho de Deus e nos envia, como missionários, ao encontro dos irmãos, que nos estendem as mãos com confiança.

Fonte: Nos Passos de Maria: para meditar o rosário a cada dia/Antonio Sagrado. São Paulo, Paulinas, 2003).