Leitura Bíblica
"«Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão. Se não te der ouvidos, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à Igreja; e, se ele se recusar a atender à própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de impostos. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu.» «Digo-vos ainda: Se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu. Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles.»"
(Mt 18, 15-20)
Comentário
Neste período pós-conciliar, entre muitos outros, surgiu um fenómeno novo: as chamadas comunidades de base. Este movimento começou na América do Norte e propagou-se rapidamente pela Europa e outras zonas cristãs. Chamavam-se, no começo, «igrejas subterrâneas», porque viviam à margem da Igreja Oficial. Duas necessidades, um de tipo religioso e outra de carácter sociológico, estão na base do aparecimento e da rápida propagação destas pequenas comunidades.
A passagem da sociedade rural para a sociedade urbana desenraíza as pessoas. Numa pequena aldeia, todos se conhecem e se estimam. A necessidade afectiva, social e de auto-realização consegue-se nesses pequenos ambientes. Mas a era industrial exige a concentração de grandes massas em cidades monstruosas. Desta sorte, os indivíduos, e até as famílias, sentem-se sós e inseguros no meio duma multidão desinteressada e anónima. Para remediar este mal grave é preciso formar círculos de amigos, onde cada um se sinta estimado e se possa exprimir. As paróquias urbanas, que geralmente não formam uma comunidade por serem monstruosas e as pessoas nem sequer se conhecerem, não resolvem, por isso mesmo, os problemas de que estamos a tratar. Além disso, com os novos horizontes abertos pelo Concílio, muitos cristãos pressentiram que a necessária renovação da Igreja era impossível dentro da camisa de forças das estruturas actuais. Só saindo dessas malhas asfixiantes, era possível realizar o programa conciliar. Assim apareceram essas «comunidades subterrâneas» que minaram o solo da Igreja.
A Igreja de hoje pode oferecer a salvação ao homem da era industrial se, nos grandes bairros citadinos, formar pequenos grupos onde o calor humano e a fé em Cristo-Senhor circulem de mãos dadas.
S. Paulo e outros apóstolos percorreram as grandes urbes do mundo grego-romano fundando, por toda a parte, pequenos grupos ou igrejas, onde os crentes viviam irmanados pela mesma fé no Cristo-libertador, esperando ansiosamente a Sua vinda gloriosa. Estas pequenas comunidades cristãs atearam-se como o fogo e minaram o solo do Império Romano. Neste mês de Maio lancemo-nos à tarefa de construir na nossa paróquia uma comunidade fraterna.
Texto estraído do livro: Mês de Maria pela Bíblia, da Difusora Bíblica
Imagem: Internet
"«Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão. Se não te der ouvidos, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Se ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à Igreja; e, se ele se recusar a atender à própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de impostos. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu.» «Digo-vos ainda: Se dois de entre vós se unirem, na Terra, para pedir qualquer coisa, hão-de obtê-la de meu Pai que está no Céu. Pois, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles.»"
(Mt 18, 15-20)
Comentário
Neste período pós-conciliar, entre muitos outros, surgiu um fenómeno novo: as chamadas comunidades de base. Este movimento começou na América do Norte e propagou-se rapidamente pela Europa e outras zonas cristãs. Chamavam-se, no começo, «igrejas subterrâneas», porque viviam à margem da Igreja Oficial. Duas necessidades, um de tipo religioso e outra de carácter sociológico, estão na base do aparecimento e da rápida propagação destas pequenas comunidades.
A passagem da sociedade rural para a sociedade urbana desenraíza as pessoas. Numa pequena aldeia, todos se conhecem e se estimam. A necessidade afectiva, social e de auto-realização consegue-se nesses pequenos ambientes. Mas a era industrial exige a concentração de grandes massas em cidades monstruosas. Desta sorte, os indivíduos, e até as famílias, sentem-se sós e inseguros no meio duma multidão desinteressada e anónima. Para remediar este mal grave é preciso formar círculos de amigos, onde cada um se sinta estimado e se possa exprimir. As paróquias urbanas, que geralmente não formam uma comunidade por serem monstruosas e as pessoas nem sequer se conhecerem, não resolvem, por isso mesmo, os problemas de que estamos a tratar. Além disso, com os novos horizontes abertos pelo Concílio, muitos cristãos pressentiram que a necessária renovação da Igreja era impossível dentro da camisa de forças das estruturas actuais. Só saindo dessas malhas asfixiantes, era possível realizar o programa conciliar. Assim apareceram essas «comunidades subterrâneas» que minaram o solo da Igreja.
A Igreja de hoje pode oferecer a salvação ao homem da era industrial se, nos grandes bairros citadinos, formar pequenos grupos onde o calor humano e a fé em Cristo-Senhor circulem de mãos dadas.
S. Paulo e outros apóstolos percorreram as grandes urbes do mundo grego-romano fundando, por toda a parte, pequenos grupos ou igrejas, onde os crentes viviam irmanados pela mesma fé no Cristo-libertador, esperando ansiosamente a Sua vinda gloriosa. Estas pequenas comunidades cristãs atearam-se como o fogo e minaram o solo do Império Romano. Neste mês de Maio lancemo-nos à tarefa de construir na nossa paróquia uma comunidade fraterna.
Texto estraído do livro: Mês de Maria pela Bíblia, da Difusora Bíblica
Imagem: Internet
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