domingo, 13 de maio de 2018

Maria, Mãe da Igreja

Leitura Bíblica
"Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.»" 
(Jo 19, 25-27)

Comentário
Em Maria, por assim dizer, temos duas maternidades: uma cheia de alegria, outra cheia de tristeza. Na primeira nasce Cristo, na segunda morre Cristo. Em Belém é mãe de Cristo; no Calvário, mãe da Igreja. Em Belém tem um presépio; no Calvário, uma cruz. Na alegria, gera Cristo-Cabeça; na tristeza, os membros de Cristo, a Igreja.
No encerramento da III Sessão do Concílio Ecuménico, Paulo VI proclamou a Senhora «Mãe da Igreja», dizendo: «Para a glória da Virgem e para nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis, como dos pastores, que lhe chamam Mãe amorosíssima: e queremos que, com este título suavíssimo, seja a Virgem doravante ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão».

Diz o Concílio: «A Santíssima Virgem encontra-se também intimamente unida à Igreja, pelo dom e cargo da maternidade divina, que a une com o Filho Redentor, e ainda pelas suas graças e prerrogativas singulares: a Mãe de Deus é figura da Igreja, como já ensinava Santo Ambrósio, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo. De facto, no mistério da Igreja, a qual também se chama, com razão, virgem e mãe, pertence à Santíssima Virgem o primeiro lugar por ser de modo eminente virgem e mãe. Pois pela sua fé e obediência, gerou na terra, o próprio Filho de Deus Pai, sem conhecer varão, mas pelo poder do Espírito Santo, acreditando sem hesitar, qual nova Eva, não na antiga serpente mas no mensageiro divino. Deu à luz o Filho, a quem Deus constituiu primogénito entre muitos irmãos (cf. Rom 8, 29), isto é, entre os fiéis em cuja geração e formação Ela coopera com amor de mãe» (LG 63)*.

A Igreja, contemplando a santidade misteriosa de Maria, imitando a sua caridade e cumprindo fielmente a vontade do Pai, pela palavra de Deus fielmente recebida, torna-se também ela mãe pela pregação, e pelo baptismo gera, para uma vida nova e imortal, os filhos concebidos pelo Espírito Santo e nascidos de Deus. É também virgem que guarda a fé jurada ao esposo, íntegra e pura, e, à imitação da mãe do Senhor, conserva, pela graça do Espírito Santo, virginalmente íntegra a fé, sólida a esperança, sincera a caridade» (LG 64)*.

*LG - Lumen Gentium (Conciliação Dogmática sobre a Igreja)

Texto estraído do livro: Mês de Maria pela Bíblia, da Difusora Bíblica
Imagem: Internet

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