quarta-feira, 23 de maio de 2018

Maria, esposa do Espírito Santo

Leitura Bíblica
"Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.» Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela." 
(Lc 1, 34-38)

Comentário
A vida matrimonial está hoje sujeita a novas dificuldades. Outrora, e ainda hoje num pequeno meio rural, o casal vivia sempre junto, rodeado de pessoas conhecidas. Além disso, a mortalidade infantil e a vida agrícola excluiam a hipótese dum aumento inesperado da população, pelo que não surgiam os problemas da regulação da natalidade. Por outro lado, nas civilizações agrárias, a mulher vivia numa situação de minoridade do casal, embora muitas vezes injusta.

Numa civilização urbana e industrial, como começa a ser a nossa, as coisas são muito diferentes. Geralmente, tanto o marido como a mulher trabalham fora de casa, separada um do outro. Não raro, o marido passa o seu dia tendo ao lado uma colega de trabalho, enquanto a mulher tem também de trabalhar com outro homem, que não é o seu marido. Isto põe problemas afectivos sérios e difíceis de resolver. Além disso, nas grandes cidades, o casal vive perdido numa multidão anónima e desconhecida, o que favorece certos desvaneios uma vez que é fácil dar «boleia» ou acompanhar um colega sem se ser notado por vizinhos coscovilheiros. Mais ainda, a mobilidade, a abundância de dinheiro e o anonimato da vida das grandes urbes, favorece a sede de aventuras,  insatisfação nervosa e a prática de acções anónimas. Por outro lado, a concentração de grandes massas humanas limita o espaço habitacional e põe o problema novo da limitação dos filhos. Nascem, deste modo, uma série de problemas típicos da era industrial.

Para todos estes problemas teremos de procurar soluções na pscicologia, na medicina e na sociologia modernas. Também a religião pode dar o seu contributo, que é talvez o mais importante. Para os crentes o seu amor é sagrado. Na verdade, o amor com que se amam manifesta e torna presente o amor de Cristo à Igreja. Ora o amor de Cristo à Igreja é um amor único, que só admite uma esposa; um amor eterno, que não pode ser quebrado pelo divórcio; um amor fecundo que floresce em novas vidas; um amor sacrificado: Cristo ama a sua Igreja até ao ponto de se entregar por ela. Esta mística do matrimónio é fonte de energias capaz de fazer brotar a felicidade sobre a vida dum lar. Por isso, nenhum cristão se deve casar, sem primeiro fazer um curso de preparação para o matrimónio.

Texto estraído do livro: Mês de Maria pela Bíblia, da Difusora Bíblica
Imagem: Internet

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