segunda-feira, 21 de maio de 2018

Senhora da Boa Morte

Leitura Bíblica
"Chamou os Doze, começou a enviá-los dois a dois e deu-lhes poder sobre os espíritos malignos. Eles partiram e pregavam o arrependimento, expulsavam numerosos demónios, ungiam com óleo muitos doentes e curavam-nos." 
(Mc 6, 7.12-13)

Comentário
Não sabemos se Nossa Senhora morreu. A definição dogmática da Assunção de Maria ao Céu evitou tocar neste problema e limitou-se a afirmar que Maria, terminada a sua vida terrena, foi glorificada, sem especificar se morreu ou não. As opiniões dos teólogos dividem-se sobre este assunto. Para uns, Maria teria morrido e depois ressuscitado. Assim se assemelharia mais a Seu Filho. Para outros, foi glorificada, isto é, recebeu os dotes dos corpos gloriosos, sem previamente ter provado a morte. Não sabemos se Maria morreu ou não. O que sabemos é que está viva junto de Deus.

Os momentos principais da vida humana são assinalados por «acções sagradas» ou sacramentos. Assim como temos um sacramento com o dinamismo do nascer, também temos outro com a dimensão do morrer. A morte é uma coisa terrível. Todos a tememos. Todos desviamos dela o pensamento. Embora vejamos a conveniência de morrer, para que uma geração passe e dê lugar a outra, contudo não nos conformamos e todo o nosso ser se revolta contra a morte. Por outro lado, a doença e a velhice são uma morte a longo prazo. Pois também este estado de vida humana é santificado pela presença de Cristo no sacramento da Unção dos doentes.

Com o Concílio Vaticano II, também a liturgia e a mentalidade sobre o Sacramento dos Doentes está a sofrer uma reforma, sobressaindo nela duas notas principais: a ocasião em que pode ser recebido e a sua dimensão comunitária.
O Sacramento dos doentes pode ser recebido por qualquer doente que sofra de enfermidade grave, ainda que a morte não esteja à porta. Por isso, a velhice ou qualquer doença, que por si seja mortal, é suficiente para receber o respectivo sacramento. O sacramento pode ser renovado na mesma doença se, uma vez concedido, houve melhoras e, depois, se voltou a recair e se começou de novo a estar em perigo de morte.
Quanto ao aspecto comunitário, o Sacramento dos Doentes deixou de ser assunto privado entre o ministro e o doente, para passar a ser uma acção de toda a comunidade solidária para com o irmão doente, ajudando-o a integrar os seus sofrimentos no Mistério Pascal do Senhor.

Texto estraído do livro: Mês de Maria pela Bíblia, da Difusora Bíblica
Imagem: Internet

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